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terça-feira, 11 de outubro de 2011

The Saboteur

The Saboteur já nasceu com um grave problema, o estúdio responsável pela obra, a Pandemic, faliu logo antes do lançamento do game e ele teve de ser lançado pela EA Games (Challenge Everithing!!!).
A qualidade do jogo é óbvia e torna ainda mais triste o fato de que um jogo tão fascinante e inspirado tenha chances mínimas de ganhar uma continuação.
Trata-se de um jogo estilo sand box no qual você pode fazer o usual e sair destruindo (quase) tudo.
Mas o apelo de "The Saboteur" é a junção do conceito de sand box com o cenário do jogo. Se antes a maioria dos jogos colocavam o personagem no cenário atual e ele tinha a liberdade de começar a atirar na polícia e ir "contra tudo e contra todos" isso normalmente não ajudava na história do jogo e era normalmente um exercício de libertação do jogador depois de algumas missões mais chatas. Mesmo jogos que não se passam na atualidade (como Máfia II) apresentam esse problema. Você até pode ir contra a polícia, mas isso não avança a sua história de uma maneira alguma.


O cenário de The Saboteur é a Paris da década de 40, tomada pelos Nazistas. Aqui você pode ir contra a "força policial" que, nesse caso é a força de ocupação nazista e isso faz com que você ajude na libertação da França. Ainda que ter um motivo para atacar legitimamente a força policial do jogo  não seja algo exclusivo de The Saboteur (Just Cause 2 utiliza um governo corrupto e opressor para justificar os ataques ao exército do país), a grande vantagem do jogo é fazer isso com um charme que vai desde a escolha do protagonista, um irlândes beberrão e desbocado até a apresentação gráfica do jogo que é muito criativa ao utilizar as cores para representar as áreas dominadas pelos nazistas.


A história por trás do jogo é um pouco rasa. O protagonista do jogo, Sean Devlin (baseado no herói de guerra William Grover-Williams), é um mecânico beberrão e piloto de corridas, uma figura conhecida entre os grupos de corrida de Paris. Após ser trapaceado de uma corrida no Grand Prix de 1940 em Saarbrücken por Kurt Dierker, um coronel nazista, Sean e seu melhor amigo Jules Rousseau buscam vingança e sabotam o carro de corrida injustamente premiado. Após capturá-los, Dierker executa Jules durante o interrogatório sob a crença de que eles são, na verdade,  agentes britânicos enviados para espioná-lo, mas Sean consegue escapar. O resto do enredo narra luta de Sean para matar Dierker. Ele é recrutado pela Resistência Francesa e seu líder Luc e britânica SOE, que ajudam-no durante toda a história. A guerra em si é usado como um pano de fundo para a história principal, que é sobre a luta de Sean para vingar o assassinato de Jules, proteger a irmã dele Veronique e matar Dierker.


Há algumas falhas e muitas qualidades no jogo. É possível uma mistura grande de estilos no jogo, desde a invasão furtiva de uma área nazista ao ataque frontal com artilharia pesada, passando pela possibilidade de se disfarçar com o uniforme nazista e até mesmo correr algumas corridas. Ainda que dirigir no jogo não seja tão emocionante e perfeito como em GTA e a possibilidade de escalar prédios não seja tão elaborada quanto em Assassin's Creed, o jogo merece mérito por conseguir unir vários estilos em um jogo só. Já foi dito em alguma resenha do jogo que tudo o que The Saboteur apresenta já foi feito melhor em algum outro jogo. Isso até pode ser verdadeiro, mas a questão é que é extremamente divertido poder se aventurar de formas tão variadas em um jogo, mesmo que o produto final precisasse de uma lapidação um pouco maior. Para mim o que atesta a qualidade do jogo como nenhum outro é o fato de que esse foi o primeiro e único jogo do Xbox 360 que de fato completei 100%.
  

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