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terça-feira, 24 de maio de 2011

Groover Séries - Game of Thrones


Então muita gente está falando da nova série da HBO, Game of Thrones e eu resolvi dar uma olhada. Vi o trailer no YouTube e não me pareceu grande coisa, mas como eu tenho precisado de inspiração para um novo personagem de RPG achei que essa poderia ser a série certa. O fato de ser alardeada como um  tipo de "Os Sopranos na Terra-Média" me soou interessante e talvez também rendesse algumas intrigas políticas que eu pudesse usar em minha campanha de Dungeons & Dragons.


Bom, a série é bastante interessante. Entre as coisas que me chamaram a atenção até o momento é a inteligência da abertura que mistura com perfeição a idéia do título da série com a necessidade de explicar ao espectador a geografia do mundo de Westeros, algo que nem mesmo o Senhor dos Anéis fez tão bem. Por falar em Tolkien está se criando uma discussão de fanboys na internet sobre qual obra seria melhor, eu não vou entrar no mérito, mas aparentemente as adaptações das respectivas obras compartilham mais do que o amor de seus fãs. Sean Bean dá o ar de sua graça em ambas as obras e deixem-me dizer que isso faz toda a diferença para Game of  Thrones. O ator não nos entrega o seu melhor trabalho mas com certeza nos deixa perceber que Game of  Thrones está acima da média. Mark Addy como Rei Robert Baretheon me convenceu de que ele sempre foi sub-aproveitado em Hollywood. Mas quem realmente chamou a minha atenção aqui foi Peter Dinklage como Tyrion Lannister, eu nunca havia visto ele fora de um papel cômico e com certeza o diminuto ator tem um enorme talento. O resto do elenco entrega um trabalho mediano com nada que me chame a atenção, a exceção de Iain Glen como o cavaleiro Jorah Mormont que acompanha a horda dos Dothraki, ele sempre é uma presença interessante em termos de interpretação . A única decepção em relação a interpretação fica por conta de Lena Headey, como a Rainha Cersei Lannister quem tem um caso de amor incestuoso com o seu irmão. Headey já mostrou que pode ser uma ótima atriz como a rainha Gorgo em 300 e até mesmo como Sara Connor na infeliz série "Terminator: The Sarah Connor Chronicles", mas até agora não mostrou a que veio, mesmo com um material tão bom nas mãos.



A minha segunda decepção com a série vem da falta de uma trilha sonora expressiva. Particularmente esse tipo de ambientação merecia algo mais épico e marcante e honestamente Ramin Djawadi, responsável pela trilha de Homem de Ferro e Fúria de Titãs e conhecido discípulo do mestre Hans Zimmer, deveria estar apresentando um trabalho mais coeso na série.
O ponto primordial até o momento e que me faz considerar a série como algo positivo é a produção. Obviamente houve um grande empenho em fazer tudo parecer real e esse esforço tem dado resultado. Não há cenários pobres ou efeitos visuais de má qualidade, o nível aqui é de primeira.

 
Eu ainda estou no quinto episódio, mas a história não é o que eu chamaria de complicada, porém me parece que há um grande número de eventos significativos para a história que se desenvolveu antes do ínicio da série e só é rapidamente mencionado. De fato, eu só entendi a profundidade da história quando pesquisei no Wikipédia a respeito:
"Quinze anos antes do inicio da história, os Sete Reinos estão divididos por uma guerra civil, também conhecida como A Rebelião de Robert e A Guerra do Usurpador. O príncipe Rhaegar Targaryen seqüestrou Lyanna Stark, despertando a ira da família da moça e de seu noivo, Lorde Robert Baratheon. O Rei Louco, Aerys II Targaryen, executou o pai e o irmão mais velho de Lyanna, quando ambos exigiram o retorno da moça. O segundo irmão de Lyanna, Eddard, uniu-se ao seu amigo de infância Robert Baratheon e Jon Arryn, com quem ele havia sido criado quando criança, declarando guerra contra os Targaryens, assegurando aliança com a Casa Tully e a Casa Arryn através de uma rede de casamentos (Lorde Eddard com Catelyn Tully e Lorde Jon Arryn com Lysa Tully). A poderosa Casa Tyrell continuou a apoiar o rei. A guerra civil teve seu auge com a Batalha do Tridente, onde o príncipe Rhaegar foi assassinado em batalha por Robert Baratheon. Os Lannisters finalmente concordaram em apoiar o rei Aerys, porém tornaram-se contra ele brutalmente, saqueando a capital Porto Real. Jaime Lannister da Guarda Real executou o rei Aerys e a Casa Lannister jurou lealdade a Robert Baratheon. Os Tyrell e os remanescentes fiéis aos Targaryens renderam-se e Robert Baratheon foi declarado rei dos Sete Reinos. Infelizmente, durante a guerra, Lyanna Stark faleceu, aparentemente de algum mal; Robert Baratheon então casou-se com Cersei Lannister para concretizar a aliança.

Apesar da vitória de Robert, o filho e a filha mais novos do rei Aerys, chamados Viserys e Daenerys foram levados para o outro lado do oceano por homens leais aos Targaryens. Depois da guerra a Casa Martell escolheu o caminho do exílio, já que a irmã do Príncipe Dorean Elia (mulher do príncipe Rhaegar) foi assassinada juntamente com seus filhos na tomada da capital Porto Real.

Seis anos depois o Rei Robert provou sua determinação ao derrotar os rebeldes do Lorde Balon Greyjoy de Ilha de Ferro. Os dois filhos mais velhos de Balon foram mortos e seu filho mais novo, Theon, foi colocado aos cuidados do Lorde Eddard Stark, como seu protegido."

O fato de muita coisa não ser explicada não me parece um erro e sim um posicionamento dos criadores na série. Não há no ínicio de cada episódio um "anteriormente em Game of Thrones". A história simplesmente segue sendo contatada mesmo que seja intrinsicamente ligada ao eppisódio anterior. O espectador que se vira para descobrir o que aconteceu caso tenha perdido o que aconteceu antes, e eu gosto disso.
Agora é esperar pelos próximos capítulos e torcer que a série continue melhorando.
Um grande abraço.

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