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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Amálgama da Repercussão e da Inspiração Equivocada (no Trabalho)

Dia desses eu estava conversando com uma colega de trabalho e começamos a falar sobre a repercussão do que falamos (e curtimos) no facebook. Isso me levou a pensar no que seria o post mais inadequado possível (ainda que indireto) a ser publicado aqui no blog e compartilhado no facebook.
Pesquisei e logo a ideia de frases criticando o emprego (como instituição humana) me pareceu a mais adequada. Felizmente para a minha vida, e infelizmente para a minha inspiração para o blog, a minha satisfação profissional nunca esteve tão alta. Porém decidi seguir adiante com a ideia já que alguns dos meus leitores podem se identificar com o conceito.
O interessante é que depois de alguns minutos de pesquisa sobre frases relevantes, perspicazes e negativas em relação ao trabalho eu comecei a sentir uma gradativa, porém constante, insatisfação com a minha vida profissional e fiquei surpreso e intrigado. Precisei dar um passo atrás no meu raciocínio para poder considerar a questão e chegar a conclusão de que esse não era o meu sentimento real, de fato, eu estava satisfeito comigo profissionalmente porém havia sido rapidamente influenciado pelos conceitos e idéias expostos nessas frases "anti-trabalho".
A influência de determinadas idéias, e principalmente os sentimentos causados por elas, são tão intensos quanto efêmeros. Por um sentimento que durará horas mudamos nossas vidas irremediavelmente.
Antes que eu possa parecer inconstante eu devo revelar que onde eu mais vi isso acontecer até hoje é no ambiente de trabalho. Me ocorreu que talvez eu tenha visto isso ocorrer na mesma frequência em diversas áreas da vida e não apenas no trabalho, mas essa impressão permaneceu porque é no trabalho que isso se sobressai mais.
Em nossas vidas privadas somos crianças, levemente mais contidos do que animais. Animais sádicos diga-se de passagem e todos os que não são assim, são absolutamente e irreversivelmente monótonos.
Mas quando vamos ao trabalho em nosso ritual diário colocamos nossas personalidades adultas e passamos a utilizar nossa máscara social.
Eu não sou um reacionário e não tenho absolutamente nada contra esse cinismo necessário. Acreditem, na verdade eu sou um entusiasta dele.
O que eu acho interessante observar, é quando nossa criança interior rompe essa farsa e se coloca exposta a vista de todos e o único ambiente no qual isso é irreconciliável com a realidade é no trabalho.
Amalgamando essas questões, a repercussão do que é dito, a influência de ideias negativas e a natureza de nossa relação com o trabalho, eu sou obrigado a considerar o poder da inspiração equivocada.
Pessoas plenamente satisfeitas com algo podem se descobrir necessitando de coisas absolutamente desnecessárias, insatisfeitas com algo plenamente satisfatório ou mesmo arrependidas de decisões sábias baseadas na influência equivocada causada por um conselho descabido, uma propaganda tendenciosa ou um post ardiloso.

"Era verdade que eu não tenho muita ambição, mas deve haver um lugar para as pessoas sem ambição, quer dizer, um lugar melhor do que o normalmente reservado. Como diabos um homem pode gostar de ser acordado às 6h30 por um despertador, pular da cama,  se vestir, se alimentar forçadamente, ir ao banheiro, escovar os dentes e cabelo, e lutar contra o tráfego para chegar a um lugar onde essencialmente você fez muito dinheiro para outra pessoa e é obrigado a agradecer a oportunidade de fazê-lo?" Charles Bukowski

"Uma das coisas mais tristes é que a única coisa que um homem pode fazer durante oito horas por dia, dia após dia, é trabalho. Você não pode comer oito horas por dia, nem beber oito horas por dia, nem fazer amor por oito horas, tudo que você pode fazer durante oito horas é o trabalho. Essa é a razão de por que o homem faz de si mesmo e de todo mundo ao seu redor tão miserável e infeliz. " William Faulkner

"Eu vejo todo esse potencial, e vejo esbanjamento. Caramba, toda uma geração de frentistas e garçons, escravos com golas brancas. A publicidade nos faz perseguir carros e roupas, trabalhando em empregos que odiamos para que possamos comprar merdas que não necessitamos. Nós somos os filhos do meio da história, homens sem nenhum propósito ou lugar. Nós não temos nenhuma Grande Guerra, ou Grande Depressão. Nossa grande Guerra é a espiritual ... nossa Grande Depressão é nossas vidas. Nós fomos criados na frente da televisão para acreditar que um dia seríamos todos milionários e deuses do cinema e estrelas do rock. Mas nós não seremos. E nós estamos aprendendo lentamente esse fato. E estamos muito, muito irritados. " Tyler Durden

"O trabalho é o refúgio de pessoas que não têm nada melhor para fazer." Oscar Wilde

"E se eu lhe dissesse que insano é trabalhar 50 horas por semana em algum escritório durante 50 anos, e no final eles te mandam embora;  e você acaba em alguma clinica geriátrica esperando para morrer antes de sofrer a indignidade de tentar  chegar ao banheiro a tempo? Será que você não considera isso loucura?" Garland Greene

"Todos os trabalhos pagos absorvem e degradam a mente" Aristóteles

"Devemos acabar com a noção absolutamente enganadora de que todo mundo tem de ganhar a vida. É um fato hoje que um em cada dez mil de nós pode descobrir um avanço tecnológico capaz de sustentar todo o resto. A juventude de hoje está absolutamente certa em reconhecer este absurdo de "ganhar a vida". Continuamos inventando empregos por causa dessa falsa ideia de que todo mundo tem de ser empregado em algum tipo de trabalho penoso, porque, de acordo com a teoria darwiniana malthusiana ele deve justificar seu direito de existir. Portanto, temos inspetores de inspetores e pessoas fazendo instrumentos para inspetores inspecionarem inspetores. O verdadeira negócio de pessoas deve ser o de voltar para a escola e pensar sobre o que quer que fosse que eles estavam pensando antes que alguém vir e dizer-lhes que tinha de ganhar a vida."
R. Buckminster Fuller

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Turma do Parobé - Pérolas

Na minha antiga turma na UCS eu consegui montar um post fazendo um breve apanhado das pérolas mencionadas em sala de aula. O meu curso técnico no Parobé parece ser a oportunidade ideal para uma nova remessa de pérolas pronunciadas por professores e alunos. As primeiras semanas já renderam material suficiente, mas conforme forem surgindo novas pérolas eu as adicionarei aqui...

Nas primeiras aulas pouca gente conversava e a interação foi bastante restrita. A turma se viu repentinamente mais unida quando na primeira aula de "Comunicação e Expressão" a professora faltou e de alguma forma a culpa foi nossa! A "gentil" secretária do colégio, foi bastante específica quanto a sua capacidade auditiva ao gritar para toda a turma que apenas um aluno poderia falar por vez...

Outra surpresa agradável da primeira semana foi descobrir que a irmã perdida do Raul Gil era nossa professora de Cálculo Técnico e Materiais de Construção.
Ela rapidamente cunhou um novo bordão procurando assegurar seu sucesso com o público jovem: É ou não é?

Na primeira aula de sábado, tivemos mais algumas revelações sobre nosso grupo, que agora começava a revelar um pouco mais sobre suas reais intenções. No que se revelou praticamente um golpe de estado, a até então pacata, Deise se auto-elegeu como Líder da turma.


O poder rapidamente subiu a cabeça da jovem ditadora, como podemos verificar na foto abaixo, onde ela fala descontraidamente ao telefone enquanto a professora tentava dar aula.

Ainda na mesma aula nossa querida colega Emanuelle (por favor não riam do nome dela) revelou toda a sua frustração por não ter entrado na UFRGS mas foi prontamente acalmada pelo discurso poético professora de Geologia que explicou que mesmo sendo loira ela ainda tinha uma chance.

É verdade que todos os integrantes do sexo masculino presentes na turma ficaram bastante animados com o fato de que o contingente feminino da turma além de bastante qualificado era também mais volumoso do que esperávamos. O mais entusiasmado com o fato foi o nosso colega Renan, que prontamente providenciou uma lista com os detalhes e contatos de todas as colegas. Quando questionado sobre suas intenções com a lista Renan esboçou a seguinte reação:
O entusiasmo de Renan pode ser facilmente compreendido já que o universo feminino é algo novo e diferente para ele. Logo na primeira aula ele confidenciou para a Líder de que ele é um "ex-gay".

Outro integrante interessante da nossa turma é o Mateus, ele parece extremamente simpático e você nunca o julgaria por inconveniente até ele achar que seus fones estão funcionando e começar a ouvir clips no Youtube durante a aula de informática, acreditando que ninguém mais está ouvindo enquanto o som permanece no máximo para toda a turma.

Um dos alunos mais entusiasmados é o 17. Nós chamamos ele de 17 por que eu não decorei o seu nome (e de fato eu não me importo nem um pouco com isso) e ele tem a sabedoria de uma pessoa de 17 anos de idade. Infelizmente o 17 parece ter um conhecimento prático e teórico sobre qualquer assunto que possa ser mencionado por um professor. O principal problema é que ele sente a necessidade de compartilhar esse conhecimento com todo o resto da turma constantemente. Sabe aquele aluno que é tão solícito que os professores param de escolhê-lo para responder questões? Agora imagine um aluno que os professores (particularmente a de Comunicação e Expressão) passaram a xingar para que ele deixe de responder todas as questões propostas à turma...

Outro momento marcante foi o completo colapso emocional da Emanuelle durante a aula de Geologia. Por algum motivo os materiais de construção (particularmente a pedra que já nasce acarpetada e da origem a mesa de bilhar) provocam uma reação bastante intensa da nossa DJ favorita.

O Bisa ( apelidado assim por que ele já é avô e com perspectivas de se tornar Bisavô) é um dos caras mais comprometidos com a aula. A cada cinco minutos ele tenta nos convencer de que poderíamos produzir um trabalho mais eficiente e coeso se fossemos para a Lima e Silva ou algum outro ponto (talvez o Feijão com Arroz) afim de nos concentrarmos mais no trabalho.

Uma das didáticas mais interessantes é a da professora de Comunicação & Expressão. Eu acredito que ela dê aula para o ensino básico frequentemente o que faz  com que a temática da aula dela seja um pouco inadequada para uma turma cuja média de idade está mais próxima dos 30 do que dos 20. Abaixo segue uma impressão de como é o esquema básico da matéria em questão...

O evento mais interessante da 3º semana de aula envolveu um pequeno embate entre a colega Jezebel e nossa (pouco) simpática professora de Geometria Descritiva (um nome bonito para aula de desenho). A nossa colega ficou um pouquinho frustrada quando ela cortou o seu papel errado por causa das instruções (supostamente equivocadas da professora)...

Reação da Jezebel:


Reação da Professora:


Como parecia quando recontamos a história no outro dia:



Com a proximidade gerada pelas última experiências em conjunto começaram a surgir os primeiros casais na turma. Eu devo admitir que isso tornou os intervalos (antes bastante animados) em reuniões enfadonhas. Abaixo uma foto tirada no intervalo de ontem:





quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Pálido Ponto Azul


Com a comoção gerada pelo pouso da Curisity em Marte nas últimas semanas eu estava escutando um dos podcasts do Jovem Nerd sobre Marte e a conquista espacial e ouvi uma reflexão do famoso astrônomo Carl Sagan sobre uma fotografia tirada pela sonda Voyager 1 em 1990.
O próprio Sagan teria sugerido à NASA que vira-se a sonda, já em um ponto distante do nosso sistema solar e tirasse a foto, mostrando nosso planeta natal como um pequeno e "pálido ponto azul".

Segue a reflexão de Sagan:

"Olhem de novo para esse ponto. Isso é a nossa casa, isso somos nós. Nele, todos a quem ama, todos a quem conhece, qualquer um dos que escutamos falar, cada ser humano que existiu, viveu a sua vida aqui. O agregado da nossa alegria e nosso sofrimento, milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas, cada caçador e colheitador, cada herói e covarde, cada criador e destruidor de civilização, cada rei e camponês, cada casal de namorados, cada mãe e pai, criança cheia de esperança, inventor e explorador, cada mestre de ética, cada político corrupto, cada superestrela, cada líder supremo, cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu aí, num grão de pó suspenso num raio de sol.


A Terra é um cenário muito pequeno numa vasta arena cósmica. Pense nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, na sua glória e triunfo, vieram eles ser amos momentâneos duma fração desse ponto. Pensai nas crueldades sem fim infligidas pelos moradores dum canto deste pixel aos quase indistinguíveis moradores dalgum outro canto, quão frequentes as suas incompreensões, quão ávidos de se matar uns aos outros, quão veementes os seus ódios.


As nossas exageradas atitudes, a nossa suposta auto-importância, a ilusão de termos qualquer posição de privilégio no Universo, são refutadas por este pontinho de luz frouxa. O nosso planeta é um grão solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão, não há indícios de que vá chegar ajuda de qualquer lugar para nos salvar de nós próprios.


A Terra é o único mundo conhecido, até hoje, que abriga a vida. Não há mais algum, pelo menos no próximo futuro, onde a nossa espécie puder emigrar. Visitar, pôde. Assentar-se, ainda não. Gostarmos ou não, por enquanto, a Terra é onde temos de ficar.


Tem-se falado da astronomia como uma experiência criadora de firmeza e humildade. Não há, talvez, melhor demonstração das tolas e vãs soberbas humanas do que esta distante imagem do nosso miúdo mundo. Para mim, acentua a nossa responsabilidade para nos portar mais amavelmente uns para com os outros, e para protegermos e acarinharmos o ponto azul pálido, o único lar que tenhamos conhecido."




terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sementes...


Você me bate, empurra e tenta me intimidar. Grita, xinga e tenta mais uma vez o golpe imundo de tentar apertar o fácil botão que aciona os meus medos mais óbvios. Somente um imbecil como você tentaria um golpe tão óbvio como esse. Algo tão banal, tão rasteiro.
Seus esforços físicos simplistas são percebidos por meus braços e nada mais. Você se tornou apenas uma carcaça ambulante na qual eu deposito todo o lixo e decepções causados por você mesmo. Ainda sim você insiste e com as mais tolas palavras insiste em tentar me controlar.
E eu como um robô pré-programado respondo a elas da forma esperada. Te bato, empurro e tento te intimidar. Você finge não ouvir e isso me enfurece ainda mais.  Eu uso os argumentos que eu sei que vão te convencer e você permanece calado. Então eu te lembro que o meu pior defeito é ser sua continuação. É ser tão ruim, tão egoísta como você.
Eu não desejo ser honesto, sincero e fiel, mas eu sou porque isso me distância de você. Essas não são sensações agradáveis para a mera extensão de você que eu sempre fui e essa é a única razão que essas qualidades tem algum valor para mim. 

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Top 5 Fan Films

Inspirado pelo último post do Jovem Nerd resolvi reunir aqui um top 5 com os melhores fan films...


5º Gandalf Vs Darth Vader

4º Ryan Vs Dorkman

3º O Justiceiro

2º Batman Vs Wolverine

1º Batman: Dead End

terça-feira, 17 de julho de 2012

O Cavaleiro das Trevas Ressurge: Spoilers, Spoilers e mais Spoilers!!!


O Cavaleiro das Trevas Ressurge estréia dia 20 desse mês, para aqueles que não querem esperar aqui vão diversos spoilers de alguém que supostamente teve acesso a uma sessão do filme.

Obs: O original era em inglês e devido a minha correria ultimamente eu tive que utilizar o tradutor do google e dar uma rápida revisada, no geral a tradução não é muito boa mas da para entender a ideia geral.

Leia por sua conta e risco...

Quem morre: Lucius, Bane, capangas, muitas outras pessoas, maus, mocinhos, rapazes ricos, etc

Quem sobrevive: Batman, Alfred, Gordon, Blake, Selina, Miranda .........


Bane: bad ass, protegido de Ras, amigo de Talia (Miranda). Colocou seu plano em prática anos atrás, e foi reconstruindo lentamente a Liga das Sombras, enquanto se preparava para começar invasão em Gotham. Conhecido em todo a comunidade de inteligência internacional. Muito brutal, muito assustador, mas aparentemente não louco, no sentido de que ele parece estar sempre no controle e passos à frente de seus adversários. Os pais foram mortos quando era criança e ele foi criado e educado por Ras, que ficou muito impressionado com ele, teve um breve relacionamento com Talia, mas após o acidente que ele sofre, ele evita os avanços dela, devido a sua máscara e sua recém-descoberta deformidade. Ele usa a máscara para esconder sua dor, e por causa de um distúrbio neurológico que faz com que seja difícil para ele controlar seu corpo. Isso afeta seus níveis supra-renais também. Ele não é o líder da Liga, mas ele divide a liderança com Talia. Eles discordam, às vezes, em especial quando ele mata.
Primeira aparição em Gotham é na bolsa de valores, a segunda é no estádio e a terceira é quando ele retorna 6 meses mais tarde, como prometeu em seu discurso no estádio de futebol. Há uma cena que ele mata o prefeito na frente de todos, e diz a população para tomar o controle de Gotham ou ele vai fazer isso por eles. Gotham cai em um inferno caótico após isso, graças também a ausência de Gordon, e ao desaparecimento de Batman. Tudo que o homem-morcego construiu até esse ponto é desfeito e ele resolve ressurgir. Esta parte da história se passa durante metade do filme e há muita coisa que acontece.

 Mulher-Gato (Selina):Ladra, parte do grupo de Gotham que é recrutado para aprontarem as coisas para quando a Liga atacar. Responsável por uma seqüência de furtos, que parecem centrados nos ricos. Ela é vista pela primeira vez na mansão Wayne como empregada doméstica a quem Bruce pega roubando. Ela foge, e eles voltam a reunir-se em um baile de caridade em Gotham ele visita com Miranda. Bruce a confronta e eles dançam, e logo depois ela rouba seu carro. Bruce fica fascinado por ela, já que ele entende que ela diz que é adaptável quando ele sugere que o vestido dela não é muito útil para um ladrão, e ele finalmente percebe que ela não precisa usar nada de especial para fingir ser sua esposa e roubar seu carro.
Ela muda de lado por algumas razões. Uma delas é que ela nunca imaginou que Bane atingiria os extremos que ele atinge. A segunda é que ela fica chocada quando descobre que Batman era na verdade Bruce Wayne, e a terceira é que ela se preocupa com sua protegida (interpretado por Juno Temple) e teme o que vai acontecer com ela, e outros como ela, se Bane continuar e concluir seu plano. Ela se une a Batman, e luta contra Talia, uma boa luta, e no final ela se torna a Mulher gato de sempre. Não é boa, não é ruim, apenas descomprometida com as causas alheias e parte do folclore de Gotham. Ela tem uma cena com Bruce, no final, na qual eles conversam na frente do túmulo dos pais de Bruce, e falam sobre o futuro.

BATMAN: sobrevive, e de fato é "quebrado" na primeira luta com Bane. Mulher Gato o atrai para onde Bane queria e fecha o portão. Mas antes de chegarmos muito longe, vamos discutir Bruce.
Bruce assumiu em tempo integral as Indústrias Wayne, que se tornaram maior e mais influente do que nunca com a ajuda de Talia e Fox. Bruce é visto como um rico esnobe, que não é melhor do que qualquer outro rico esnobe de Gotham. Mesmo que ele desenvolva muito mais pesquisas e filantropia do que outros.
De qualquer forma, o uso da bengala revelado no trailer é o o que se esperava. Descobrimos que ele realmente não precisa, porém, e ele usa isso como uma razão / desculpa por que ele não possa ser o Batman mais, uma de muitas. Mas nós descobrimos logo antes da primeira luta contra Bane e durante sua conversa com Gordon no hospital, que ele não está tão ferido como ele deixa transparecer, embora ele não esteja na mesma forma que estava em Cavaleiros das Trevas.
Batman depois, que Gordon implora a ele, decide que deve colocar a máscara novamente. Ele finalmente é levado ao covil de Bane, e luta contra alguns de seus homens, ele então vê Seline e persegue-a até o subterrâneo, onde ela pretendia atrai-lo para Bane. Eles lutam, e Batman mal consegue enfrentar Bane. Bane aparentemente quebra vários ossos de Wayne, incluindo seu joelho. Ele, então, parece estar pronto para agarrar seu pescoço, mas em vez disso arranca a sua máscara, e empurra-o para baixo. Bane , então o aprisiona.
Batman permanece preso pela Liga das Sombras, descobre mais sobre a máscara de Banes e tal, bem como alguns dos planos do terrorista, e alguns dos segredos de Bane. Bruce finalmente escapa através de grande esforço, e retornar a Gotham. Bruce leva 6 meses para se recuperar, e retorna a Gotham após uma grande fuga e tentativa de escapar da prisão-poço de Bane, refletindo um pouco um reflexo do que aconteceu em Batman Begins com seu pai, só que desta vez ele é quem deve sair sozinho.
Ele reencontra Lucius e depois Alfred, bem como Selina que estava escondido na mansão depois de sua fuga da prisão. Eles unem-se, e Batman reúne-se com Gordon nas ruas em uma cena muito legal.
Durante esse tempo, ou antes, se bem me lembro Miranda é revelada, como Talia, e como Lucius descobre isso e Bane o mata como ele veio atrás dele. Isto irrita Miranda já que ela gostava de Fox e lamenta que ele foi morto. Isto REALMENTE enfurece Bruce. Ele fica ainda mais louco quando ele descobre que Miranda estava envolvida.
Batman reune seus aliados e eles tem um enorme confronto com as forças da Liga das Sombras nas ruas de Gotham. Batman e Talia tem uma cena juntos e ela explica que ela é filha RAs, via flashback, vemos Ras jovem no passado. Você também vê isso quando Bane explica sobre Ras na prisão.
De qualquer forma Batman persegue Bane de volta para seu esconderijo, e lutam mais uma vez, desta vez, com Batman emergindo como vencedor, e Bane concedendo a vitória, pouco antes de retirar a sua própria máscara, e deixar-se morrer, como ele, aparentemente, não consige respirar corretamente sem a máscara. Miranda chora ao ver Bane morrer e desaparece definitivamente.
No final, Batman decide que ele permanecerá como Batman, desde que Gotham precisa dele, principalmente agora que o período de reconstrução certamente trará tempos difíceis, e como Batman é agora bem quisto pela população, ele deve continuar a fazer o que ele pode, porque ele pode. Alfred concorda e diz que Batman como um símbolo só funciona porque Bruce faz com que funcione, ele é talvez o único que pode fazê-lo funcionar.
Alfred fala com Bruce na caverna sobre o quão bem ele trabalhou com Selina e, talvez, ele deve encontrar alguma ajuda que ele possa confiar. Bruce diz que não saberia sequer onde procurar por alguém assim. Enquanto Alfred brinca que ao menos seria bom ter alguma ajuda em torno da mansão, como cuidar da caverna, é muito para um homem velho.
Alfred brinca que talvez Bruce possa levá-lo ao circo para uma muito necessária noite de folga. Mencionando os "Graysons Voadores" que apresentam um ótimo espetáculo de acrobacia. Bruce diz que ele não pode esta noite, mas que eles irão antes de o circo deixar a cidade. O filme termina com Gordon comemorando a reconstrução da delegacia de Gotham depois de Bane te-la destruido. E mais uma vez brilha o Bat-sinal em honra aos esforços do Batman.

 Miranda Tate / Talia: ela está nas sombras a maior parte do filme e aparece um pouco no início, como a namorada de Bruce, com quem ele têm uma relação bastante passional. Ela é uma das diretoras das Empresas Wayne e uma das rasões de a empresa estar indo excepcionalmente bem. Quando Bruce desaparece ela assume definitivamente as empresas enquanto Fox está ocupado lidando com formas de encontrar Bruce, e outras coisas.
Sem que ele soubesse Talia estava utilizando as empresas Wayne para secretamente construir a liga, com armas, financiamento, e para ajudar a criar o ponto de apoio para que eles possam por seu plano de destruição de Gotham em ação. Ela é descoberta por Lúcius como sendo a líder da Liga, bem como muitas outras coisas. Quando ela é descoberta, em seguida, ela mostra suas verdadeiras cores, e se une com Bane, depois que Bane mata Lucius.
Ela então revela quem ela é quando ela e Bruce quando se encontram, ele fica chocado que ela teve a vontade e a coragem despistá-lo como ela fez e por quanto tempo ela fez. Ela aparentemente ficou com Wayne por bastante tempo. Ele fica muito triste e irritado com isso. Mas parece se preocupar mais com Bane, e vê-lo como uma ameaça menor.
Ela luta com Selina como Batman luta com Bane. Ela se mostra ser uma adversária formidável como lutadora e dá Selina tudo o que ela pode suportar antes de ser finalmente derrotada. Enquanto Bane é derrotado por Batman ela recobra a consciência, para testemunhar isso.

John Blake: não assume o manto do Batman, nem nada disso. Na verdade ele assume o papel que seria de Gordon por algum tempo e é apenas um bom policial que ajuda no esforço para conter as forças de Bane. Ele é ainda parte integrante do plano de como ele retransmite a Gordon que Batman pode ainda estar vivo, e ele também tem um papel importante em ajudar na batalha final. Fica implícito que com o tempo ele pode assumir o cargo de Comissário, ele é promovido a tenente no final.

Gordon: Gordona age tipicamente, faz seu trabalho, ajuda a liderar o caminho, mas fica confuso no início do filme em uma briga com Bane e seus homens, ele apela a Bruce que volte a vestir a máscara depois que ele vai visitá-lo no hospital. Então, quando ele se cura, ele é um pouco impotente para fazer qualquer coisa já que todo mundo tem medo de se envolver, uma vez que Bane avisou que iria causar estragos (terremotos com sua máquina). Gordon, porém, fica muito feliz ao descobrir que Batman está de volta e, em seguida, junto com Blake convence a polícia que eles têm que lutar depois que a cidade é isolada ao ter suas pontes explodidas.

Pequenas Revelações:

A máscara de Bane sai apenas quando ele tira. Ele parece não dormir com ela, e usa um tipo de respirador que não é tão desconfortável. Quando ele é subjugado por Batman, ele admite a derrota. Ambas as lutas com Batman, na verdade são três, são todas muito desagradáveis e brutais. Bane é claramente páreo para Bruce. Mas sua história é semelhante a de Bruce, e talvez até pior já que ele não cresceu com a riqueza como Bruce fez, e viveu uma vida muito difícil. Além disso, seu plano é muito grande em extensão e infalível, sim ele tem um colete à prova de bala, assim como alguns membros de sua equipe, tornando-se difícil ter um tiroteio com eles.


Miranda parece ser a verdadeiro líder da Liga, apesar dos comandados respeitarem muito Bane.


Selina, é muito volúvel em suas lealdades, mas é claro que ela não é uma má pessoa. Ela deixa claro que ser boazinha não vai ser uma escolha para a vida toda.

Ela tem uma melhor amiga que é mais jovem e ela cuida. Ela adora roubar é muito bom no que faz, e ela tem um arsenal escondido em seu esconderijo. Ela se escondeu na mansão Wayne quando ela escapou da prisão para se esconder da polícia e de Bane, apenas para ser descoberta com o retorno de Bruce.


Bane se mata quando Batman bate nele, ele sente que não tem outra escolha, que Batman provou sua vitória, e que por isso seus ideais devem prevalecer.


O filme tem uma vibe maior de quadrinhos ele segue mais a linha de Begins do que do Cavaleiro das Trevas.


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ateus são o grupo que mais causa repulsa e antipatia

Pesquisa da Fundação Perseu Abramo sobre preconceito no Brasil mostra que aversão aos não-crentes é maior do que a dedicada aos usuários de drogas, travestis e prostitutas.

Vinícius Carvalho
vcarvalho@odiariomaringa.com.br

Eles não dizem amém, não batem na madeira e só jejuam antes de exames clínicos, ou para emagrecer. São sempre minoria, rejeitados pela esmagadora massa de cristãos, muçulmanos e outros crentes do mundo. A maior parte deles não está interessada em conflito, contudo os ateus são o grupo que causa maior repulsa no brasileiro, de acordo com pesquisa da Fundação Perseu Abramo, publicada em fevereiro.
Numa análise detalhada sobre o preconceito no Brasil, o levantamento aponta a existência de intolerância relacionada à orientação sexual, crença religiosa, dependência química e situação econômica.
O grupo apontado como mais odiado, na opinião dos entrevistados, é a “gente que não acredita em Deus”. Eles despertam repulsa ou ódio em 17% das pessoas e antipatia em outros 25%, superando a aversão causada por usuários de drogas, garotos de programa, transexuais, travestis, e prostitutas.

Nem ver
Entre as pessoas que os entrevistados afirmaram ter menos vontade de ver ou encontrar na rua, os ateus aparecem em segundo lugar, com 25% – atrás apenas dos usuários de drogas (35%).
A discriminação contra o não-crente é aberta e exercida livremente. No Dicionário Houaiss, entre os sinônimos atribuídos ao verbete “ateu”, estão “ímpio” e “herege”. No entanto, os descrentes, em geral, não estão interessados em atacar nenhuma religião ou profanar os símbolos sagrados da maior parte da humanidade.
“Muitas pessoas acham que se você não tem um pastor, não é ovelha, e se não é ovelha, então é lobo”, diz o estudante de Farmácia no Cesumar, Gustavo Silva Santos, ateu e morador de Maringá.Ele afirma que, quando fala sobre o assunto, as reações são quase sempre negativas. “Os olhares são feios, os comentários desconfiados”, comenta.

Fora do manual
Para Gustavo, a aversão aos ateus se deve ao fato de muita gente acreditar que as concepções de bem/mal e certo/errado estarem necessariamente associadas à crença religiosa.
“O ateísmo é tido como fora dos padrões clássicos de bom comportamento, fora dos ritos sociais comuns. Não nos enquadramos do manual de como ser bom, segundo a Igreja: cultuar a Deus, casar, batizar os filhos, crismá-los e manter talões de dízimo”, diz Gustavo. “Como esse padrão é muito mais forte em pequenos centros, ser ateu ou até agnóstico em Maringá é problema grave”, destaca.
Segundo apurou O Diário, discriminação contra ateus é sentida até no meio jurídico. Muitos daqueles que não creem em Deus, como é o caso de um advogado ouvido pela reportagem, começaram a questionar as religiões com ajuda da ciência.

Hitler estava certo.


É isso mesmo: Hitler estava certo... Esses biscoitos estão uma delícia!
Algum tempo atrás me deparei com uma camiseta com essas inscrições e achei fascinante a lógica da coisa.
Uma declaração de Hitler, nesse caso a fantasiosa opinião dele sobre biscoitos fictícios, não pode ser interpretada universalmente como errada porque a figura histórica do personagem é universalmente (e justificadamente) interpretada como errada.
Esse abandono lógico da verificação de uma ideia singular em função da análise da figura como um todo é um fenômeno recorrente no meu dia a dia. Óbvio que eu acho que devemos também considerar além do que estão falando, quem está falando. Mas ideias não devem ser descartadas por que quem as está pronunciando esteve errado antes.

Onde eu quero chegar? Me acostumei a perceber  em discussões que quando eu discuto com alguém quase sempre a lógica aplicada sobre o argumento em questão é falha. Estamos debatendo a validade do argumento “X” e enquanto eu tento analisar as considerações específicas sobre esse argumento a outra parte costuma apontar situações nas quais eu estava errado e não rebater os argumentos que estou apontando. Isso acontece quando debato situações com a minha família, esposa, amigos, e colegas de trabalho. Dentre esse grupo o único que eu fico grato que apresente essa deficiência na análise lógica da situação são meus colegas de trabalho. Grande parte do fato de eu ter um emprego se deve ao fato de conseguir analisar a situação de forma clara e contra-argumentar logicamente. Mas e quanto aos meus amigos e familiares ou mesmo inimigos?
Desde a adolescência eu não tenho mais a confiança necessária para acreditar que apenas eu estou certo em situações nas quais a oposição tem números esmagadores.
O meu dilema tem traços “alienistas” quando eu considero que eu seria um debatedor eficiente e todos os demais ineficientes. O próximo passo natural é considerar que eu na verdade é que debato de maneira equivocada e todos os outros estão certos. Deveríamos então provar que uma ideia está enganada não pelo mérito da ideia mas pelos méritos das ideias anteriores do atual expoente delas?
Talvez aqui caiba o esclarecimento de que esse tipo de análise só é verídica em discussões mais informais e próximas do nosso dia-a-dia. Quando tratamos de questões mais distantes temos justamente o distanciamento necessário para ponderarmos mais as ideias em si. Não que nossas duvidas diárias e cotidianas tenham uma impacto menor. Pelo contrário elas nos afetam imediatamente e deveriam ser consideradas mais claramente.
Depois de mais de um ano morando junto com a minha esposa, e depois de ela ser vítima desse tipo de análise diversas vezes, ela começou a se armar e apontar para mim cada vez que eu incorria nesse erro que por tanto tempo eu tive a petulância de me julgar imune. Acabei percebendo que eu fazia isso tão frequentemente quanto os outros. Quando me é útil eu abandono a lógica e passo a atacar outras falhas do meu interlocutor e esqueço o real mérito da argumentação envolvida.
Nunca é tarde para aprender que:

Mesmo um relógio parado está com o horário certo duas vezes por dia

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Assassin's Creed 3 - O Melhor Jogo do Xbox 360?

É conhecimento comum para os apaixonados por video-games que quanto mais um console de última geração se aproxima do fim da sua vida útil, mais aumenta a possibilidade de ele apresentar seus melhores jogos. Para citar uma transição que eu acompanhei os últimos jogos do Play One eram melhores que os primeiros jogos do Play 2, ou pelo menos apresentavam uma diferença de qualidade que não era compatível com o abismo tecnológico que separa as duas máquinas. O conhecimento da capacidade da máquina faz com que os desenvolvedores busquem cada vez mais alcançar o máximo possível do console para criar o melhor jogo. Sendo assim com o que é provavelmente o último ano da sétima geração de video-games (Play 3, Xbox 360) estamos acompanhando a possibilidade de presenciarmos os "canto do cisnei" no que se refere a essa geração de consoles. Com muitos dos próximos grandes lançamentos já começando a mirar as próximas plataformas (Just Cause 3 só sairá na 8º geração) já começamos ver os últimos lançamentos e podemos começar uma busca definitiva pelo que poderia ser o melhor jogo do Xbox 360 de todos os tempos. Ainda temos algum tempo e GTA 5 pode surpreender todo mundo, mas depois de assistir aos videos abaixo começo a apostar as minhas fichas em Assassins Creed 3...



Bill Maher - Atheism Is Not A Religion


Everything is a Remix

Eu já havia falado sobre essa série de videos em outro post e acabei postando os três primeiros três videos legendados. Aqui vai a série completa legendada para aqueles que perderam o post anterior. É realmente muito interessante.







Livros Que Mudam A Vida: Guia Politicamente Incorreto da Filosofia

Eu sou uma criança. Sei disso por que depois de passar quase toda a minha uma hora de intervalo de almoço escolhendo um livro na Saraiva escolhi o com a capa mais colorida.
Eu me devo uma certa indulgência e admitir que essa não era a minha intenção inicial. Eu queria comprar a biografia de Johnny Cash, quando isso não foi possível tentei algum livro de Christopher Hitchens. Quando essa possibilidade também não se concretizou me liberei em um safári literário que normalmente não trás bons resultados.
Avistei uma coleção de livros denominados "politicamente incorretos". Aparentemente eles estão tendo um bom volume de vendas pois não é a primeira vez que eu avisto um exemplar dessa coleção em um local de
destaque nas livrarias (mais tarde eu descobriria que eles estão na lista de mais vendidos da Revista Veja, isso teria despertado algumas desconfianças). Dei uma olhada no “Guia” da América Latina (havia também um sobre o Brasil) e identifiquei rapidamente algumas bobagens de direita sobre personalidades que construíram a história da América Latina. Quando eu digo bobagem eu não quero dizer que necessariamente duvido da informação de que Che Guevara queria matar trabalhadores vagabundos, apenas estou ciente de que a informação está ali para invalidar outras ações do homem, cuja validade poderiam ou não estar associadas a esse fato. Não que eu acredite que haja uma explicação válida para matar trabalhadores, independente de sua produtividade, mas isso não invalida automaticamente tudo que o homem fez ou pensou.
Sendo assim dispensei esse título e me interessei pelo “Guia Politicamente Incorreto da Filosofia”, obviamente da mesma série, mas de um autor diferente. A contra-capa trazia novamente algumas informações bizarras sobre grandes filósofos. A última vez que me interessei por esse tipo de informação (curiosidades sobre grandes figuras históricas) descobri que Darwin tinha crises de vômito com medo da Teoria da Evolução e que Marx pedia dinheiro emprestado a amigos. Essas informações não me ajudaram no entendimento de seus
respectivos textos mas ajudaram a desmistificar essas personalidades para que eu pudesse ter mais confiança em entender (e analisar criticamente) o que eles diziam. Imaginei que seria positivo aplicar o mesmo princípio a Nietzsche, Platão e Foucault.
Eu estava redondamente enganado com o conteúdo do livro.
Em minha defesa eu devo dizer que obviamente a intenção do livro é de induzir o possível leitor ao mesmo erro que eu cometi. A arte da capa e mesmo as citações selecionadas na aba do livro tem a intenção de apresentar a obra como sendo um guia "no nonsense" sobre a história da filosofia.
Me decepcionei ao descobrir ainda na introdução que o o livro se trata de um caso contra o "politicamente correto" por parte do autor Luiz Felipe Pondé.
A lógica de Pondé pode ser resumida como "toda a forma de politicamente correto é hipócrita". Essa é uma analise cruel porém honesta e funciona razoavelmente bem. Infelizmente Pondé "estica" essa lógica para abraçar toda uma outra argumentação que não tem base alguma.
 Ele se identifica como politicamente incorreto, explica que tudo que é politicamente correto é errado e passa a entender que como ele é politicamente incorreto tudo que ele não gosta é politicamente correto, portanto errado... Entendeu? Essa lógica infantil é aplicada à esquerda política, as feministas, aos negros, aos gays, aos indíos, aos pobres e a todo grupo cujo senhor Pondé acredite (em uma esfera pessoal) que tem posições políticas de "mulherzinha". Tudo isso é classificado como "Politicamente Incorreto" ou "Praga PC" como ele chama. 
Não vem como surpresa perceber que o autor homem, rico, branco e heterossexual. Não que isso seja errado por si só, apenas não pode ser concebido como coincidência que tudo que é contrário a esse padrão apresentado pelo autor seja (na opinião dele) erroneamente apoiado por uma sociedade infestada pelo politicamente correto. 
Há pontos válidos comentados por Pondé como a menção de que os fundamentos da democracia (liberdade e igualdade) são contra-pontos que jamais permitirão um tipo de estrutura democrática eficiente. Porém esse lampejos de inteligência são soterrados por pérolas da imbecilidade como: "Todas as feministas são feias, por isso são feministas".
Há uma arrogância palpável que causa um certo repúdio muito real ao se ler o livro. Aparentemente ser politicamente incorreto perdeu todo o seu charme e foi substituído por simplesmente ser desagradável.
O tipo de atitude arrogante é até esperado de pessoas que dominam seu assunto com maestria, eu já me referia a pessoas que "conquistaram o direito de ser arrogantes", esse não é o caso de Pondé. Em determinado momento ele menciona ao que as americanas se referem a um homem considerado um bom partido como "keeper" e que isso se daria ao fato de este ser um homem que apresenta o perfil "mantenedor". Alguém teria a capacidade de mantê-las, sustentá-las e protegê-las. Sendo conhecedor do termo e já tendo ouvido a expressão proferida por diversas mulheres que não tinham essa visão eu posso com segurança afirma que a expressão "keeper" se refere a alguém ao qual se deve "manter", ou "segurar" devido a ser alguém bom demais. Isso poderia ser um simples erro de tradução mas Pondé constrói todo um capítulo e um conceito machista sobre essa tradução equivocada.
Eu poderia simplesmente dizer que o livro fosse evitado a qualquer custo mas o fato é que ele é ótimo para pensar. Normalmente leio livros com os quais eu concordo de antemão e percebi que quando discordamos do autor somos instigados a um pensamento mais crítico.
O grande valor desse livro reside em uma frase de Dudley Field Malone: "Eu nunca em minha vida aprendi nada de algum homem que concordasse comigo."

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Teaser do novo filme de Tarantino: Django Unchained

Como se não fosse o suficiente ser o novo filme do mestre Tarantino, tem a música do imortal Johnny Cash!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Preces e Resoluções


“Senhor Deus, por favor ajude-me. Por favor, eu imploro. Ajude um pobre pecador como eu. Por favor me dê forças para enfrentar essa prova tão dolorosa e pesada que se coloca diante de mim nesse momento.”
Eu me encontro em um dos momentos que levam as pessoas a pronunciar esse tipo de frase e ainda sim escrevê-la exige um esforço criativo legítimo para que eu possa sequer considerar quais as palavras preencheriam esse tipo de mensagem.
Eu não gostaria de me encontrar em uma situação desesperadora, porém esse tipo de acontecimento me fornece uma visão particular desses momentos e um contato mais próximo com a motivação de pessoas nessas condições.
A minha falta de motivação para que eu não acredite nesse tipo de prece/súplica não vem de um mal direcionado sentimento de orgulho, ainda que eu acredite que esse tipo de mensagem necessite de desnecessária identificação do solicitante como alguém simplório, errado e arrependido, porém a minha indisposição para esse tipo de solicitação desesperada é a simples falta de propósito para isso.
Não haverá uma intervenção divina para mim ou para quem eu proponho, e isso independe da maneira como eu levei a minha vida ou como ele tenha levado a dele, e em algum lugar do mundo alguém que tenha vivido seguindo fielmente todas as arbitrárias e ilógicas (e muitas vezes cruéis) regras da religião poderia fazer as mesmas súplicas e mesmo assim não receberia qualquer tipo de intervenção sobrenatural.
Qualquer tipo de mudança inesperada na ordem natural é fruto da mera chance estatística de isso acontecer de qualquer outra maneira. Vez após vez percebemos o que é estatisticamente improvável como sendo sobrenatural. O que nos leva a imaginar se não temos como alterar as chances do que seria improvável de acontecer a nosso favor. E qual a única coisa que podemos fazer? Qual a única coisa que podemos fazer para transformar algo intangível e improvável em algo concreto e certeiro? Desejar. Desejar que isso se torne realidade. Mas talvez desejar seja algo muito simples. Nós estamos acostumados a desejar diversas coisas simples durante o dia e nenhuma delas acontece. Talvez a resposta seja um pouco mais além. Talvez não seja apenas desejar que seja verdade, talvez nós devêssemos dar o benefício da dúvida ao destino e acreditar que isso irá de fato se tornar realidade. Talvez a resposta seja acreditar em algo como se fosse verdade antes mesmo de sabermos se isso é verdade. Isso é a fé.
Mas ainda sim isso não concretiza o desejo. Talvez por que estejamos acreditando de antemão em algo simples de se acreditar. Talvez nossa fé pudesse ser melhor demonstrada se acreditarmos em algo mais improvável. Talvez se acreditarmos em mitos que desafiam tudo aquilo que presenciamos e verificamos desde o nosso nascimento... Talvez então nossa fé seja o suficiente para que possamos mudar as probabilidades o suficiente para que um evento extremamente improvável ocorra em nosso favor.
No fundo trocamos a possibilidade de um favor extremamente improvável (a vida de um filho, a cura de um pai, a vida eterna) pela crença inquestionável em algo absurdo.
Coincidentemente, o método utilizado acaba tornando a realização do favor inverificável, e a crença absurda em algo que pode ser facilmente monetizado.
Uma das características de um golpe é que ele funciona melhor quando a vitima esta mais fragilizada e nunca em minha vida eu fui tão procurado por religiosos tentando me converter quanto nesse momento.
Peço desculpas aos leitores mas depois de considerar alguns minutos percebi que não há outra maneira de explicar a minha situação a não ser descrevê-la diretamente.
Meu pai está internado em estado grave na UTI do Hospital Dom João Becker de Gravataí  há alguns dias e no último domingo ele foi desenganado.
Ele é o que eu definiria como ateu não-praticante, ele não acredita em Deus mas procura não interferir com a crença de ninguém. Escrevendo isso percebo que jamais sofri qualquer tipo de influência dele em relação a religião. Quando minha mãe insistia que eu fosse a missa ou a catequese ele jamais proferiu uma palavra de incentivo ou de reprovação e a própria revelação de que ele era ateu só foi feita para mim muitos anos depois que eu mesmo já havia me definido como tal para toda a família.
Quando eu vejo ele no leito da UTI e trocamos olhares temos um entendimento, talvez único em nossa família, de que nossa história acabará lamentavelmente ali. Não há promessas de continuações, ou ilusões de nuvens e harpas, há apenas a importância do que foi feito e construído até aquele momento. Estamos comprometidos com nossa consistência e esse é o legado de nossa relação, pelo menos no que diz respeito a nossa escolha religiosa. 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Trabalhando (mas não no blog)...

Bons caros amigos e leitores do blog eu estou retornando ao mercado imobiliário depois de um ano afastado. Essa minha nova atividade deverá me tomar bem mais tempo do que o meu antigo emprego e possivelmente o blog ficará sem postagens por algum tempo. Tentarei manter os posts atualizados e principalmente responder aqueles que postam comentários. Obrigado por lerem meus pensamentos e discutirem idéias. Grande abraço.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Trailer de Dark Shadows

A mais nova parceria de Tim Burton e Johnny Depp

Novo Trailer de 'O Ditador'

Ainda mais engraçado do que o primeiro...

Livros Que Mudam a Vida - Deus Não é Grande: Como a Religião Envenena Tudo

Quando eu li Christopher Hitchens pela primeira vez eu fiquei genuinamente emocionado. Hitchens resgata o sentimento de indignação com as barbáries cometidas pela religião e nos ajuda a perceber como, de fato, a religião envenena tudo, incluindo nossa capacidade crítica a respeito dela.
Se você for ler apenas um livro esse ano, o que infelizmente será verdade para a maioria dos brasileiros, já que uma pesquisa recente aponta que o brasileiro lê em media apenas dois livros completos por ano e que o livro mais lido é a Biblía, eu recomendaria que você lesse esse livro.
Separei algumas passagens de cada capítulo.

Capítulo 1: Colocando Gentilmente
E aqui está o ponto, sobre mim e meus colegas pensadores. Nossa crença não é uma crença. Nossos princípios não são uma fé. Nós não confiamos exclusivamente na ciência e na razão, porque estes são necessários, em vez de fatores suficientes, mas desconfiamos de tudo que contradiga a ciência ou ultraje a   razão. Podemos divergir sobre muitas coisas, mas o que respeitamos é a indagação livre, a mente aberta, e a busca de idéias para seu próprio bem. Não temos convicções dogmáticas.


Capítulo 2: Religião Mata
Certa vez ouvi o falecido Abba Eban, um dos diplomatas e estadistas mais polido e pensativo de Israel, dar uma palestra em Nova York. A primeira coisa a bater o olho sobre o conflito israelo-palestino, disse ele, foi a facilidade de sua solubilidade. A partir deste início cativante ele passou a dizer, com a autoridade de um ex-chanceler e representante da ONU, que o ponto essencial era simples. Dois povos de tamanho equivalente tinha um crédito a mesma terra. A solução seria, obviamente, a criação de dois Estados lado a lado. Certamente, algo tão evidente estava dentro do espírito do homem para abranger? E assim teria sido, décadas atrás, se os rabinos e mulás messiânicos e padres pudessem ter sido mantidos fora da questão. Mas os clamores exclusivos para a autoridade dada por Deus, feita por clérigos histéricos de ambos os lados e ainda mais felizmente por cristãos que esperam trazer o Apocalipse (precedido pela morte ou a conversão de todos os judeus), tornaram a situação insuportável, e colocaram toda a humanidade na posição de refém de uma briga que apresenta agora a ameaça de guerra nuclear. A religião envenena tudo. Bem como uma ameaça à civilização, tornou-se uma ameaça à sobrevivência humana.


Capítulo 3: Uma pequena digressão sobre o porco, ou, por que o céu odeia presunto?
A atração e repulsão simultânea é derivado de uma raiz antropomórfica: o olhar do porco, e com o sabor do porco, e os moribundos gritos do porco, e a inteligência evidente do porco, eram de uma demasiada e incômoda reminiscência do ser humano.

Capítulo 4: Uma nota sobre a saúde, para qual a religião pode ser perigosa
Feche os olhos e tente imaginar o que você diria se você tivesse que infligir o maior sofrimento possível no menor número de palavras.
"... Durante o carnaval no Brasil, o bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Rafael Llano Cifuentes, disse à sua congregação em um sermão que "a igreja é contra o uso do preservativo. As relações sexuais entre um homem e uma mulher tem que ser natural. Eu nunca vi um cãozinho usar um preservativo durante a relação sexual com um outro cão." Figuras clericais experientes de vários outros países, como o cardeal Obando y Bravo da Nicarágua, o arcebispo de Nairobi, no Quênia, e o Cardeal Emmanuel Wamala de Uganda, tem todos ditos aos seus rebanhos que as camisinhas transmitem AIDS.


Capítulo 5: As afirmações metafísicas da religião são falsas
Todas as tentativas de conciliar a fé com a ciência e a razão estão fadadas ao fracasso e ao ridículo por precisamente estas razões. Eu li, por exemplo, de alguma conferência ecumênica dos cristãos que desejam mostrar sua mente aberta e convidar alguns físicos para participarem. Mas sou obrigado a lembrar o que eu sei, que é que não haveriam tais igrejas, em primeiro lugar, se a humanidade não tivesse temido coisas como o clima, o escuro, a peste, o eclipse, e toda sorte de outras coisas agora facilmente explicáveis. E também se a humanidade não tivesse sido obrigada, sob pena de consequências extremamente agonizantes, a pagar os dízimos e impostos exorbitantes que elevaram os edifícios imponentes da religião.

Capítulo 6: Argumentos sobre Design
Ceticismo e descoberta libertaram (os religiosos) do fardo de ter que defender seu deus de ser absurdo, desajeitado, um cientista louco, e também de ter que responder perguntas perturbadoras sobre quem infligiu o bacilo da sífilis ou criou o leproso ou a criança deficiente, ou concebeu os tormentos do trabalho. O fiel repousa absolvido dessa acusação: não temos mais qualquer necessidade de um deus para explicar o que não é mais misterioso. O que os crentes vão fazer, agora que sua fé é opcional e privada é irrelevante, é uma questão para eles. Nós não deve se preocupar, desde que eles não façam  nova tentativa de forçar a religião sob qualquer forma de coerção.


Capítulo 7: Apocalipse: O pesadelo do "Antigo" Testamento
Em Deuteronômio Moisés dá ordens para os pais que seus filhos sejam apedrejados até a morte por indisciplina (que parece violar pelo menos um dos mandamentos) e continuamente faz pronunciamentos demêntes ("Aquele que está ferido nas pedras, ou tem o seu membro cortado , não entrará na congregação do Senhor "). Em Números, ele aborda seus generais depois de uma batalha e se enfurece com eles por poupar tantos civis: "Agora, pois, matem todos os meninos entre as crianças, e matai toda mulher que tiver conhecido homem, deitando-se com ele. Mas todas as mulheres-crianças que não tem conhecido um homem, deitando-se com ele, manter as viva para vós."

Capítulo 8: O "Novo" Testamento excede o mal da"Velho"
Muitos dos ensinamentos de Jesus são ininteligíveis e mostram uma crença na magia, vários são absurdos e mostram uma atitude primitiva para com a agricultura (isso se estende a todas as menções de arar e semear, e todas as alusões a árvores de mostarda ou figueira), e muitos são claramete imorais. A analogia de seres humanos para os lírios, por exemplo, sugere juntamente com muitas outras passagens, que coisas como economia, inovação, vida familiar, e assim por diante são uma pura perda de tempo. ("Não fazeis plano para o dia de amanhã.")

Capítulo 9: O Corão é uma cópia de mitos judaicos e cristãos.
Em vinte e cinco anos de discussões, muitas vezes ferrenhas, apenas uma vez fui ameaçado com violência real. Isso ocorreu em Washington, DC quando eu estava jantando com alguns funcionários e apoiadores da Casa Branca de Clinton. Um dos presentes, um na época conhecido democrata arrecadador de fundos para o partido, questionou-me sobre a minha mais recente viagem ao Oriente Médio. Ele queria a minha opinião sobre a razão pela qual os muçulmanos eram tão "tudo nervosos, malditos fundamentalistas." Eu descrevi meu repertório de explicações, acrescentando que muitas vezes é esquecido que o Islã é uma fé relativamente jovem, e ainda no calor da sua auto-confiança. Os muçulmanos ainda não tiveram tempo de sofrer a crise de insegurança que havia superado o cristianismo ocidental. Acrescentei que, por exemplo, enquanto havia pouca ou nenhuma evidência para a vida de Jesus, a figura do Profeta Maomé era ao contrário pessoa significativamente documentada na história. O homem mudou de cor mais rápido do que eu já havia visto. Depois de gritar que Jesus Cristo tinha mais significado para as pessoas mais do que eu jamais poderia imaginar, e que eu era nojento acima de qualquer insulto por falar tão casualmente de Cristo, ele recuou o pé e mirou um pontapé que só a sua decência, concebivelmente seu cristianismo, o impediu de desferir contra minha perna. Ele então ordenou que sua esposa o acompanhasse enquanto se retirava.

Capítulo 10: O enfeite barato do milagroso e o declínio do Inferno
Depoimento de Ken Macmillan, o cinegrafista do documentário "Algo Bonito Para Deus":
"Durante as filmagens, houve um episódio em que fomos levados para um prédio que Madre Teresa chamava de Casa dos Moribundos. Peter Chafer, o diretor, disse: "Ah, bem, é muito escuro aqui. Você acha que podemos conseguir alguma coisa?" E nós tínhamos acabado de receber na BBC um novo filme feito pela Kodak, que não tivemos tempo para testar antes de sairmos, então eu disse a Pedro: "Bem, nós podemos tentar e pode dar certo."Então, nós filmamos. E quando voltamos, algumas semanas depois, um mês ou dois mais tarde, nós estamos sentados na sala de projeção no Ealing Studios e, eventualmente, se vêm as imagens da Casa dos Moribundos. E foi surpreendente. Você podia ver todos os detalhes. E eu disse: "Isso é incrível. Isso é extraordinário." E eu ia dizer, você sabe, três vivas para a Kodak. Eu não tive a chance de dizer isso, porém, porque Malcolm, sentado na primeira fila, virou-se e disse: ".. É luz divina. É Madre Teresa. Você verá que é a luz divina, meu velho" E três ou quatro dias depois eu estava recebendo telefonemas de jornalistas de jornais de Londres que diziam coisas como: ". Ouvimos dizer que você acabou de voltar da Índia com Malcolm Muggeridge e que você testemunhou um milagre"
Assim nascia uma estrela. . .


Capítulo 11: "O Selo humilde de sua origem": O começo corrupto da Religião
Não são os livros sagrados do monoteísmo oficial absolutamente encharcado de desejo material e com descrições - quase de dar água na boca- das riqueza de Salomão, das pastagens e rebanhos prósperos e bem sucedidos dos fiéis, as recompensas para um bom muçulmano no paraíso, para não falar de muitos, muitos contos sombrios de pilhagem e saque? Jesus, é verdade, não mostra nenhum interesse pessoal no ganho, mas ele fala de um tesouro no céu e até mesmo de "mansões" como um incentivo para segui-lo. Não é mais verdade que todas as religiões ao longo dos tempos têm mostrado um grande interesse no recolhimento de bens materiais no mundo real?

Capítulo 12: Um Epílogo: Como a Religião Acaba
Pode ser igualmente útil e instrutivo vislumbrar o encerramento de religiões ou movimentos religiosos. Os mileritas, por exemplo, não existem mais. E nós não ouviremos falar novamente, a não ser de forma vestigial e nostálgica, de Pan ou Osíris ou qualquer um dos milhares de deuses já escravizaram pessoas absolutamente.

Capítulo 13: A Religião Faz as Pessoas Comportarem-se Melhor?
A primeira coisa a ser dita é que o comportamento virtuoso de um crente não é prova da verdade de sua crença de forma alguma, não é nem mesmo um argumento a seu favor. Eu poderia, vamos imaginar, agir de forma mais caridosa se ​​eu acreditasse que Buda nasceu de uma fenda no lado de sua mãe. Mas isso não faria o meu impulso de caridade dependente de algo muito tênue? Da mesma forma, não digo que se eu pegar um sacerdote budista roubando todas as oferendas deixadas pelo povo simples em seu templo, o budismo é, assim, desacreditado. E esquecemos em qualquer caso, como tudo isto é contingente. Das milhares de religiões possíveis que haviam no deserto, assim como haviam milhões de espécies potenciais, um ramo criou raízes e cresceu. Passando por suas mutações judáicas até a sua forma cristã, que foi adotado por motivos políticos pelo Imperador Constantino, e transformada em uma fé oficial com (eventualmente) a forma codificada e aplicável ​​de seus muitos livros caóticos e contraditórios. Já para o Islã, ele se tornou a ideologia de uma conquista de grande sucesso que foi adotado por dinastias de sucesso, codificados e estabelecido por sua vez, e promulgado como lei da terra.

Capítulo 14: Não há Solução "Oriental"
A espécie humana é uma espécie animal sem muita variação dentro dela, e é ingênuo e inútil imaginar que uma viagem ao Tibete, por exemplo, vai revelar uma harmonia inteiramente diferente com a natureza ou com a eternidade. O Dalai Lama, por exemplo, é inteiramente e facilmente reconhecível para um secularista. Exatamente da mesma maneira como um príncipe medieval, ele faz a afirmação não só que o Tibete deve ser independente da hegemonia chinesa - uma solicitação aceitável -  mas que ele próprio é um rei hereditário nomeado pelo próprio céu.Que conveniente! Seitas dissidentes dentro de sua fé são perseguidas; seu governo de um homem em um enclave indiano é absoluto, ele faz declarações absurdas sobre sexo e dieta e quando em suas viagens para Hollywood os principais doadores como Steven Segal e Richard Gere são ungidos com o status de "santos" dentro da religião budista. (Na verdade, mesmo Gere foi forçado a reclamar  um pouco quando o Sr. Segal foi reconhecido como "tulku',ou "pessoa de alta iluminação". Deve ser chato  ser derrotado em um leilão tão espiritual.)

Capítulo 15: Religião Como Um Pecado Original
Há, de fato, várias formas nas quais a religião não é apenas amoral, mas definitivamente imoral. E estas falhas e crimes não estão a ser encontradas no comportamento dos seus adeptos (que às vezes pode ser exemplar), mas em seus preceitos originais.

Capítulo 16: Seria a Religião Abuso de Menores
Como podemos saber quantas crianças tiveram suas vidas físicas e psicológicas irreparavelmente ​​mutiladas pela inoculação compulsória da fé? Isso é quase tão difícil de determinar como o número de sonhos e visões espirituais e religiosos e que se tornaram "verdade", que a fim de possuir ainda uma verificação real teria que ser medido contra todos os sonhos não registrados e esquecidos que não se realizaram. Mas podemos ter certeza de que a religião sempre exerceu sua influência sobre as mentes disformes e indefesas dos jovens, e tem feito grandes sacrifícios para certificar-se deste privilégio, fazendo alianças com os poderes seculares no mundo material.

Capítulo 17: Uma Objeção Antecipada: O último argumento contra o secularismo
Se eu não posso provar definitivamente que a utilidade da religião está no passado, e que seus livros fundamentais são fábulas transparentes, e que é uma imposição feita pelo homem, e que tem sido um inimigo da ciência e da investigação, e que tem subsiste em grande parte a mentiras e medos e foi cúmplice da ignorância e da culpa, bem como da escravidão, do genocídio, do racismo e da tirania, posso certamente afirmar que a religião está agora plenamente consciente dessas críticas. E também está plenamente consciente da evidência sempre crescente, sobre as origens do cosmo e da origem das espécies, coisas que ela tenta levar à marginalidade, se não tão somente à irrelevância.

Capítulo 18: Uma Tradição Melhor: A Resistência do Racional
É fato que alguns seres humanos sempre notaram a improbabilidade de Deus, o mal feito em seu nome, a probabilidade de que ele é feito pelo homem, e a disponibilidade de crenças alternativas menos prejudiciais e outras explicações. Não podemos saber os nomes de todos estes homens e mulheres,porque eles foram, em todos os tempos e todos os lugares, objetos de repressão implacável. Por motivo idêntico, nem podemos saber quantas pessoas ostensivamente devotas eram secretamente descrentes. No final dos séculos XVIII e XIX, em sociedades relativamente livres, como a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, os incrédulos, mesmo seguros e prósperos como James Mill e Benjamin Franklin sentiram que seria aconselhável manter as suas opiniões privadas. Assim, quando lemos sobre as glórias da pintura "cristã" e da arquitetura, astronomia ou da medicina "islâmica", nós estamos falando sobre os avanços da civilização e da cultura (alguns deles previstos pelos astecas e chineses) que têm tanto a ver com "fé", como seus predecessores tinham a ver com sacrifício humano e imperialismo. E nós não temos meios de saber, exceto em alguns poucos casos especiais, quantos desses arquitetos e pintores e cientistas decidiram preservar seus pensamentos mais íntimos do escrutínio dos fiéis.

Capítulo 19: Conclusão: A Necessidade de uma nova iluminação
Acima de tudo, temos necessidade de uma iluminação renovada, que vai basear-se na proposição de que o estudo apropriado da humanidade é o homem e mulher. Este esclarecimento não vai precisar depender, como seus antecessores, dos avanços heróicos de poucas pessoas talentosas e extremamente corajosas. Está ao alcanço da pessoa comum. O estudo da literatura e da poesia, tanto para seu próprio bem como para as eternas perguntas éticas da qual eles tratam, agora podem facilmente derrubar o exame dos textos sagrados que foram provados ser corruptos e inventados. A busca da investigação científica desenfreada, e da disponibilidade de novas descobertas para as massas por fáceis meios electrónicos, vai revolucionar nossos conceitos de pesquisa e desenvolvimento. Muito importante, o divórcio entre a vida sexual e o medo, e a vida sexual e as doenças,e a vida sexual e tirania, pode agora, finalmente, ser tentada, sob a única condição de que todas as religiões sejam banidas da questão. Tudo isto e muito mais está, pela primeira vez em nossa história, ao alcance de todos.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O Vingador do Futuro - O Velho e O Novo



Discurso de Peter Weyland em Prometheus

A corrida de filme mais antecipado do ano é árdua e conta com nomes de peso como o filme dos Vingadores e o terceiro filme do Batman. Porém quem vem correndo por fora e ganhando um grande interesse e atenção na Internet é a prequel de Alien - O Oitavo Passageiro. Aqui Peter Weyland aparece dando uma palestra na fundação TED (Tecnologia, Entretenimento e Design) uma famosa fundação privada americana que existe no mundo real.  

Trailer de Ted

Da mente genial de Seth MacFarlane, criador de Family Guy...

Livros Que Mudam a Vida - O Poderoso Chefão

No fim de fevereiro eu completei 27 anos e recebi alguns presentes de amigos meus. Entre esses presentes estava o livro "O Poderoso Chefão". Ele me foi presenteado pelo meu bom amigo Derek, que deve ter se preparado para esse aniversário com uma antecipação incrível já que eu havia visto esse livro pelo menos um ano antes na estante da casa dele.
Obviamente, o livro é a história original de Mario Puzo que foi adaptada por Francis Ford Coppola em um dos melhores filmes de todos os tempos. Minha primeira impressão foi de que não haveria nada de muito interessante em ler um livro cuja história eu já conheço tão bem. Achei que se houvessem partes que não foram transportadas para a tela elas seriam menores e de pouca qualidade. De fato as melhores partes estavam no filme, mas há muita informação e material extremamente interessante no livro.
Diversos personagens são melhor delineados e tem suas motivações melhor explicadas (como era de se esperar em uma versão de bolso com mais de 600 páginas). Alguns como Luca Brasi, Lucy Mancini e Johnny Fontane passam de mera aparições no filme à personagens essenciais à trama.
Além de mais alguns detalhes da família Corleone, uma melhor definição da hierarquia da família e uma visão melhor da dinâmica deles, também há uma compreensão melhor da passagem de tempo do que no filme. Dez anos se passam entre o casamento de Connie e o assassinato dos chefões à mando de Michael no final da história.
Algumas tramas paralelas (mas ainda sim diretamente ligadas a família Corleone) são apresentadas em profundidade. Johnny Fontane tem toda a sua história contada e o autor ainda se aprofunda em sua carreira após a produção do filme no qual ele ganhou o papel graças a Tom Hagen. No livro ele ganha até o Oscar de Melhor Ator por sua interpretação graças a influência de Don Corleone. Lucy Mancini que no filme apenas é vista "escapulindo" com Sonny Corleone durante a festa de casamento de Connie também tem seus detalhes esclarecidos, incluindo alguns bastante intímos. Isso é muito interessante porque eu nunca havia notado que ela é a mãe de Vincent Mancini, o personagem de Andy Garcia em O Poderoso Chefão III.
Outra grande surpresa foi descobrir que grande parte da trama de O Poderoso Chefão II (os flashbacks mostrando Vito Corleone se envolvendo com Téssio e Clemenza e assassinando Fanucci) são originalmente deste livro.
Apesar de ser extremamente difícil para mim analisar o livro como uma obra separada, sendo que a comparação com o filme é inevitável, o livro cresceu em mim e me vi cada vez mais compelido a terminar de ler a história. Puzo tem uma narrativa sólida que consegue descrever o "clima" de determinado local através dos diferentes personagens que ele apresente na história, um mais interessante do que o outro. Puzo cria um clima onde cada diálogo pode ser mais interessante do que um tiroteio e isso prende o leitor.
O único grande defeito do livro é a tradução capenga. Algumas gírias soam bobas e fora de lugar, "parents" é traduzido como "parentes" e erros do tipo são encontrados a cada 10 ou 15 páginas. Mas no geral isso não estraga a compreensão da história.
Fiquei impressionado como Don Corleone ainda consegue ensinar importante lições de vida mesmo tantos anos depois que ele nos foi apresentado pela primeira vez. Quando Don Corleone ensina Michael a dizer "não" sem nunca proferir a palavra em si eu fiquei boquiaberto. É uma lição simples, prática e completamente realista mesmo vindo de um livro sobre a máfia da década de 40.
Acima de tudo fiquei extremamente feliz com meu presente e satisfeito com o livro. Talvez depois de 14 anos de amizade eu deva finalmente dar ao Derek um presente de aniversário além do boneco do Pete Fedido.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Top 10 Atores Com Mais de 80 anos que Ainda Estão Ativos

Depois de mostrar alguns setentões que ainda atuam como garotos, resolvi mostrar um time realmente veterano e da maior qualidade. Alguns já estão com 90 anos e continuam firmes e fortes.

10º Ernest Borgnine (94)
Tentei achar uma foto que mostrasse Borgnine jovem mas pelo que pude ver na internet o ator já nasceu com cara de 40 anos. Com um curriculo que inclui títulos como "Meu Ódio Será Tua Herança" e "RED - Aposentados e Perigosos" o ator apresenta um talento e uma presença marcante que atravessa décadas.

9º Leonard Nimoy (80)
Mesmo que Nimoy nunca tenha se libertado de seu papel de Spock, assistí-lo no último Star Trek foi um bônus excelente que elevou bastante a qualidade do filme.

8º Ian Holm (80)
Para uma geração Holm será eternamente lembrado como Bilbo Bolseiro, seu papel em "O Senhor dos Anéis". Para alguns ele ainda foi o primeiro andróide da série Aliens ou mesmo Jack, O Estripador em "Do Inferno". Seja qual tenha sido o papel no qual foi assistido Holm sempre entregou interpretações emocionantes.

7º Eli Wallach (96)
Um dos mais velhos atores em atividade no mundo Wallach já foi o Tuco de "Três Homens em Conflito" e Don Altobello em O Poderoso Chefão Parte III. Levei muitos anos para compreender que se tratava do mesmo ator. Sempre um sinal de excelência.

6º Max Von Sydow (82)
Ele já era velho quando eu o vi em "O Exorcista" e mesmo assim o homem continua fazendo filmes como louco. Ele já jogou xadrez contra "a morte" para Bergman, foi um chefe de polícia para Spielberg,  e foi o Nobre Loxley para Scott. Precisa de mais? Ele foi indicado a melhor ator coadjuvante esse ano e é Esbern em Skyrim.

5º Robert Duvall (81)
Desde que entrou na Familia Corleone Duvall é sinônimo de qualidade nos filmes em que aparece. Entre gangsters, cowboys, advogados, cientistas e astronautas Duvall já foi de tudo um pouco. Seu melhor momento para mim foi em "Pacto de Justiça".

4º Clint Eastwood (81)
O mais durão dos atores se tornou um dos melhores diretores e um dos melhores atores sob sua própria direção. Eastwood é o único homem de Hollywood que pode parecer realista espancando um homem 60 anos mais novo como ele fez em seu último filme como ator: Gran Torino. Ele volta para a frente das tela ano que vem no drama de esportes "The Trouble With The Curve".

3º Hal Holbrook (85)
Eu descobri esse maravilhoso ator vendo ele em séries de tv, particularmente The West Wing. Hal Halbrook é a definição de elegância e talento. Mais recentemente ele me levou as lágrimas com sua comovente interpretação em "Na Natureza Selvagem".

2º Christopher Lee (89)
Com um talento especial para vilões de Conde Drácula a Lorde Sith, Cristopher Lee é uma das poucas coisas boas na nova trilogia de Star Wars e uma das muitas ótimas na trilogia do Senhor dos Anéis. Aos quase 90 anos esse inglês de 1,96m de altura volta a Terra-Média  no papel de Saruman nas duas produções de "O Hobbit".

1º Christopher Plummer (82)
Ao ganhar o oscar de melhor ator coadjuvante esse ano Plummer se tornou o ator mais velho a receber o prêmio da academia. Com uma carreira que atravessa sete décadas Plummer coleciona trabalhos clássicos como "Noviça Rebelde" até inesperados como Arngeier em "Skyrim".

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