Já faz um bom tempo que eu deveria ter escrito uma avaliação de Red Dead Redemption, mas nunca é tarde para se fazer algo (pelo menos aqui no blog).
Bom, a minha expectativa sobre Red Dead Redemption começou bem antes do lançamento do jogo e antes mesmo de eu comprar o Xbox 360, eu assisti a trailers do jogo no you tube e fiquei extremamente impressionado com o conceito. Eu sempre fui fã de western spaghetti e ojogo parecia incorporar esses aspectos com perfeição. A ideia da liberdade do velho oeste ser incorporada a jogabilidade dos melhores sandbox é algo realmente especial. Foi de fato esse jogo que me fez querer comprar o Xbox 360. Eu sabia a data de cor e foi através desse jogo que eu percebi a relevância de poder ter um vídeo-game dessa nova geração. Poder ter acesso a um jogo logo após o seu lançamento mudou a minha expectativa drasticamente, se antes cuidávamos apenas as datas de lançamento de filmes e albúns hoje em dia o lançamento de um jogo aguardado cria uma antecipação tão grande quanto o maior dos blockbusters. Talvez eu deva dizer que essa antecipação seja até maior pois com essa nova geração de vídeo games não apenas temos uma afinidade maior com um jogo do que com um filme (baseada na interatividade e na expectativa de jogar pelo menos 10 horas), mas também temos roteiros e imagens de qualidade semelhante. Sendo assim eu comprei o vídeo-game e aguardei o lançamento. Esse é um daqueles raros casos em que uma grande expectativa é criada e ela não vai de encontro a um inevitável desapontamento. Tudo foi feito de maneira excelente no que diz respeito ao pré-lançamento de Red Dead Redemption, desde a campanha de marketing, que incluía extensas sequências de gameplay (e não apenas de cutscenes) até a ausência dos inevitáveis atrasos na data de lançamento. O jogo em si é sólido e muito divertido. Desde o início os gráficos são impressionantes, com a movimentação de cavalos perfeita e uma iluminação impressionante (o pôr-do-sol é o mais bonito que eu já vi seja no cinema ou em vídeo-games). A parte técnica é tão competente quanto se esperaria de um jogo da Rockstar e apesar de um ou outro glitch (que não chegam a atrapalhar) o jogo é ótimo. Red Dead é o primeiro jogo que eu vejo como uma unanimidade para os usuários da nova geração de video-games. Mesmo aqueles mais difíceis de se agradar se renderam ao detalhismo e ação entregues pelo jogo.
Obviamente, há falhas no jogo mas tenha certeza que elas não chegam a se fazer notar tanto quanto as suas qualidades. De qualquer maneira eu citaria a história e a música como dois exemplos. A história em si é muito bem aproveitada mas parte de uma premissa bem simples: John Marston, um fora-da-lei que deixou sua vida de crimes para trás é recrutado pelo governo (através do sequestro de sua mulher e filho) para dar cabo dos membros de sua antiga gangue. Como eu disse a história é muito bem aproveitada e os roteiristas conseguiram incluir várias críticas sociais nas entrelinhas da história conseguindo criar um jogo divertido e maduro com uma história revelando várias camadas em seu desenrolar e se mantendo relevante ao mundo atual, porém a premissa é tão básica que leva o jogador a se perguntar o que eles seriam capazes de desenvolver com uma história mais complexa. O background do personagem (família e filho) também tira um pouco da força do protagonista clássico dos westerns em que um pistoleiro solitário sem nada a perder se torna uma ameaça a um poder maior. Já a música não é fraca mas fica tão aquém do resto do nível excepcional do jogo que eu acabei preferindo substituí-la por clássicos de Enio Morricone (conforme eu indiquei em outro post).
A minha principal esperança e dúvida é se o gênero de Red Dead é algo que despertaria o interesse apenas por ser novidade ou se uma nova franquia, aos moldes de GTA, pode surgir desse excelente jogo.
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