Bom, aqui está um exemplo de filme que eu não teria assisitido se não fosse o livro "1001 Filmes Para Assistir Antes de Morrer". A única outra menção que eu havia ouvido sobre esse filme foi em uma entrevista do Jô Soares com Peter Fonda, filho do Henry Fonda, que mencionava o quanto ele havia se impressionado com a atuação do ator nesse filme. Mas achei interessante a premissa do filme e decidi assistí-lo. O que mais me impressionou no filme é que todo o filme se passa em uma única sala é em preto e branco, não dá nome aos seus protagonistas e ainda assim consegue prender a sua atenção do ínicio ao fim. Eu já passei pela situação de me "forçar" a assistir alguns clássicos mesmo achando algumas partes tremendamente chatas na expectativa de que o filme iria melhorar. Bom, esse não é o caso aqui, o filme simplesmente prende você do ínicio ao fim, sem grandes cenários, sem explosões, sem um elenco estelar (Henry Fonda é o único astro do filme). O trunfo do filme é ter uma boa história e excelentes interpretações, especialmente Lee J. Cobb como o jurado nº 3. O que eu mais gostei do filme é a sensação de que a tarefa hérculea de Fonda, convencer 11 jurados da inocência de um rapaz em um caso onde as provas são quase irrefutáveis, não era meramente difícil mas sim impossível. Todos nós vamos ao cinema ou assistimos a um filme sabendo que é muito, mas MUITO provável que o herói vá triunfar no final e quando um filme consegue honestamente fazer você duvidar disso é sempre emocionante. É ainda mais surpreendente quando o filme consegue mostrar o triunfo do herói de uma forma realista, sem que o espectador possa usar a clássica frase: "Ah só em filme mesmo..."
12 Homens e Uma Sentença consegue apresentar todos esses méritos e o faz apostando na lógica das argumentações e no respeito com o espectador, somente um filme com essas características tão poderosas para continuar tão preciso e eletrizante mesmo mais de 50 anos depois de seu lançamento.
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