Páginas

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dante's Inferno

Para que eu possa dar a minha opinião sobre Dante's Inferno é necessário que eu esclareça que eu nunca joguei God Of War. Sim, eu conheço o jogo, já vi jogarem e tive várias sessões de descrição detalhada da terceira parte feitas pelo Rafael (que é um fã entusiasta da franquia). Sendo assim eu admito que muita gente me disse que não só God of War é melhor que Dante's Inferno, mas que o último não passaria de uma cópia do primeiro. Impossibilitado de comparar os dois eu vou julgar o jogo do Xbox 360 pelos seus próprios méritos.
Eu gostei muito de jogar Dante's Inferno e tenho uma confissão a fazer: logo na primeira luta, na qual se enfrenta a Morte, eu continuamente fui derrotado até que eu tomei a decisão de diminuir a dificuldade do jogo. Essa foi a primeira vez que eu fiz isso e a razão é que eu sempre achei que deveria jogar o jogo na dificuldade normal (ou média) para ter uma ideia melhor de todos os elementos como um todo. Porém em Dante's Inferno eu fiquei muito satisfeito em ter feito isso. Isso evitou que eu ficasse preso em batalhas frustrantes e permitiu que eu me divertisse virando o jogo. Eu gostei muito da forma como a história se desenrola e há uma variedade de estilos de vídeo que contam a saga de Dante, um cavaleiro das cruzadas que desafia a morte e parte em uma jornada ao inferno para resgatar a alma de sua amada Beatrice. O material original, o poema épico da Divina Comédia de Dante Alighieri, é respeitado e usado com primor como fonte de inspiração para desafios e conquistas.  Você tem a escolha de absolver ou punir vários personagens ao longo do jogo como por exemplo Pôncio Pilatos ou Orfeu.
As fases são variadas o suficiente e a ação ininterrupta, lembrando que essa é uma descida ao inferno não espere nada muito recatado e lembre-se que há momentos verdadeiramente nojentos. O que eu mais gostei no jogo foi a versatilidade dos poderes de Dante, ele pode usar magias e poderes extras, bem como aprimorar seus golpes e poderes conforme vai adquirindo mais poder absolvendo ou punido as almas que encontra em sua descida infernal. Há três tipos de vídeo no jogo,  primeiro que usa a própria engine do jogo e tem uma qualidade mais fraquinha é o mais comum. O segundo tipo é uma espécie de animação em quadrinhos muito bem realizada que serve para mostrar o passado de Dante e de sua familia. O último tipo de vídeo é um de excepcional qualidade (o melhor que eu já vi no Xbox 360) que aparece apenas três vezes no jogo, uma delas felizmente é a virada. A história é boa (apesar de ser ateu eu admito que a religião católica é uma fonte inesgotável de histórias de qualidade), a jogabilidade é boa, a dificuldade é boa, mas no geral eu não jogaria o jogo novamente e achei ele relativamente curto.Perto do fim o jogo começa a ficar um pouco repetitivo mas isso não desmerece sua demais qualidades. De qualquer forma o jogo te recompensa o esforço com uma virada épica e a promessa de uma continuação.

1001 Filmes - Rastros de Ódio (1956)


Eu sempre gostei muito de westerns. O pistoleiro solitário e anti-herói foi sempre o meu tipo de herói, mesmo que mais tarde ele tenha sido incorporado pela selva de asfalto e se tornado o arquétipo do policial justiceiro e implacável, foi aqui que tudo começou. Porém aos poucos eu fui aprendendo que o tipo de western que eu realmente gostava é o "revisionista". Como muito bem descreve a Wikipedia:

"Alguns westerns pós-Segunda Guerra Mundial começaram a questionar os ideais e o estilo dos westerns tradicionais. Os elementos incluem um tom mais escuro, mais cínico, com foco na ilegalidade do período, favorecendo o realismo sobre romantismo. Anti-heróis são comuns, como são os papéis mais fortes para as mulheres e retrato mais simpático dos nativos americanos e mexicanos. Em relação ao poder e autoridade, essas representações favorecem a visão crítica de grandes empresas, o governo americano, figuras masculinas (incluindo os militares e suas políticas), e favorecem uma maior autenticidade histórica."

Então, quando eu acabava eventualmente vendo alguma cena de um western mais antigo, principalmente os de John Wayne, em que se matava índios indiscriminadamente e sem maiores justificativas ou consequências eu sentia que havia um certo constrangimento inerente a apoiar esse tipo de filme e isso significou que por muito tempo eu passei a oportunida de assisitir esses westerns em que os índios eram os vilões.
Dito isso eu acabei redescobrindo Rastros de Ódio não apenas no livro "1001 Filmes..." ele também é extensamente citado na internet como um dos melhores westerns de todos os tempos. O diretor John Ford é bem famoso e John Wayne tem a fama de ser uma presença marcante na tela, ainda que exista uma eterna discussão sob as suas qualidades de ator. Bom, e lá fui eu assistir a Rastros de Ódio. Eu posso honestamente dizer que fiquei impressionado. Eu esperava um filme longo e cheio de cowboys onde os índios são os vilões puro e simples. Bom eu estava certo sobre a parte do longo e dos índios. Mas eu não esperava um filme que tem o preconceito racial cravado no seu cerne. Um filme que tem a coragem de pegar John Wayne, famoso por seus papéis de mocinhos sem profundidade e coloca-lo na pele de um irascível racista que atravessa o oeste em uma busca incansável.

A história não poderia ser mais simples: Ethan, um veterano da guerra civil volta a casa de seu irmão e acaba sendo recrutado para caçar índios, quando retorna a casa descobre que os índios mataram todos os seus parentes e sequestraram sua pequena sobrinha. Ao lado de Marty, um meio-índio filho adotivo de seu irmão, ele parte em uma missão de resgate que dura vários anos.

Como eu disse a história é simples, os índios são os vilões e poderia se pensar que se trata de apenas mais um western desse tipo, mas longe disso. As diversas camadas do filme vão se apresentando detalhadamente com o desenrolar da trama: a paixão de Ethan pela cunhada, a sua determinação não em salvar a sobrinha mas em assassiná-la já que ela foi maculada pelo seu contato com os índios, a noção de que os brancos são capazes de atos muito mais selvagens que os índios.

Há diversas qualidades no filme mas as duas que mais me chamaram a atenção é a capacidade do filme, mesmo dentro de um gênero tão bruto como este, ser sutil ao extremo. Por exemplo, a paixão de Ethan pela sua cunhada, apesar de ser uma das principais razões por trás do personagem de Wayne, nunca é declarada e apenas sugerida através de breves gestos e olhares. É raro vermos esse tipo de sutileza mesmo nos mais açucarados dramas e eu não esperava encontrá-la em um western da década de 50.

Há uma tensão crescente no filme e não é possível determinar quem é mais psicótica ameaça da história: os índios ou Ethan. Há vários momentos memoráveis no filme, mas um em particular em que eu fiquei impressionado. É uma cena na qual Ethan visita um abrigo do exército examinando sobreviventes brancas sequestradas pelos Comanches, uma delas se mostra completamente louca e deixa Marty (e o espectador) comovidos, isso até que Ethan antes de se retirar da sala olha para ela e lança o olhar mais amedrontador que eu já vi em um filme. Eu fiquei tão impressionado com esse close que não fiquei surpreso ao descobrir que no IMDB há um tópico inteiro discutindo exatamente essa cena.

Eu posso dizer, sem medo de errar, que Rastros de Ódio é um dos filmes que eu não assistiria se não fosse pela sua inclusão na lista dos 1001 filmes e agora que o assisti eu lembrarei dele sempre como um exemplo de clássico e filme excepcional.



domingo, 29 de agosto de 2010

1001 Filmes - 007 Contra Goldfinger (1964)

Deixem me dizer que eu adoro James Bond. Sempre gostei dos filmes e desde Goldeneye eu assisti a todos os lançamentos de 007 no cinema. Um filme de James Bond é sempre um evento, cheio de expectativa e emoções, um filme de ação com a sua própria mitologia. É por esses e outros pontos que eu tive uma certa decepção ao assistir Goldfinger novamente. É inegável que o filme esteja tremendamente datado e o enredo absurdo começa a se tornar ligeiramente constrangedor hoje em dia. O conjunto do filme é algo que  não funciona mais tão bem atualmente. Óbvio que poderia se argumentar que um filme de 1964 não teria a capacidade de manter seu desempenho e relevancia nos dias de hoje, mas isso não é verdade uma vez que o filme anterior da série (Moscow Contra 007) ainda mantém o fôlego de sua história enxuta mesmo quando assistido depois de tanto tempo. Então, quais seriam os méritos de 007 Contra Goldfinger? Na verdade eu acredito que há diversas qualidades no filme, mas todas elas são pontos individuais que acabam não salvando o filme. Temos a ótima interpretação de Gert Frobe como Goldfinger, ótimos diálogos, um clima de competição acirrada durante todo o filme entre o protagonista e o antagonista que teimam em se encontrar em situações não beligerantes e até mesmo agradáveis. O surgimento de Pussy Galore é um marco na história do personagem e é reconfortante ver que James Bond comete vários erros durante o filme: se engana com os espelhos na persguição de carros, seu charme é ineficiente (e até mesmo inoportuno) com as mulheres da organização de Goldfinger. Um detalhe que eu achei interessante e só notei agora que revi o filme são os vários indícios de que a personagem Pussy Galore era lésbica. Tudo muito sutil, mas definitivamente presente.
Enquanto 007 Contra Goldfinger não resistiu ao efeito do tempo tão bem como outros exemplares da série, serviu para estabelecer vários marcos da série e do cinema, como o carro cheio de aparatos (dali em diante todo agente secreto teria um), o surgimento de Q e as cantadas em Moneypenny, o vilão clássico Oddjob e a excelente musica tema.

5 Estrelas no Windows Media Player


Eu tenho a mania de só escutar as músicas no meu computador depois que elas estão devidamente catalogadas e classificadas no Windows Media Player, com direito a foto do álbum e classificação da qualidade delas no que diz respeito ao meu gosto pessoal. Referente a essa classificação o WMP usa o sistema de estrelas (de 1 a 5) para classificar as músicas e me parece eficiente o bastante essa escala. É possível consultar as músicas pela classificação e fica bem fácil escutarmos uma seleção apenas com aquelas que classificamos com um determinado número de estrelas.
Fiquei pensando a respeito disso e percebi que normalmente costumo ouvir mais a seleção classificada como 4 estrelas do que a de 5 estrelas. Não consegui definir exatamente o que isso significa mas não consigo deixar de pensar que isso tem alguma conexão, ainda que obscura, com a vida em si. Afinal, o que é especial é considerado especial justamente por se opor ao corriqueiro. Talvez isso venha do mesmo lugar que nos faz achar mais interessantes as mulheres que são novidade do que aquelas que já conhecemos. Tem uma frase de um filme que eu não lembro que diz: "Apenas o amor não realizado é româtico". Talvez seja isso. Talvez se aqueles amores que escaparam cada um de nós e se tornaram essas memórias românticas incuráveis se tornassem apenas relacionamentos miseráveis se tivessem de fato conseguido um lugar verdadeiro no nosso destino, e não apenas em nossas mentes e nossos corações, então eles não teriam nada de especial. Mas jamais teremos essa resposta. Todos nós vamos passar a nossa vida sempre carregando as memórias de algo que não aconteceu ou que gostaríamos que tivesse ocorrido de forma diferente. Não adianta imaginarmos mil cenários de que como as coisas poderiam ter sido pois se por um momento pudéssemos provar essa realidade alternativa, sentiríamos a mesma saudade da vida que levamos hoje.
Eu começo a pensar que o nosso conceito de felicidade em si depende mais da nossa capacidade de fazer as pazes com o que deixamos para trás do que com a nossa capacidade de aceitarmos o que temos em mãos. Todos nós temos condições de sermos felizes e aceitar que a cada esquina fizemos decisões que nos levaram até aqui. Mas não devemos, como um dia eu acreditei, esquecer as outras possibilidades, considerando o que teria acontecido. De nada adianta trilharmos o caminho correto se não soubermos que realmente evitamos o que era errado. Devemos nos lembrar do que poderíamos ter passado e sempre colocar as cinco estrelas nessa seleção de memórias e ouvi-las de vez em quando. Devemos ouvi-la com atenção, mesmo que estejamos vivendo a nossa seleção de 4 estrelas.
Minha seleção de 5 estrelas:
Animals - House of The Rising Sun
Bruce Springsteen - The River, Jersey Girl, The Wrestler
Dave Mathews Band/ Johnny Cash - For You
Elton John  - Tiny Dancer
Elvis - Suspicious Minds
Enio Morricone - Man with a Harmonica, El Trielo, Ecstasy of Gold
Ewan McGregor; Jacek Koman; José Feliciano - El Tango de Roxanne
Frejat - Segredos
Glen Hansard; Markéta Irglová - Falling Slowly
Hans Zimmer / Steve Jablonsky- Cameroon Border Post
Kathy McCarty - Living Life
James Newton Howard - Stairway Chase
Donald Rubinstein - Ain't Nothin' Like a Friend
John Williams - Duel of the Fates
Johnny Cash - I Won't Back Down, Solitary Man, Hurt, In My Life, Highway Patrolman, Rusty Cage, Father and Son, Big Iron.
Muse - Take a Bow
Nonpoint - In the Air Tonight
Nenhum de Nos - Da Janela
Nino Rota - The Godfather Waltz
Paul Simon - Father And Daughter
Ryan Bingham - The Weary Kind
U2 - Sometimes You Can't Make It on Your Own - With or Without You - I Still Haven't Found What I'm Looking For
Zé Ramalho - Avôhai

1001 Filmes - 12 Homens e Uma Sentença (1957)

Bom, aqui está um exemplo de filme que eu não teria assisitido se não fosse o livro "1001 Filmes Para Assistir Antes de Morrer". A única outra menção que eu havia ouvido sobre esse filme foi em uma entrevista do Jô Soares com Peter Fonda, filho do Henry Fonda, que mencionava o quanto ele havia se impressionado com a atuação do ator nesse filme. Mas achei interessante a premissa do filme e decidi assistí-lo. O que mais me impressionou no filme é que todo o filme se passa em uma única sala é em preto e branco, não dá nome aos seus protagonistas e ainda assim consegue prender a sua atenção do ínicio ao fim. Eu já passei pela situação de me "forçar" a assistir alguns clássicos mesmo achando algumas partes tremendamente chatas na expectativa de que o filme iria melhorar. Bom, esse não é o caso aqui, o filme simplesmente prende você do ínicio ao fim, sem grandes cenários, sem explosões, sem um elenco estelar (Henry Fonda é o único astro do filme). O trunfo do filme é ter uma boa história e excelentes interpretações, especialmente Lee J. Cobb como o jurado nº 3. O que eu mais gostei do filme é a sensação de que a tarefa hérculea de Fonda, convencer 11 jurados da inocência de um rapaz em um caso onde as provas são quase irrefutáveis, não era meramente difícil mas sim impossível. Todos nós vamos ao cinema ou assistimos a um filme sabendo que é muito, mas MUITO provável que o herói vá triunfar no final e quando um filme consegue honestamente fazer você duvidar disso é sempre emocionante. É ainda mais surpreendente quando o filme consegue mostrar o triunfo do herói de uma forma realista, sem que o espectador possa usar a clássica frase: "Ah só em filme mesmo..."
12 Homens e Uma Sentença consegue apresentar todos esses méritos e o faz apostando na lógica das argumentações e no respeito com o espectador, somente um filme com essas características tão poderosas para continuar tão preciso e eletrizante mesmo mais de 50 anos depois de seu lançamento.

sábado, 28 de agosto de 2010

Livros Que Mudam a Vida: 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer

Bom, há uns dois anos atrás eu comprei um livro chamado "1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer" e gostei muito de ler e conhecer alguns clássicos que eu nunca havia ouvido falar. Como se pode imaginar são quase mil páginas e só para olhar as fotos e uma lida "por cima" eu levo três horas". É um ótimo livro/guia, mas em algum momento ele encontrou seu caminho ao organizador de plástico (que eu teimo em chamar de baú) que fica no meu quarto e que guarda os livros que eu não leio mais. Ultimamente a questão de quantidade de filmes que eu assisto tem sido um problema. Primeiro por que eu não tenho mais conseguido assistir a todos os filmes que eu compro e muito menos postar algo interessante sobre eles aqui no blog. Recentemente o João Colombo, colega do blog "Cinema Sem Frescura", me comentou que segundo um professor de faculdade dele para se considerar um crítico de cinema uma pessoa deveria assistir a pelo menos 300 filmes por ano e isso só contando os inéditos, os clássicos como Poderoso Chefão deveriam ser assistidos no mínimo uma vez por ano. Bom, que tipo de vida social esse suposto crítico se permitiria ter é uma incógnita para mim, mas mesmo assim eu levei em consideração o número.
Fiquei pensando nos clássicos que eu ainda não vi e em como a descrição de alguns deles parece boa demais para ser verdade. Bom, até ai tudo bem, mas na última vez que o Derek veio aqui em casa ele insistiu em revirar o meu organizador para achar uns livros que ele havia deixado comigo e que se esqueceram de voltar. Remexendo no baú encontramos o livro "1001 Filmes..." e eu o coloquei à mão novamente para leituras ocasionais ( aquela quando se está sentado no vaso)...
Me ocorreu que uma vez que eu estava me debatendo com a culpa de não assistir filmes o suficiente (pelo menos não os clássicos) e como o tempo tem sido uma questão cada vez mais delicada e escassa e eu nunca conseguia aproveitar nada disso no blog eu resolvi unir tudo isso sob a mesma bandeira.
Resolvi que vou assistir a todos os filmes mencionados no livro e vou postar a respeito no blog e farei comentários rápidos ou criticas longas dependendo do meu humor e de quanto o filme me afetou. Meu prazo? Bom, o título deixou bem claro: antes de morrer!
Eu imagino que eu tenha assistido a no máximo uns 100 desses filmes e vou dar a minha opinião a respeito dos que eu já vi também, conforme o tempo for passando eu vou incluí-los juntamente com aqueles que forem inéditos para mim.

domingo, 22 de agosto de 2010

Top 10 Filmes de Vampiro (que são melhores do que Crepúsculo)

 Eu realmente tento não ter preconceitos contra Crepúsculo, tento analisar o filme pelo que ele de fato é e não pelo hype bobo ao redor dele e eu devo dizer que se você olhar por essa ótica não há qualquer motivo para se assistir além do primeiro filme da série. O filme é do mediano para o ruim e deixa você esperando por algo que nunca vem: história. Eu não pretendo discutir sobre as qualidades do livro (até porque não o li) mas o filme é algo dispensável. Vez ou outra surge essa modinha ao redor de alguns filmes e nada contra isso, o problema é começar a confundir isso com qualidade e a beleza dos atores com talento. Para mim, qualquer série que se use do fato de ter mais de um filme para se tornar um filme aceitável não merece consideração. Assista Crepúsculo atentamente e tudo o que se percebe é a promessa de que a história se tornará interessante no restante da "saga". Porém eu também não gosto de desmerecer um filme só por causa do furor adolescente ( e as vezes um pouco mais maduro) ao seu redor. Há, de fato, algumas (poucas) qualidades no filme e entre as melhores estão a interpretação de Kristen Stewart (que parece ser uma boa atriz) e a de Billy Burke que parece estar solidificando a sua carreira em papéis coadjuvantes de forma competente. Bom, mas aí a dizer que Crepúsculo é o melhor filme sobre vampiros já feito (como eu tenho lido em alguns blogs) é forçar demais. A história vampiro-lobisomen-humano já está aqui desde o saudoso World of Darkness de Mark Hein Hagen e já foi utilizado a exaustão pela saga Underworld. Aqui fica a minha indicação de filmes de vampiro, todos sem dúvida melhores do que Crepúsculo.



1 - Dracula de Bram Stoker
Francis Ford Coppola dirigindo um elenco encabeçado por Gary Oldman e Anthony Hopkins, como isso poderia dar errado? Dracula de Bram Stoker é simplesmente o melhor filme de vampiro já feito. Tudo é interessante e bonito no filme e como se isso não fosse o bastante e trilha sonora é uma das minhas favoritas
.
                                
2-Um Drink No Inferno
Um Drink No Inferno é o tipo de filme que você asiste e percebe que o diretor do filme teve a mesma sensação que você: se divertiu pra caramba! Um ainda recém chegado a Hollywood, Robert Rodriguez reuniu alguns amigos e fez tudo o que poderia se esperar de divertido de um filme de vampiros sem enveredar para o pastelão. Tarantino é um dos protagonistas e você sente a influência dele durante todo o filme. Clooney conseguiu mostrar que era um protagonista decente longe de Plantão Médico, Rodriguez se fixou em Hollywood, Tarantino apresentou ao mundo Earl McGraw (que voltaria em Planeta Terror e Kill Bill) e todo mundo conseguiu o que queria.

                                
3- Os Garotos Perdidos
 Os Garotos Perdidos é um clássico da Sessão da Tarde, Sutherland sempre foi um bom vilão e esse filme não foge a regra. Eu deveria ter colocado esse filme mais para baixo na lista, mas eu o assisti em uma época tão bacana e eu tinha a mesma idade dos protagonistas que é irremediável que esse filme seja um favorito para mim.

4 - A Sombra do Vampiro
As filmagens do clássico Nosferatu estão com problemas, uma vez que a estrela principal está levando o filme muito a sério. Ou não? Essa é a melhor interpretação de Willem Dafoe e nunca um filme do estilo "cinema olhando para o próprio umbigo" foi tão interessante...

                               
5 - 30 Dias de Noite
30 Dias de Noite é um filme que está nessa lista  por pura coincidência. Eu não ia assistir o filme no cinema e desde então ninguém me recomendou ele. Eu não acho Josh Hartnett um bom ator (mudei de opinião após esse filme) e acabei assistindo o filme porque acabei perdendo a sessão de outro filme. Bom, o filme é bom e tem acima de tudo um clima apropriado, um bom ritmo e parece ter conseguido atingir uma qualidade que normalmente não se esperaria de um elenco e diretor como esses.

                                
6 -Entrevista Com O Vampiro
Eu sempre achei Entrevista Com O Vampiro um filme ruim e posso dizer que sempre pensei assim pois sempre achei a interpretação de Brad Pitt e Tom Cruise (nesse filme especificamente) muito ruins. Porém com o tempo eu consegui perceber que todo o resto do filme é muito bom: os atores coadjuvantes, a ambientação, a trilha sonora, tudo.  Entrevista Com O Vampiro também é o filme que me mostrou o mundo de Anne Rice, que infelizmente sofre com adaptações ruins (vide A Rainha dos Condenados) e eu pude perceber que ambientação é tudo, foi ai que eu percebi que Entrevista Com O Vampiro tinha grandes qualidades além da sua irritante dupla de protagonistas.

                               
7 - Let the Right One In
Esse filme é simplesmente uma obra de arte e não o coloco mais acima na lista pois o assisti muito recentemente e os que estão acima dele são verdadeiros clássicos para mim. Mas a história de um garoto que descobre que sua amiga é uma vampira é dificilmente simplificado como um filme de vampiro e sim um drama sobre a dificuldade de relacionamentos e a aterrorizante capacidade de escolhermos o certo e o errado.
                               
8 - Vampiros de John Carpenter
Vampiros de John Carpenter é um extravagância no que diz respeito ao genêro de vampiros. Tudo no filme parece "b" e realmente é. A diferença é que fica claro que essa é a intenção de John Carpenter, fazer um filme exagerado sobre vampiros com muita ação e um clima meio western. A questão toda é que o filme diverte e James Woods como herói (por mais raro que isso seja) é sempre um acerto.

                               
9 - Blade
Blade é uma daquelas (raras) adaptações de um material que funciona melhor como filme do que como quadrinho e acerta em cheio em sua adaptação. Wesley Snipes encarna seu melhor herói e Kris Kristofferson mostra que ninguém interpretaria um Whistler melhor.


10 - Drácula 2000
Drácula 2000, tem vários defeitos, a começar pelo título sofrível e algumas interpretações no mesmo nível (Johny Lee Miller e Omar Epps), mas tem qualidades redentoras: as boas interpretações de Gerard Butler (aqui ainda estreiando) e Christopher Plummer (sempre competente) e um ar de novidade a história de Drácula. O filme é imaginativo e inventivo e agradável de se assitir, cria uma nova mitologia para a lenda e se sai muito bem na empreitada.

Prince of Persia - The Forgotten Sands

Bom, primeiro eu tenho que dizer que eu nunca joguei nenhum dos outros jogos de Prince of Persia. Dito isso eu quero dizer que me diverti bastante com algumas "novos" poderes do jogo (que já eram conhecidos por todo mundo que já jogou os outros jogos da série), como a habilidade de deslizar pelas paredes e voltar o tempo. O jogo tem gráficos bons, mas de acordo com a nova geração de video-games, nada muito especial. A movimentação é precisa e fluída. O combate não é refinado mas é com certeza o combate mais divertido que eu joguei até agora. Há momentos em que você enfrenta até 60 inimigos simultaneamente e apesar de não haver uma grande quatidade de golpes e não existir uma maneira de bloquear ataques de inimigos, obviamente houve um cuidado especial nas finalizações do combate e é possível pular  sobre os ombros de um inimigo e continuar se movendo sobre uma multidão deles. Há uma diversidade de acrobacias e os controles e a jogabilidade é ótima. Conforme o jogo vai avançando é necessário lidar com bastante habilidade com diversas manobras e poderes mas nunca se perde o domínio intuitivo dos controles.
Há também uma variedade de poderes que torna toda a experiência mais divertida. Um dos mais interessantes é o que solidifica a água fazendo com que seja possível utilizar cachoeiras e fontes como plataformas e pilares para escaladas. O grande defeito do jogo é a falta de lógica no cenário em si. Você escala uma parede e aciona uma alavanca completamente inacessível para qualquer outra pessoa e que é a única maneira de abrir aquela porta. Eu me pergunto como abriam aquela porta antes de você chegar ali? Sim, eu sei que esse tipo de indagação não cabe em um video-game, afinal não faz muito sentido o o Sonic "comer" moedas ou o Mário usar uma flor para lançar bolas de fogo.  Mas o problema é que os video-games avançaram bastante e hoje em dia podemos cobrar esse tipo de lógica interna dos video-games. Não é nem um pouco irreal esperar isso. Por exemplo Assassin's Creed 2, você passa o tempo todo correndo e se pendurando em paredes de uma forma bem semelhante a Prince of Persia, porém as plataformas e pontos de equilíbrio de Assassin's Creed são completamente integradas ao cenário e isso acrescenta verossimilhança ao jogo. Outro ponto fraco do jogo é a história ser rasa e não prender o jogador, e a duração do jogo é curta. O jogo não mantém a qualidade das animações, começa com uma fantástica animação mostrando o ataque de um exército ao castelo do irmão do protagonista e na virada do jogo apenas mostra uma animação muito fraca que mal conclui a história. No geral Prince of Persia - The Forgotten Sands é algo que diverte mas rapidamente saí da memória e não nos deixa muito interessados em próximos jogos da série.

Just Cause 2

É engraçado como achamos que algo é ótimo até conhecermos algo melhor. Sejamos honestos, muitas coisas na vida são assim: carros, mulheres, filmes, bebidas e etc. Mas o importante ao falar de Just Cause 2 é que este é o melhor "sand box" lançado até o momento para o XBox 360. Durante algum tempo eu acreditei que esse título pertenceria ao GTA IV até que a Rockstar lançasse seu próximo jogo. Bom, na verdade isso aconteceu com Red Dead Redemption. Para dizer a verdade acho que isso acaba de estragar o meu argumento... Mas eu não vou apagar a introdução que eu comecei até agora. Bom a idéia é de que entre GTA IV e Red Dead Redemption surgiu um jogo que é, na minha opinião melhor do que GTA IV: Just Cause 2.

Jogar Just Cause 2 é como ter acesso a um bom filme de ação B dos anos 80 e moldá-lo como você quiser. A história em si é extremamente cliché e você encarna um operativo da C.I.A, Rico Rodriguez. Ele é levado ao país asiático de Panau para procurar um ex-colega chamado Tom Sheldon  que está desaparecido e se envolve em um golpe orquestrado pela agência para desestabilizar o regime do presidente e orquestrar um golpe. Em termos de jogo isso significa que você vai ter a liberdade de andar por um cenário EXTRAMENTE grande e com a possibilidade destruir diversas instalações governamentais e com a auxílio de uma combinação de garra retrátil e para-quedas o acesso a qualquer ponto do jogo é ilimitado. O jogo tem uma combinação fantástica de acessibilidade, gráficos magnifícos, diversas gadgets e veículos que deixam o jogo muito mais diversificado. Faltou um pouco de customização do personagem, porém isso é compensado pelo grande estilo do protagonista. O visual é estiloso e Rico Rodriguez tem uma voz extremamente parecida com a de Al Pacino em Scarface.  Alguns jogos como Call Of Dutty ou GTA tem alguns momentos cinematográficos mas Just Cause 2 é feito inteiramente deles. Você pode ter uma perseguição alucinante de carro abrir seu para-quedas e pular para outro carro ainda em movimento e matar todo mundo e brigar com o motorista enquanto ele dirige e usar a garra retrátil para se pendurar ao helicoptero que está atirando no carro e pular de para-quedas novamente enquanto tudo explode ao fundo. Esse é o tipo de cena que ocorre apenas nas animações de outros jogos mas em Just Cause 2 é você que é diretamente responsável por elas. Se você quer um jogo de ação, realmente com AÇÃO esse é o jogo.
Há ainda a adição de vários easter-eggs desde um balão de ar-quente ate a Ilha de Lost!

sábado, 21 de agosto de 2010

Call Of Duty 4 - Modern Warfare & Modern Warfare 2




Bom, como a minha lista de jogos "virados" já está acumulando está na hora de acrescentar mais alguns que eu virei já há algum tempo.
Esses dois são, na minha humilde opinião, os dois melhores jogos de tiro do Xbox 360. Como se isso não bastasse ambos tem uma história envolvente e fazem com que você consiga acompanhar a história com interesse (ainda que ocorra alguns deslizes ao longo do caminho).
Ainda que eu tenha jogado eles fora da ordem cronológica eu vou fazer a sua avaliação de acordo com o lançamento.

Bom, há grandes qualidades e poucos defeitos em Call Of Dutty 4 - Modern Warfare. Dentre as qualidades a que mais me chama a atenção é a capacidade de imersão do jogo. Já era de se esperar que um jogo de tiro em primeira pessoa tivesse essa qualidade, mas Modern Warfare faz isso com facilidade, usando os gráficos e principalmente os sons de uma maneira muito inteligente.
Desde o momento em que você dispara o seu primeiro tiro você está comprometido com a vida daquele personagem. As apresentações das fases (que já utilizam a visão em primeira pessoa e os gráficos in-game) sempre cumprem seu papel  e te jogam no clima de uma maneira muito eficiente.
A velocidade do jogo é algo que normalmente passa desapercebido pela maioria das pessoas mas é mais um ponto a favor de MW. O jogo é pura ação, mas é sutil o suficiente para que você possa pensar em suas táticas durante o combate. Sair correndo e atirando em todo mundo vai te deixar trancado na primeira fase para sempre. Não, aqui é necessário um pouco mais de inteligência do que o usual e o jogo habilmente permite isso. A inteligência artificial é desafiadora e aos poucos você vai notando os detalhes e pequenas nuances. Jogue granadas cedo demais e elas serão arremessadas de volta ou os inimigos terão tempo de se esquivar, ande atirando a esmo e você ira revelar sua posição e acabará dificultando a vida da sua equipe.
Uma novidade que faz toda a diferença é o suporte aéreo que você pode conceder aos seus companheiros em algumas fases: é genial. Se alguém lembra de umas transmissões da CNN durante a primeira Guerra do Golfo em que mostravam a linha de tiro dos americanos em uma tela preto e branco você ver uma representação impressionante no jogo.
O jogo tem uma boa caracterização de personagens e um ótimo trabalho de dublagem.
Depois de algumas fases a voz do Capitão Price é automaticamente reconhecível e você se preocupa ao ouví-la. Quanto aos defeitos do jogo são poucos, mas estão lá: a indicação de onde prosseguir é feita por uma pouco eficiente régua na base da tela (detalhe lembrado pelo Roberto) e a história em si tem uma narrativa difícil de seguir. Você sabe que está lutando contra russos e árabes e o objetivo de cada missão é bem óbvio mas o quadro geral é bem mais complexo de entender. Precisei da Wikipedia para entender direitinho o que estava acontecendo:
"Tudo começa quando um país do Oriente Médio sofre um golpe militar, seu presidente é executado e suas ruas dominadas por mílicias bem armadas. Todos membros de uma organização conhecida como Op Force, o país então entra em um estado de guerra civil. Você, durante a campanha, o jogador entra na pele de um sargento apelidado de "Soap" (sabão) que foi recentemente colocado sob comando do Capitão Price da SAS. Durante a campanha SOAP e seus companheiros de equipe irão realizar uma série de objetivos-chave para acabar com a Op Force. O jogador também encarna o sargento Paul Jackson, da USMC, realizando missões no Oriente Médio. Durante uma missão o Sgt. Paul Jackson morre devido a explosão de uma bomba nuclear. Após o exército fazer o diagnóstico da situação, você vai à procura dos líderes, Al-Asad e Imran Zakhaev. Quando Al-Asad e o filho de Imran Zakhaev morrem Zakhaev prepara mais ogivas nucleares para atacar os Estados Unidos, objetivando matar milhares de pessoas, cabe a você impedir este ataque e matar Zakhaev."
Bom, agora que a história ficou mais ou menos  esclarecida fica fácil perceber que o enredo em si não é tão complicado, o problema é como a história é passada que fica difícil acompanhar. O que fica de lembrança mesmo é que a maior parte do tempo você jogo com o Sargento "Sabão" McTavish e sob o comando do Capitão John Price.
O seu principal inimigo é o russo Zakhaev e um dos poucos aliados "de ocasião" é outro russo chamado Makarov. Uma das missões é um flashback do Capitão Price sobre como há 15 anos atrás ele mesmo esteve em uma missão para matar Zakhaev em Prypiat na Ucrânia. No final com a ajuda de Makarov, Mctavish e Price tem sua vingança contra Zakhaev.
Uma característica impressionante do jogo é a capacidade de criar alguns momentos que lembram filmes e a fidelidade com que alguns cenários são recriados. Na cena de Prypiat, onde você tem que se posicionar para acertar um tiro de uma longa distância em Zakhaev, você tem de cruzar uma boa parte da cidade. Essa é uma das cidades que foram evacuadas durante o incidente do vazamento nuclear em Chernobyl. Um pouco antes de jogar essa fase eu cincidentemente assisti a um documentário chamado "Life After People" que mostrava as imagens precisas da cidade. A recriação da cidade é perfeita. Cada pequeno detalhe foi fielmente duplicado desde a disposição de móveis até a pichação nas paredes. É esse tipo de detalhamento que mostra que você está com um grande jogo nas mãos.

 Ok. Modern Warfare 2 pegou tudo o que funcionava em MW e melhorou. As apresentações das fases se tornaram ainda mais impressionantes e épicas e o jogo todo tem esse clima de "batalha final". As pequenas mudanças realizadas no jogo em si, como a melhoria do indicador de objetivos e o implemento do "predador" (uma versão da fase de tiro aéreo do MW anterior incorporada ao desenrolar das fases) transformam Modern Warfare 2 em um produto claramente superior ao original. As fases são mais variadas e os inimigos (e principalmente a maneira da dispachá-los) também.
A história tem reviravoltas mais emocionantes dessa vez porém a dificuldade em contar a história permanece a mesma. Há momentos muito interessantes como o massacre no aeroporto russo, ou a perseguição nas favelas do Rio de Janeiro mas fica complicado saber exatamente o porque aquela cena está acontecendo.
Quanto a história "Sabão" McTavish agora é Capitão e o mentor pela maioria do jogo, o Capitão Price reaparece depois de uma longa estada em uma prisão russa e Makarov, o antigo aliado russo do grupo é o novo inimigo.
Os Estados Unidos são invadidos e a guerra chega a Casa Branca. Claro, que por trás de tudo isso a a adição do incontrolável General Shepherd torna o jogo ainda mais interessante. Até mesmo as dublagens se tornaram mais famosas e facilmente reconhecíveis. De imediato eu reconheci Lance Henriksen (o Bishop da série "Alien") como General Shepherd e Keith David (o pai de Mary em "Quem Vai Ficar Com Mary") como Sargento Foley. Os gráficos estão ainda melhores que MW e a música foi reforçada pela contratação de Hans Zimmer. Co-op Mode e Multiplayer são modos competentes que prometem aumentar a vida útil do jogo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Como começar o dia motivado?

A tecnologia nos traz diversas novidades e novos instrumentos e opções que nos "ajudam" e nos "atualizam". Para dizer a verdade apenas 10% dessas novas opções são realmente úteis e apenas 1% realmente se aplicam a nossa vida cotidiana. De qualquer maneira vez ou outra eu me deparo com alguma "gadget" ou "programinha" que acaba me ajudando de uma maneira inesperada. Eu sempre tive dificuldade em começar o dia motivado e as vezes o desejo de sair da cama para encarar mais um dia de trabalho não é lá muito grande, ainda mais nos dias cada vez mais frios aqui do Rio Grande do Sul. Bom, eu encontrei um programinha no Baixaki que funciona como despertador e toca a música que você quiser como despertador. Até ai nada que qualquer celular atual não faça. A minha dica é não apenas colocar uma música inspirada mas um discurso inspirador para realmente começar o dia com a vontade de conseguir tudo o que você quer. A questão é só achar um trecho interessante de um discurso, serve filme, cena, palestra ou mesmo música e aproveitar para acordar com alguém te chamando para realmente fazer a diferença nesse dia que inicia. Pode ter certeza de que qualquer cena que você lembrar pode ser achada no youtube e baixada com extrema facilidade. Se você não conseguir pensar em uma cena de imediato dê uma procurada no youtube por "motivação" ou "motivacional" e você vai encontrar algo interessante. Quanto a mim, eu escolhi o discurso do personagem do Al Pacino no filme "Um Domingo Qualquer". Eu não achei a versão legendada do vídeo, então vou postar a íntegra do discurso aqui e o vídeo em baixo. É um pouco longo mas sempre me ajuda a colocar as coisas em perspectiva e me faz lembrar que eu trabalho em uma equipe.




"Eu não sei o que realmente dizer. Três minutos para a maior batalha de nossas vidas profissionais, tudo se resume ao dia de hoje. Ou nos curamos como uma equipe ou vamos desmoronar. Polegada por polegada, jogo por jogo até nos acabarmos. Estamos no inferno agora, senhores. Acreditem em mim. Podemos ficar aqui e sermos trucidados ou podemos lutar nosso caminho de volta para a luz. Podemos sair do inferno. Uma polegada, de cada vez.
Agora, eu não posso fazer isso por você. Estou muito velho. Eu olho em volta e vejo essas faces jovens e eu acho que... Eu quero dizer... Eu fiz todas as escolhas erradas que um homem de meia idade poderia fazer. Eu joguei fora todo o meu dinheiro. Acredite ou não. Eu expulsei todos aqueles que já me amaram. E, ultimamente, eu não posso sequer suportar o rosto que vejo no espelho. Sabe, quando você fica velho na vida as coisas começam a ser tomadas de você. Isso faz parte da vida. Mas, você só aprende isso quando você começar a perder coisas.
Você descobre que a vida é apenas um jogo de polegadas. Assim é o futebol. Porque em cada jogo, vida ou futebol, a margem de erro é muito pequena. Eu quero dizer, um meio passo muito tarde ou cedo e você não consegue fazer direito. Meio segundo muito lento ou muito rápido e você não consegue pegá-lo.
As polegadas que precisamos estão em toda parte ao nosso redor. Elas estão a cada jogada, cada minuto, cada segundo.
Nesta equipe, lutamos por essas polegada. Nesta equipe, nos estraçalhamos a nós mesmos, e todos à nossa volta por essas polegadas. Nós agarramos com nossas unhas essa polegada. Porque nós sabemos que quando nós somarmos todas essas polegadas essa vai ser a porra da diferença entre ganhar e perder, entre viver e morrer.
Eu vou te dizer isso, em toda a luta o cara que está disposto a morrer é quem vai ganhar essa polegada. E eu sei que se eu ainda tenho alguma vida a ser vivida é porque eu ainda estou disposto a lutar e morrer por essa polegada, porque é isso que é viver: as seis polegadas na frente de seu rosto.
Agora, eu não posso obrigar vocês a fazer isso. Você tem que olhar para o cara perto de você. Olhe nos olhos dele. Agora eu acho que você vai ver um cara que vai caminhar essa polegada com você. Você vai ver um cara que vai se sacrificar para este time porque ele sabe que quando chegar a hora, você vai fazer a mesma coisa por ele.
Isso é uma equipe, cavalheiros e ou nos curamos agora, como uma equipe, ou vamos morrer como indivíduos.
Isso é futebol caras.
Isso é a vida.
Agora, o que você vai fazer?"



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...