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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Evolução do Penteado de Wolverine

A falta de continuidade do penteado de Wolverine me incomoda mais do que deveria. Aqui vai a ordem cronológica dos penteados da versão cinematográfica personagem mais bad-ass da Marvel.

Obs: Eu decidi colocar as imagens na ordem de lançamento dos filmes, entretanto a ordem cronológica correta dentro do universo cinematográfico da Marvel seria:
X-Men Origens: Wolverine
X-Men: Primeira Classe
X-Men: O Filme
X-Men 2
X-Men 3
Wolverine Imortal
X-Men- Dias de Um Futuro Esquecido

X-Men: O Filme

 X-Men 2

X-Men 3 - O Confronto Final


X-Men Origens: Wolverine

X-men: Primeira Classe

 Wolverine Imortal


X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido



segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Max Payne 3

Aqui está um jogo que foi lançado em 2012 e que eu tratei de comprar assim que foi lançado e em poucos dias eu havia completado toda a história e por algum motivo nunca publiquei uma resenha no blog. Ainda no intuito de fazer um post sobre todos os jogos do Xbox 360 que eu virar, o que de alguma forma doentia me fará sentir liberado comprar um PlayStation 4 ou um Xbox One, eu lhes apresento com dois anos de atraso: Max Payne 3.
Antes desse título eu havia jogado apenas o Max Payne original para pc e me pareceu um jogo com uma ambientação noir bastante interessante e uma jogabilidade simples, porém eficiente.
Quando Max Payne 3 foi anunciado, vários anos antes de seu lançamento, eu lembro que logo de cara São Paulo havia sido apresentada como cenário do jogo. Achei a possibilidade interessante, já que normalmente o Rio de Janeiro é a única cidade lembrada.
A ambientação no Brasil é realmente muito bem feita, apesar de algum erro ou outro típicos de americanos observando uma cultura estrangeira, no geral está presente aquele tipo de detalhismo que só se consegue realmente viajando para o país e investindo em uma pesquisa mais séria do que simplesmente uma foto dos cartões-postais da cidade.
A trama é meio confusa, mas como Max mesmo diz  no meio do jogo se ele não consegue  entender a trama na qual se meteu é porque ele de fato não deveria entendê-la e o mesmo princípio se aplica ao jogador.
Na história Max é responsável pela segurança de uma rica família paulistana que se vê repentinamente envolvida em uma trama de sequestro e violência.
Ok, até aqui tudo bem, uma história meio clichê e provavelmente sem grandes surpresas. Isso até pode ser verdade mas o que realmente torna tudo interessante é  o protagonista. Max é a decadência em pessoa. A narração noir dá o tom certo para a trama de um policial que já perdeu tudo e que continua perdendo cada vez mais.
O gameplay em si segue um roteiro muito simples: siga um determinado caminho e mate todos em seu caminho. Não há escolhas a serem feitas e todas as fases são bastante lineares e sempre vão ser encaradas da mesma maneira, não há a possibilidade de decidir ser mais furtivo em um momento ou tentar aproximações diferentes para uma determinada situação. Porém a complexidade e o peso da personalidade de Payne tornam tudo mais interessante. Há uma certa perda na sensação de controle do jogo devido ao excesso de animações. Normalmente é mais provável que apareça uma animação de Max abrindo uma porta do que você precisar apertar algum botão específico, porém essas animações sempre acrescentam à personalidade de Max, com o personagem frequentemente narrando como se sente.
O jogo tem um foco absurdo no que se propõe: tiro em terceira pessoa. Você MUITO raramente vai apertar qualquer botão que não seja para disparar uma arma. Esse foco é positivo pois o pouco que o jogo faz, ele faz muito bem. Mirar, atirar, recarregar e se proteger são ações que estão entre as melhores que eu já vi nesse gênero de jogo. Infelizmente, as vezes a falta de mobilidade do jogo e do personagem, fazem com que você sinta que o jogo é só um mini-game gigante de encaixar a mira no local certo antes que as suas balas acabem, mas normalmente esses momentos são interrompidos com sequências de ação mais cinematográficas.
Duas mecânicas as quais o jogo se mantém fiel são as curas através de analgésicos e o bullet-time. O primeiro realmente me surpreendeu por permanecer, hoje em dia quase que 100% dos jogos de tiro preferem a mecânica da regeneração à de "med-packs", mas Max Payne se mantém fiel as suas origens e com certeza acaba se tornando mais desafiador por causa disso. Já o bullet-time, ao contrário do que se esperaria, ainda não parece ultrapassado ou utilizado em excesso e é uma característica essencial ao jogo que dá um toque de personalidade ao gameplay sem em nenhum momento desequilibrar a experiência.


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O Leão no Inverno (The Lion In The Winter - 1968)

O Leão no Inverno começa com um ritmo um pouco arrastado e talvez até desinteressante, porém aos poucos as interpretações e diálogos bem escritos tornam esse filme inacreditavelmente bom.
Finalmente eu entendi porque Peter O'Toole era tão reverenciado como ator. A interpretação dele como Rei Henry da Inglaterra é uma das melhores que eu já vi e o fato de estar acompanhado por uma interpretação igualmente magistral de Katharine Hepburn. Enquanto O'Toole demonstra uma sagacidade e inteligência absurdas em seu personagem, Hepburn, que interpreta a Rainha Eleanor, demonstra uma frieza de quem apenas brinca com sentimentos incluindo os seus próprios.


O Leão no Inverno é fruto de uma era em que os diálogos eram rápidos e mordazes, um pouco irreal se considerarmos que a maioria das pessoas não conseguiria ter praticamente todas as suas frases girando em torno de respostas rápidas e provocativas, mas é exatamente assim que acontece no filme e isso serve apenas para tornar todos os personagens mais interessantes.
O filme marcou a estréia de Anthony Hopkins no papel de Ricardo Coração de Leão. Eu achei bastante interessante que um dos sub-plots é justamente a revelação de que o personagem de Hopkins é gay. Somado a isso o fato de o rei mencionar en passant que entre suas ex-amantes estão jovens rapazes, eu fiquei praticamente chocado com a coragem do filme. Na verdade ambas as épocas, a do filme (1968) e a da história (1183), me parecem mais progressivas do que a nossa nesse sentido. Uma triste constatação eu penso.
A trilha sonora é bastante escassa, mas sempre que é ouvida causa um impacto forte na atmosfera do filme.

O roteiro segue a história do Rei Henry II que após inúmeras revoltas mantém a sua esposa, Rainha Eleanor trancada em um castelo distante. Durante o Natal ela e Henry se encontram no castelo de Chinon para passar o feriado de Natal e receber o Rei da França, interpretado por Timothy Dalton (também em sua estréia no cinema). Juntam-se a eles seus três filhos com pretensões ao trono: John, o favorito de seu pai, porém obviamente incapaz e infantil, Geofrey, o irmão do meio, o mais engenhoso e inteligente dos três, e Richard, o mais bélico e capaz dos irmãos, favorecido por sua mãe na disputa do trono.
O roteiro em si não tem o mesmo nível das interpretações ou dos diálogos, há momentos interessantes porém o desfecho não resolve todas as questões levantadas e é um pouco irregular.
O que eu absolutamente não me canso de falar sobre o filme é a qualidade dos diálogos. Cada conversa, e mesmo praticamente cada fala dos personagens, tem uma segunda ou mesmo uma terceira camada de significado. Há uma complexidade que carrega o filme à um patamar superior ao que normalmente esse tipo de material teria se não tivesse falas tão inspiradas.
Baseado em uma peça de teatro o filme as vezes não consegue disfarçar bem suas origens, com várias cena e personagens se acumulando em demasia no mesmo ambiente, mas isso não chega a ser um problema na maioria das vezes.

Eu definitivamente não esperava gostar tanto desse filme e fiquei surpreendido com a qualidade do material. Já havia ouvido o mesmo ser mencionado como um clássico, mas realmente não sabia nada sobre a história em si. O que me levou a procurar o filme foi o jogo de rpg, eu queria descobrir algumas histórias clássicas sobre a realeza e gostei tanto do que descobri que já estou me preparando para assistir "Becket" de 1964 também com O'Toole no papel de Henry II.

Assassin's Creed 4: Black Flag

Bom vamos começar detalhando a minha exata experiência com a franquia. Eu comecei a jogar a partir de Assassin's Creed 2, que detalha as aventuras de Ezio Auditore. Um excelente jogo que me convenceu a jogar os dois lançamentos seguintes, Brotherhood e Revelations, que mais ou menos mantiveram as qualidades do capitulo anterior. Infelizmente eu nunca consegui jogar o Assassin's Creed original mas a história de Altair foi razoavelmente explicada nos capítulos seguintes.
Quando Assassin's Creed 3 foi anunciado fiquei bastante empolgado e a premissa da história e os trailers, tanto cinemáticos quanto de jogabilidade, pareciam fantásticos. Infelizmente uma mistura de decepção com o jogo e problemas pessoais (fiquei sem video-game por alguns meses) não me permitiram jogar mais do que algumas horas o terceiro capítulo da série.
Agora com o lançamento de Black Flag meu interesse se encontra renovado e a mecânica de batalha naval que parece ter impressionado a todos em AC3 retorna como um aspecto fundamental do jogo.
A minha grande dúvida desde o início do jogo é: Black Flag seria melhor se fosse exclusivamente um jogo de piratas e não um capítulo da série Assassin's Creed?
No início eu acreditei que sim, durante a maior parte do jogo eu me convenci que não e finalmente ao se aproximar do fim eu cheguei a conclusão de que sim, o jogo é tão focado na pirataria que se beneficiaria de abandonar os componentes da série e abraçar ainda mais os fundamentos da parte corsária do jogo. Mais opções de navio, de combate e saque seriam bastante interessantes e poderiam resultar em um épico original e talvez o melhor jogo da 7ª geração de video-games. Infelizmente não é o caso.
Black Flag tem diversas opções de jogabilidade todas são interessantes e bem executadas. Combate naval, o parkour nas cidades, o mergulho para encontrar tesouros, todos são bem executados e interessantes e podem prender um jogador por horas. Infelizmente o parkour já foi bastante explorado em outros jogos e acaba sendo um pouco cansativo e repetitivo.
Porém para ser justo com o jogo ele é com certeza um dos grandes títulos do Xbox 360. Ele, como tem sido a constante em lançamentos recentes, mantém um clima interessante e agitado durante a maior parte de sua duração mas falha em entregar um final épico o bastante.
Assassin's Creed 4: Black Flag é um bom jogo diversificado e empolgante, infelizmente sua dedicação a diversos temas, apesar de bem executados o suficiente, o impedem de ser o jogo que define essa geração.   

domingo, 12 de janeiro de 2014

Livros que Mudam a Vida: Carcereiros


Eu devo começar o meu post sobre esse livro esclarecendo a motivação para comprá-lo. Primeiramente eu gosto do fato de o autor Drauzio Varella ser um ateu assumido, ainda que ele não faça disso uma bandeira. Eu já vi ele mencionando em uma entrevista ter sofrido preconceito por seu ateu e eu de alguma forma acredito estar dando algum tipo de contribuição para que esse tipo de preconceito acabe ao comprar livros do autor. Um pouco romântico da  minha parte, é verdade, mas ainda sim motivação suficiente para eu pegar o livro na livraria e considerar a compra. Evidente que o assunto em si me parece bastante interessante por si só, uma visão da vida dos carcereiros contada através da experiência de um médico que tem mais de 23 anos de trabalho voluntário em presídios do Brasil.
O livro é praticamente um complemento à Estação Carandirú, best-seller do mesmo autor que acabou gerando o filme Carandirú. Porém desta vez acompanhamos as histórias pelo ponto de vista daqueles que tentam manter a ordem e a segurança dentro dos presídios: os carcereiros.
Esse foi o primeiro livro de Varella que eu li e fiquei feliz em descobrir que o estilo do escritor é bastante agradável. O ritmo rápido e objetivo proporciona uma leitura envolvente e fascinante. Eu inclusive sugiro ele como re-introdução à leitura de livros de pessoas que perderam o hábito da leitura. Cada capítulo contem uma história ou assunto e o desfecho quase sempre é rápido, eficaz e contundente.
Varella apresenta uma grande obra quando fala sobre as condições precárias das cadeias brasileiras, a tratamento desumano dos prisioneiros e suas crueldades praticamente indescritíveis, os perigos constantes da profissão de carcereiro, os momentos de heroísmo de colegas de profissão, e o destino dos que sucumbem ao suborno.
Infelizmente a leitura acaba se tornando um pouco confusa quando Varella se dispõe a narrar acontecimentos vivenciados por carcereiros que por sua vez lhe contaram suas histórias, em algumas a transição dos pensamentos e impressões do autor para o relato em si não é tão fluído quanto se esperaria e fica ainda pior quando ele relata situações mais tensas que tem um desenrolar mais imediato e cuja a impressão é de que, apesar de extremamente interessantes, pertecem a outro livro.
Mas não se engane quanto a qualidade do livro, esses são erros menores que não comprometem o valor do conhecimento aqui passado.
Eu fiquei com a clara impressão de que o médico sobrepõe o escritor no caso de Varella e ele é na maioria das vezes conciso , claro e direto em suas informações. E quando ele decide usar esse connhecimento para deixar clara sua opinião sobre o problema das cadeias ele o faz com uma clareza e senso de realidade assustadores.

Eu sempre fui o tipo de criança que me fascinava com as histórias de vida de pessoas mais velhas e sempre adorava passar horas ouvindo um tio ou amigo dos meus pais relatar sobre sua profissão ou outros relatos que para mim traziam informações de um mundo desconhecido. Se você tinha um avô ou tio contador de histórias com uma vida interessante então você sabe exatamente o que encontrar no livro de Varella, um relato de vida que fascina aqueles que não tem conhecimento do que acontece por trás dos muros dos presidíos e possivelmente educa aqueles com uma simplória opinião pronta para esse tipo de problema.

Batman: Arkham Origins

Com o desfecho apresentado no final de Arkham City, e o inegável sucesso do jogo, era de se esperar que uma continuação não tardasse. Depois do primeiro jogo nos confinar ao Asilo Arkham e o segundo a uma porção isolada e abandonada da cidade, todas as pistas apontavam para uma sequência que finalmente apresentaria Gotham City em larga escala. O resultado de várias side-quests também já tornavam a premissa do jogo bastante interessante. Azrael fazia uma aparição em Arkham City prometendo voltar e por fim aos dias do homem-morcego, Hush havia jurado vingança a Bruce Wayne e agora tinha uma cópia fiel do seu rosto para atormentar o playboy mais famoso de Gotham e havia a expectativa da repercussão da morte do Coringa. Porém tudo isso foi deixado de lado e recebemos uma prequel que ninguém havia pedido. Ao contrário do que o nome indica, Arkham Origins não é uma história sobre Arkham e bem  uma “origin story”. O que, eu devo acrescentar, teria sido incrível. Imagine jogar uma jogo contando toda a origem do Batman. Desde uma sequência estendida do assassinato de seus pais, até as primeiras aventuras como o Cavaleiro das Trevas, passando pelo seu treinamento com a liga das sombras e seus primeiros encontros com seus inimigos e Gordon. Para ser sincero o jogo entrega as duas últimas partes, Batman tem seu primeiro encontro com o Coringa e estabelece seu relacionamento com Gordon e sua filha no jogo. Porém a impressão que fica é de que pegamos o episódio 2 de uma história na qual o episódio 1 é muito mais interessante.


Muita gente comentou sobre o fato de de que apesar de ser uma prequel Batman ter diversas gadgets as quais ele não tinha acesso no primeiro jogo. Isso realmente não me incomodou nem um pouco. Foi uma escolha feita pelos desenvolvedores para manter a sensação de aprimoramento no sistema do jogo, há uma pequena preocupação em apresentar os equipamentos como protótipos e isso é o suficiente para mim.
No geral esse é o mesmo jogo apresentado em Arkham City, porém com uma atenção muito menor aos detalhes, o que infelizmente acaba se mostrando uma falha comprometedora e uma queda no padrão apresentado pelos jogos anteriores. Os diversos easter-eggs presentes nos jogos anteriores estão ausentes, e os desafios do Charada apresentados não são interessantes como os anteriores e isso tudo afeta a qualidade geral do jogo. Até mesmo o detalhismo de algumas finalizações de golpes do Batman estão ausentes.



Há diversas novidades no jogo, mas absolutamente nenhuma delas é relevante para a experiência geral da aventura. Algumas novas opções de gadgets durante os ataques e defesas, opção de viagem rápida entre duas localidades do mapa e é só. No que se refere a mecânica, gráficos, trilha sonora e jogabilidade estamos praticamente lidando com um relançamento de Arkham City, e apesar de isso não ser necessariamente ruim, somado ao fato da expectativa de uma sequência ao invés do que foi apresentado, a soma desses componentes acaba sendo decepcionante.
Outro detalhe é que Kevin Conroy  e Mark Hammil não repetem as vozes do Coringa e do Batman, seus substitutos não chegam a comprometer, mas não atingem o nível de qualidade estabelecido por seus  antecessores.
A história apresentada no jogo na verdade é muito boa, o argumento pelo menos. A idéia do Máscara Negra contratar diversos assassinos para tentar acabar com o Batman na mesma noite dá um certo ar de credibilidade à uma inconsistência comum dos video-games. Infelizmente o mesmo não se aplica aos diálogos que quase sempre parecem ter sido escritos sem que houvesse uma segunda leitura e tão rasos e clichês em sua maioria que várias vezes fiquei me perguntando se eles não estavam sendo propositalmente irônicos.

Os jogos do homem-morcego se despedem da 7ª geração de video-games em um tom menor, mas ainda, definitivamente, com a capacidade de retornar na nova geração. 
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