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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Óculos Escuros

+ Teorias... Bom sendo que já é 01:26 da manhã enquanto eu escrevo isso e eu tenho que levantar cedo amanhã, decidi apenas reavivar mais um "teorias" da comunidade dos Groovers no orkut. Quando eu tiver mais tempo eu posto algo genuinamente inédito... Eu lembro quando eu escrevi esse texto eu havia ficado feliz por lembrar de todas as idéias que eu tive por tempo suficiente para escrevê-las, mas o engraçado que o que realmente marca as pessoas são os pequenos detalhes. Sempre que eu penso sobre esse texto eu lembro de um comentário que o Derek fez logo depois de lê-lo pela primeira vez: "Eu não quero esses teus óculos..."
Sempre achei esse comentário hilário. O que completa a ironia é que todos os óculos escuros que eu já tive na vida eu ganhei do Derek.




"Eu me encontro no meio da Redenção. O nome não me traz qualquer pensamento. Eu começo a dar meus passos. São 13:00, e o sol está alto. É um belo dia de primavera. Eu olho para o céu e a luz do sol ofusca minha visão. Está quente. Nenhum sinal de nuvens carregadas. Nenhum sinal de chuva. Na minha mão uma garrafa de água mineral, nenhuma bebida para me trazer de volta à realidade. As pessoas parecem felizes. Eu estou no meio da luz, vestido todo de preto. A luz continua ofuscando minha visão, eu tento observar as pessoas, mas não consigo faze-lo. Vultos coloridos passam ao meu redor. Todos parecem ser gentis e sorriem. Um homem está deitado na grama, lendo o jornal. Vários cães passam com seus donos com olhares atentos e fiéis. Um casal de jovens se olha e faz uma promessa, ela nunca será quebrada. Um velho homem está tocando em seu antigo instrumento, ele toca uma canção feliz qualquer. Um homem e uma mulher se cruzam perto da fonte principal, eles parecem trocar olhares encabulados. Ambos sorriem e detem suas trajetórias por um momento, pode ser amor. Diversos passáros voam ao redor das imponentes árvores. Essas árvores testemunham as memórias indestrutiveis de felicidade e companheirismo que essas pessoas tem carregado consigo.Não há prostitutas ou ladrões , viciados ou pregadores. Tudo está intacto. Eu me sinto engasgando. Eu tento erguer minha cabeça e a luz me ofusca ainda mais. Ela me faz baixar a cabeça. Hora de trapacear. Eu tiro do meu bolso meus óculos escuros e apago o sol. São 13:00 de um dia nublado de primavera. Eu olho para o céu vejo nuvens que trarão chuva em alguns minutos. Um belo vento me traz liberdade. Eu respiro tranquilamente. Em minha mão uma pequena garrafa de vodka faz a realidade voltar. Eu estou no meio da escuridão vestido de preto. Eu posso ver através das máscaras. Todos são cínicos e sorriem. Um mendigo está deitado na grama, ele têm um jornal em suas mãos. Aquela é sua residência por hoje e o único calor que ele vai ter. Vários cachorros passam com aqueles que lhe tiraram a liberdade, no seu olhar a conformidade de um mundo que não é seu. Um casal de jovens se olha com desprezo eles sabem seus erros e não os admitem, eles prometem nunca mais se respeitarem. Um velho homem está tocando seu velho e podre instrumento, ele canta sobre pensamentos quebrados e palavras que não deveriam ser pronunciadas, ele conhece o que está cantando. Um homem e uma mulher se cruzam perto da fonte principal eles trocam olhares vergonhosos, carregando a culpa de saber que foram feitos um para o outro, eles detêm sua trajetórias por um momento humilhados por saberem que nunca mais se verão e ainda sim não fazem nada a respeito. Diversos corvos sobrevoam as decadentes árvores. Essas árvores testemunham a vergonha e a decadência trazidas por essas pessoas, e que elaS escondem de si mesmas. Há pessoas de respeito e honra por todo redor, sem pecados nas costas, talvez por isso eles estejam na Redenção. Tudo está quebrado. Eu respiro. A verdade cala fundo em meus pulmões e me faz tossir. Eu ergo a cabeça. Hora de continuar. "

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