Flower é um jogo diferente, praticamente conceitual. O próprio aprendizado de como manusear corretamente o controle faz parte da experiência. Eu levei uns 15 minutos para entender como sequer interagir adequadamente com o jogo. Esse é um dos charmes desse jogo originalmente do PlayStation 3 que encontra nova vida em um relançamento no PS4.
Entre as diversas qualidades de Flower estão os gráficos belíssimos, a trilha sonora e o ambiente extremamente relaxantes e efeitos sonoros que agregam a experiência, mas o grande trunfo do jogo é a sua criatividade no que se refere ao gameplay.
Você nunca jogou nada exatamente como Flower e esse tipo de originalidade é muito bem vinda em um mundo tomado por Call of Duty e Battlefield. Mas o preço acessível também é um atrativo, o jogo é bastante curto, mas tem um potencial de re-jogabilidade bastante grande. Eu acabei adquirindo o título por apenas R$ 17,00 na PSN brasileira.
Flower surpreende no início, mas seus truques são relativamente curtos, talvez se você for jogar todo ele em um sessão só você se sinta um pouco entediado lá pela terceira fase, porém essa não é a proposta do jogo. Flower é um excelente jogo quando a pessoa não quer pensar em nada e simplesmente relaxar com o joystick na mão. Uma ótima opção para introduzir pessoas desacostumadas ao mundo do video-game aos novos lançamentos de jogos.
Flower é melhor saboreado em doses homeopáticas, um conceito que é reforçado por um de seus troféus que premia jogadores por tirarem uma pausa de mais de 10 minutos do gameplay.
Jogos assim, que sabem sua função e seu público, são raros e Flower deve ser apreciado por isso.