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terça-feira, 7 de setembro de 2010

1001 Filmes - Os Sete Samurais (1954)

 Eu sempre ouvi falar que "Os Sete Samurais" era um dos melhores filmes de todos os tempos, porém a idéia de assistir um filme japonês da década de 50 nunca me foi muito atrante não importando o quanto o filme fosse extremamente bem recomendado. Porém eu decidi que já era ora de mudar de idéia e conhecer o porque de toda essa fama. Primeiro deixem-me tirar isso do caminho: sim o filme é ótimo. Eu não sei se o classificaria entre os melhores que eu já vi, mas com certeza é um filme que tem ínumeras qualidades saltitando da tela a cada sequência. A história se concetra em um grupo de samurais que são contratados por uma vila para defendê-los de uma gangue de ladrões e assassinos. O filme tem três horas mas é tão agradável de acompanhar que mais parece um curta-metragem, de fato da primeira vez que eu assisti eu achei que o filme mal tinha duas horas de duração. Aliás, assistir ao filme mais de uma vez se tornou essencial para que eu descobrisse seu real valor. Na primeira vez que eu assisti fiquei interessado na história e em como os sete samurais conseguiriam enfrentar os quarenta bandidos que se aproximavam. Na segunda vez que assisti pude prestar mais atenção nas interpretações e no clima da história. Da terceira vez (sim, eu tenho muito tempo livre) eu percebi que cada cena tem um significado especial e um subtexto ainda mais impressionante do que a importância da história sendo contada e que mesmo assim todas as cenas se encaixam com perfeição no contexto da história. Ao se verificar alguns elementos do filme deve-se considerar que muitas das idéias que nos parecem comuns hoje em dia surgiram (ou ao menos foram utilizadas juntas) pela primeira vez nesse filme. Exemplo disso é a idéia de recrutar heróis distintos para atingir um objetivo em comum ou apresentar o herói principal em uma situação não relacionada a trama principal. Outra qualidade do filme e a ótima interpretação de Toshirō Mifune, como o indomável Kikuchiyo, um falso samurai que parece emular o desejo do público de seguir o grupo e provar seu valor. O único ponto que parece não ter envelhecido bem para mim é a trilha sonora que não mantém a mesma intensidade do restante da história e é escarça em relação a duração do filme, ainda que em alguns raros momentos se torne poderosa. Mas esse é um ponto que passa quase despercebido quando assistimos a um filme onde cada cena parece pensada para causar um impacto específico no espectador e cada uma delas obtém sucesso em atingir esse objetivo de forma inquestionável. 

Um comentário:

  1. Aahahahah! Muito bom, mas ainda que eu me sinta extremamente tentado a provar esse prato, acho que para mim ele seria indigesto!
    Grande abraço.

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