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sábado, 21 de agosto de 2010

Call Of Duty 4 - Modern Warfare & Modern Warfare 2




Bom, como a minha lista de jogos "virados" já está acumulando está na hora de acrescentar mais alguns que eu virei já há algum tempo.
Esses dois são, na minha humilde opinião, os dois melhores jogos de tiro do Xbox 360. Como se isso não bastasse ambos tem uma história envolvente e fazem com que você consiga acompanhar a história com interesse (ainda que ocorra alguns deslizes ao longo do caminho).
Ainda que eu tenha jogado eles fora da ordem cronológica eu vou fazer a sua avaliação de acordo com o lançamento.

Bom, há grandes qualidades e poucos defeitos em Call Of Dutty 4 - Modern Warfare. Dentre as qualidades a que mais me chama a atenção é a capacidade de imersão do jogo. Já era de se esperar que um jogo de tiro em primeira pessoa tivesse essa qualidade, mas Modern Warfare faz isso com facilidade, usando os gráficos e principalmente os sons de uma maneira muito inteligente.
Desde o momento em que você dispara o seu primeiro tiro você está comprometido com a vida daquele personagem. As apresentações das fases (que já utilizam a visão em primeira pessoa e os gráficos in-game) sempre cumprem seu papel  e te jogam no clima de uma maneira muito eficiente.
A velocidade do jogo é algo que normalmente passa desapercebido pela maioria das pessoas mas é mais um ponto a favor de MW. O jogo é pura ação, mas é sutil o suficiente para que você possa pensar em suas táticas durante o combate. Sair correndo e atirando em todo mundo vai te deixar trancado na primeira fase para sempre. Não, aqui é necessário um pouco mais de inteligência do que o usual e o jogo habilmente permite isso. A inteligência artificial é desafiadora e aos poucos você vai notando os detalhes e pequenas nuances. Jogue granadas cedo demais e elas serão arremessadas de volta ou os inimigos terão tempo de se esquivar, ande atirando a esmo e você ira revelar sua posição e acabará dificultando a vida da sua equipe.
Uma novidade que faz toda a diferença é o suporte aéreo que você pode conceder aos seus companheiros em algumas fases: é genial. Se alguém lembra de umas transmissões da CNN durante a primeira Guerra do Golfo em que mostravam a linha de tiro dos americanos em uma tela preto e branco você ver uma representação impressionante no jogo.
O jogo tem uma boa caracterização de personagens e um ótimo trabalho de dublagem.
Depois de algumas fases a voz do Capitão Price é automaticamente reconhecível e você se preocupa ao ouví-la. Quanto aos defeitos do jogo são poucos, mas estão lá: a indicação de onde prosseguir é feita por uma pouco eficiente régua na base da tela (detalhe lembrado pelo Roberto) e a história em si tem uma narrativa difícil de seguir. Você sabe que está lutando contra russos e árabes e o objetivo de cada missão é bem óbvio mas o quadro geral é bem mais complexo de entender. Precisei da Wikipedia para entender direitinho o que estava acontecendo:
"Tudo começa quando um país do Oriente Médio sofre um golpe militar, seu presidente é executado e suas ruas dominadas por mílicias bem armadas. Todos membros de uma organização conhecida como Op Force, o país então entra em um estado de guerra civil. Você, durante a campanha, o jogador entra na pele de um sargento apelidado de "Soap" (sabão) que foi recentemente colocado sob comando do Capitão Price da SAS. Durante a campanha SOAP e seus companheiros de equipe irão realizar uma série de objetivos-chave para acabar com a Op Force. O jogador também encarna o sargento Paul Jackson, da USMC, realizando missões no Oriente Médio. Durante uma missão o Sgt. Paul Jackson morre devido a explosão de uma bomba nuclear. Após o exército fazer o diagnóstico da situação, você vai à procura dos líderes, Al-Asad e Imran Zakhaev. Quando Al-Asad e o filho de Imran Zakhaev morrem Zakhaev prepara mais ogivas nucleares para atacar os Estados Unidos, objetivando matar milhares de pessoas, cabe a você impedir este ataque e matar Zakhaev."
Bom, agora que a história ficou mais ou menos  esclarecida fica fácil perceber que o enredo em si não é tão complicado, o problema é como a história é passada que fica difícil acompanhar. O que fica de lembrança mesmo é que a maior parte do tempo você jogo com o Sargento "Sabão" McTavish e sob o comando do Capitão John Price.
O seu principal inimigo é o russo Zakhaev e um dos poucos aliados "de ocasião" é outro russo chamado Makarov. Uma das missões é um flashback do Capitão Price sobre como há 15 anos atrás ele mesmo esteve em uma missão para matar Zakhaev em Prypiat na Ucrânia. No final com a ajuda de Makarov, Mctavish e Price tem sua vingança contra Zakhaev.
Uma característica impressionante do jogo é a capacidade de criar alguns momentos que lembram filmes e a fidelidade com que alguns cenários são recriados. Na cena de Prypiat, onde você tem que se posicionar para acertar um tiro de uma longa distância em Zakhaev, você tem de cruzar uma boa parte da cidade. Essa é uma das cidades que foram evacuadas durante o incidente do vazamento nuclear em Chernobyl. Um pouco antes de jogar essa fase eu cincidentemente assisti a um documentário chamado "Life After People" que mostrava as imagens precisas da cidade. A recriação da cidade é perfeita. Cada pequeno detalhe foi fielmente duplicado desde a disposição de móveis até a pichação nas paredes. É esse tipo de detalhamento que mostra que você está com um grande jogo nas mãos.

 Ok. Modern Warfare 2 pegou tudo o que funcionava em MW e melhorou. As apresentações das fases se tornaram ainda mais impressionantes e épicas e o jogo todo tem esse clima de "batalha final". As pequenas mudanças realizadas no jogo em si, como a melhoria do indicador de objetivos e o implemento do "predador" (uma versão da fase de tiro aéreo do MW anterior incorporada ao desenrolar das fases) transformam Modern Warfare 2 em um produto claramente superior ao original. As fases são mais variadas e os inimigos (e principalmente a maneira da dispachá-los) também.
A história tem reviravoltas mais emocionantes dessa vez porém a dificuldade em contar a história permanece a mesma. Há momentos muito interessantes como o massacre no aeroporto russo, ou a perseguição nas favelas do Rio de Janeiro mas fica complicado saber exatamente o porque aquela cena está acontecendo.
Quanto a história "Sabão" McTavish agora é Capitão e o mentor pela maioria do jogo, o Capitão Price reaparece depois de uma longa estada em uma prisão russa e Makarov, o antigo aliado russo do grupo é o novo inimigo.
Os Estados Unidos são invadidos e a guerra chega a Casa Branca. Claro, que por trás de tudo isso a a adição do incontrolável General Shepherd torna o jogo ainda mais interessante. Até mesmo as dublagens se tornaram mais famosas e facilmente reconhecíveis. De imediato eu reconheci Lance Henriksen (o Bishop da série "Alien") como General Shepherd e Keith David (o pai de Mary em "Quem Vai Ficar Com Mary") como Sargento Foley. Os gráficos estão ainda melhores que MW e a música foi reforçada pela contratação de Hans Zimmer. Co-op Mode e Multiplayer são modos competentes que prometem aumentar a vida útil do jogo.

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