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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Quadrinhos - Os Maiores Heróis do Mundo

Resolvi tratar da série em quadrinhos que sempre me fascinou: "Os Maiores Heróis do Mundo". O título não é nem um pouco humilde, mas a minissérie faz juz ao título. Composta de seis títulos a série dá um tratamento ótimo aos clássicos heróis da DC, mostrando como eles se envolveriam em problemas reais do mundo e não apenas lidando com super-vilões.
Os títulos são "Super-Homem: Paz Na Terra", "Batman: Guerra ao Crime", "Shazam!: Poder da Esperança", "Mulher Maravilha: Espírito da Verdade", "Liga da Justiça: Origens Secretas" e "Liga da Justiça: Liberdade e Justiça".
Os desenhos de Alex Ross são fotorealistas e impecáveis e o roteiro de Paul Dini (responsável por diversos trabalhos em quadrinhos e mais recentemente os roteiros dos jogos Arkham Asylum e Arkham City) tocante e inspirado.

SUPER HOMEM - PAZ NA TERRA


Umas das obras mais emocionantes que eu já li nos quadrinhos, quase me levou as lágrimas. O tom serene e profundo fazem com que a estória do envolvimento do Homem de Aço no combate a fome mundial encontre um espaço especial no coração de cada leitor. A narração quase poética e a relação complexa da fantasia e da realidade que os quadrinhos sempre tentam solucionar encontram seus expoentes máximos nessa obra-prima que nem sempre recebe o merecido reconhecimento.

BATMAN - GUERRA AO CRIME

Guerra ao Crime mostra o Homem-Morcego considerando que Bruce Wayne deveria se preocupar com as vítimas de crimes tanto quanto o Batman se preocupa com os criminosos. O tom pesado do texto apenas mostra que Batman não se encontra cada vez mais distante das vítimas que salva mas sim que ele nunca deixou de ser uma delas, desde o assassinato de seus pais.
As passagens mais interessantes são aquelas nas quais podemos observar Bruce Wayne ponderando os caminhos que sua vida poderia ter tomado caso ele fosse apenas mais um playboy ou mesmo tivesse perdido os seus pais e não tivesse os recursos que tem. Ainda que não tenha o impacto da obra do Super-Homem, Batman - Guerra ao Crime é um trabalho muito mais realista e maduro do que diversas outras obras do Homem-Morcego.

SHAZAM! - O PODER DA ESPERANÇA

Uma história simples e edificante do Capitão Marvel mostra ele sendo convidado por uma médica a comparecer ao Centro de Tratamento de Crianças no Hospital. Alternando entre Billy Batson, seu jovem alter-ego, e o imponente Capitão Marvel, o humano mais poderoso da Terra se emociona com o contato com as crianças que precisam dele para recuperar o que lhes é mais necessário: esperança. Uma estória muito tocante e o tipo de quadrinho que eu pretendo ler para o meu filho.

MULHER-MARAVILHA - ESPÍRITO DA VERDADE


Em mais uma obra inspirada Alex Ross e Paul Dini agora examinam a relação da Mulher-Maravilha com a humanidade. É interessante e de certa forma muito realista vermos a guerreira amazona analisando seu uniforme, sua relação com as mulheres do mundo e até mesmo o porque de ela não utilizar uma identidade secreta. Uma das mais inteligentes obras da série que não fica devendo em emoção aos quadrinhos mencionados acima.

LIGA DA JUSTIÇA - ORIGENS SECRETAS

Inicialmente imaginada como uma série de apenas quatro revistas o sucesso atingido pelos desenhos de Alex Ross e pelo roteiro de Paul Dini foram tamanhos, tanto com o público como com a crítica, que a DC pediu que eles dessem o mesmo tratamento para a Liga da Justiça.
Origens Secretas é mais um apêndice de Liga da Justiça: Liberdade e Justiça, contando as origens dos demais integrantes da Liga da Justiça e apresentando as entrevistas de Alex Ross e Paul Dini sobre a experiência de escrever essa série e o que esperar de "Liberdade e Justiça". Como capítulo separado é o mais fraco da série mas como acessório para a história da Liga da Justiça é extremamente interessante.

LIGA DA JUSTIÇA - LIBERDADE E JUSTIÇA
Liberdade e Justiça tem a grande vantagem de conseguir apresentar uma ameaça global digna dos esforços da Liga da Justiça preservando o tom realista dos outros volumes da série. Não há mega-planos, nem super-vilões. É reconfortante ver que depois de todos os bem-sucedidos volumes anteriores, que foram cada vez mais construindo a expectativa de uma estória épica que envolvesse os integrantes da Liga, a estória apresentada faz jus a qualidade entrega anteriormente. 

Dead Rising 2


Mais um da lista que eu já virei há algum tempo e ainda não havia conseguido postar aqui (espero que essa lista esteja se acabando)...
No nível mais básico Dead Rising supera seu antecessor nos níveis técnicos. Os gráficos são significativamente melhores, a área do jogo é maior, existem mais opções de armas, e ao invés de centenas de mortos-vivos você encara milhares.


Infelizmente essa melhoria técnica não convence muito, o primeiro jogo foi lançado para o Xbox 360 em 2008 e essa sequência foi lançada no fim de 2010, e esses dois anos representam um período enorme no que se refere a avanço de tecnologia no mundo dos games. Essas melhorias eram esperadas e infelizmente não surpreenderam muito.
O ponto alto do jogo é o humor sempre presente e o número massivo de mortos-vivos. É quase um divertimento sem fim você encarar uma horda de mortos-vivos que parece interminável com as mais diversas e engraçadas armas.
Os grandes problemas dessa sequência já são velhos conhecidos dos gamers que jogaram o primeiro Dead Rising: o sistema de save e os chefões.


O sistema de save é desnecessariamente complicado e ao que parece visto como alguma característica essencial da série, já que os desenvolvedores fizeram questão de mantê-lo inalterado depois do primeiro jogo. As batalhas com os chefões são chatas, repetitivas e seguem o velho sistema de padrão de ataque o que pesa muito na originalidade do jogo.

Eu diria que apesar de seus defeitos é um jogo que valhe a pena comprar, principalmente para os fãs de zumbis e que querem enfrentar os mortos-vivos sem necessariamente terem que adquirir um título de terror. 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Livros Que Mudam a Vida - A Posição missionária: Madre Teresa na Teoria e na Prática


"Quem seria tão vil para implicar com uma velhinha mirrada, encolhida, bem avançada em anos, que consagrou a sua vida inteira para os necessitados e desvalidos? Por outro, quem seria tão desinteressado a ponto de deixar de escrutinar a influência e as motivações de uma mulher que disse certa vez operar mais de quinhentos conventos em mais de 105 países - 'sem contar com a Índia'? Mártir solitária e fanática, ou presidente de uma multinacional missionária?
A escala se altera com a perspectiva, e a perspectiva se altera com a escala."
Assim se inicia o livro de Christopher Hitchens que propõe analisar as verdades por trás do mito da Madre Teresa. Publicado em 1995, bem no meio de uma década na qual Madre Teresa era figura constante quando se mencionavam trabalhos humanitários respaldados por celebridades como Princesa Diana, Hillary Clinton e Charles Keating. Hitchens disseca o fenômeno "Madre Teresa" e expõe várias facetas não tão nobres do trabalho da missionária e nos faz pensar em como atribuímos valor automático, a alguém que conhecemos tão pouco, apenas por causa da máscara da religião.



Introdução
Hitchens demonstra a facilidade com que Madre Teresa se desprendia de seu meio religioso e circulava pelo cenário político mundial enquanto apoiava e promovia déspotas e vigaristas notórios em troca de doações a sua cruzada.  Hitchens menciona (dois anos antes da morte de Madre Teresa) de que ela já era amplamente divulgada como forte candidata a beatificação a futuramente a santidade dada a amplitude de sua fama. Isso de fato ocorreria em 2003, quando o Vaticano reconheceu um suposto milagre dela na cura de um tumor de uma mulher indiana. Foi amplamente divulgado que o marido e alguns médicos da mulher informaram que o problema que afligia a mulher não era de fato um tumor e sim um cisto causado por uma tuberculose e que a cura havia se dado através de tratamento médico convencional, o que não impediu o Vaticano de continuar com o processo de beatificação. 


Um Milagre
Hitchens reconta seu encontro pessoal com Madre Teresa e explica a forma como ela e sua imagem se popularizaram a nível mundial. Ele demonstra que apesar das enormes dificuldades e de uma pobreza difícil de subestimar Calcutá não tem a apatia tão amplamente divulgada por Madre Teresa. Apesar de sua vida cotidiana difícil os "mais pobres dos pobres" não mendigam. Algo que sempre foi vendido pelo marketing de Madre Teresa e das Irmãs da Caridade.  
Enquanto Madre Teresa se opunha estoicamente a qualquer opção de controle de natalidade ela mantinha um pequeno orfanato que servia 12 camas a crianças que de outra forma teriam efetivamente morrido. O problema óbvio aqui é que a missionária acreditava que isso a permitia (de um ponto de vista moral) sua campanha incessante e a utilização de todo o seu "poder de celebridade" contra os metódos contraceptivos e isso em um país e em uma cidade que lidam com problemas extremos de super-população. 
Ainda que o trabalho de Madre Teresa tenha seus momentos de fascínio inegável sua orientação de que altruísmo e humanismo são "tentações" e que seu trabalho com os pobres só se da por única e exclusiva obediência a Deus, sendo que não pode haver gratificação no sentimento de realizar o trabalho em si acabam 
ofuscando o que poderia de fato ser uma qualidade redentora do trabalho da missionária.



Trabalho de Deus e Virtudes Heróicas
Nesse capítulo vemos a prática da teoria de Madre Teresa de que o sofrimento dos pobres é algo que ajuda o mundo. Hitchens mostra o relato do Dr. Fox, editor da The Lancet, uma das maiores publicações de medicina do mundo e que se interessou pelos aspectos médicos da ajuda oferecida passa a verificar o "tratamento", propriamente dito, oferecido pela missionária para os enfermos tratados. Eu achei tão impactante o relato que resolvi traduzi-lo na integra aqui: 
"Há médicos que ligam de vez em quando, mas geralmente as irmãs e voluntários (alguns dos quais
tem conhecimentos médicos) tomam decisões da forma que acham mais adequada. Eu vi um homem jovem que tinha sido admitido em más condições, com febre alta, e os medicamentos prescritos
tinham sido tetraciclina e paracetamol. Mais tarde um médico que o visitava o diagnosticou com malária. Não foi possível alguém ter verificado seu sangue? As investigações clínicas, foi-me dito, são
raramente permitidas. Que tal verificações simples que possam ajudar as irmãs e voluntários distinguir
o curável do incurável? Novamente não. Tal sistemática e abordagens são estranhos ao modo de operar da casa. Madre Teresa prefere providência ao planejamento, suas regras foram criadas para evitar qualquer tendência para o materialismo: as irmãs devem permanecer em condições de igualdade com os pobres. . . . Finalmente, o quão competentes são as irmãs em controlar a dor? Em uma visita curta, eu não poderia julgar o poder de sua abordagem espiritual, mas eu estava perturbado ao saber que o formulário não inclui analgésicos fortes. Junto com a negligência de diagnóstico, a falta de boa abordagem analgésica demonstram que Madre Teresa está claramente separada da condição de ajuda a pessoas doentes ou morrendo."
Uma observação contundente de Hitchens é que essas condições não eram encontradas em um hospital improvisado no meio de um campo de batalha mas em um hospital gerido por Madre Teresa por mais de quatro décadas e meia nas quais mais de três ela havia recebido generosas quantias de doações do mundo todo. 
Talvez o posicionamento da missionária seja facilmente revelado pela sua declaração de que: " o dom mais bonito que uma pessoa pode receber é poder compartilhar do sofrimento de Jesus Cristo". 
Em certa entrevista uma vez a própria Madre Teresa se traiu ao recontar o caso de uma mulher que tinha câncer terminal, sofria de dores insuportáveis "Você está sofrendo como Jesus na Cruz. Então ele deve estar te beijando." Alheia à ironia gritante do que estava dizendo a própria Madre Teresa disse a resposta da pobre mulher: "Então por favor peça para ele para de me beijar."
É interessante notar que ao se deparar com as doenças da velhice e problemas de coração a Madre Teresa se internou nas melhores e mais caras clínicas do Ocidente.  
Hitchens mostra o relato de Susan Shields ex-irmã da caridade que entre as diversas revelações diz que as irmãs eram instruídas a batizar secretamente aqueles que estavam morrendo e a sempre alegar pobreza mesmo que a conta bancária da instituição já tivesse mais do que 50 milhões de dólares dos quais nada era gasto em benefícios dos doentes. 
Hitchens também menciona nesse capitulo o envolvimento de Madre Teresa com Charles Keating que armou um dos maiores golpes de investimento da história americana e doou 1,4 milhões de dólares para o trabalho de Madre Teresa. Durante o julgamento dele Madre Teresa escreveu uma carta para a promotoria e para o juiz pedindo que o Sr. Keating fosse perdoado pelo que fez e que se perguntassem o que Jesus faria em seu lugar. 
O promotor do caso, Sr. Paul Turley, respondeu a Madre Teresa informando que Keating estava sendo julgado por roubar mais de US $ 250 milhões de mais de 17.000 investidores em seu negócio. Entre eles diversos pessoas humildes sem qualquer conhecimento do mercado financeiro, inclusive de um pobre carpinteiro que não falava inglês e que havia sido roubado das economias de uma vida toda. Ele concluiu sua carta perguntando a Madre Teresa:
"Pergunte a si mesmo o que Jesus faria se tivesse recebido os frutos de um crime, o que Jesus faria se estivesse na posse de dinheiro que havia sido roubado, o que Jesus faria se estivesse sendo explorado por um ladrão para aliviar sua consciência? Eu diria que Jesus teria prontamente e sem hesitações devolvido a propriedade roubada aos seus legítimos proprietários. Você deve fazer o mesmo. Você recebeu dinheiro obtido através de roubo e fraude. Não permita que ele a "indulgência" que ele deseja. Não guarde o dinheiro. Devolva-o para aqueles que trabalharam por ele e que o mereceram! Se você entrar em contato comigo eu vou colocar você em contato direto com os legítimos proprietários do dinheiro em sua posse." 
O Sr. Turley jamais recebeu resposta. 


Ubiquidade
Aqui vemos a história de Madre Teresa e suas ligações com a Albania e com a política do local. Hitchens questiona posicionamento claramente político de Madre Teresa em diversas questões polêmicas e bilaterais mesmo quando ela alega estar além de qualquer posicionamento político. E ao contrário do que poderiam defender seus seguidores e fãs, ela não se via envolvida nessas situações mas buscava ativamente envolvimento em questões polêmicas exaltando o sofrimento alheio, como quando em 1984 voou a cidade indiana de Bhopal para discursar a uma população que havia sido vítima de um grave crime perpetrado pela política irresponsável de uma empresa que acabou matando e vitimando milhares de pessoas. Antes mesmo de que qualquer culpado pudesse ser averiguado Madre Teresa estava no aeroporto da cidade dizendo aos outros: "Perdoem, Perdoem". Entretanto a sua mensagem de perdão universal não era tão facilmente aplicada já que ela anunciava publicamente que jamais permitiria a um casal ou mulher que houvesse praticado um aborto a possibilidade de adotar uma das crianças "dela".    


Posfácio
Finalmente Hitchens deixa claro, assim como no ínicio do livro, de que sua iniciativa de julgar a reputação de Madre Teresa por suas ações e palavras ao invés de julgar suas ações e palavras através de sua reputação, não se devem a implicância cega contra uma indefesa senhora que tenta simplesmente melhorar o mundo mas sim de alguém que agiu por mais de quarenta anos de uma forma que não é completamente clara para o mundo e influenciou (ou tentou influenciar) profundamente a política e costumes de várias sociedades, que acumulou amizades com vigaristas e opressores, que recebeu milhões em doações e nunca foi questionada sobre a utilização do dinheiro e que principalmente fez tudo isso sem necessariamente ajudar aos que realmente precisavam e contavam com ela, enquanto promovia um culto de dor e sofrimento e ajudava a tornar a vida daqueles em mais necessidade e mais desesperados cada vez mais atrasada e difícil.  

Madre Teresa morreu em 1997, em 2007 foram publicadas correspondências nas quais Madre Teresa havia deixado clara uma grave crise de fé que ela jamais havia comentado. 
"Onde está minha fé? Mesmo lá no fundo ... não há nada além do vazio e da escuridão ... Se Deus existe, por favor me perdoe. Quando tento elevar meu pensamento ao céu, há um vazio de convencimento tal que esses pensamentos retornam como facas afiadas a ferir minha alma ... Como é dolorosa esta dor desconhecida, eu não tenho fé. Repulsa, vazio, sem fé, sem amor, sem zelo, ... O que eu trabalho para? Se não há Deus, não pode haver alma. Se não houver alma então, Jesus, você também não é verdadeiro.

Limbo


Mais um jogo que eu virei a já não sei quanto tempo porém nunca tinha tido tempo/vontade/paciência para mencionar aqui no blog.
Limbo é curto, simples e foi lançado originalmente na Xbox Live. Mas Limbo também é lindo, genial e surpreendente. Se trata de um jogo de plataforma 2D com um clima que faz toda a diferença. Os efeitos sonoros são escassos mas extremamente bem empregados. Quando há uma música, na maioria das vezes apenas pequenos acordes são ouvidos.


 Iluminação, penumbra e sombras são peças chave na atmosfera do jogo. Não há menu, nem apresentações, nem dicas sobre como proceder no jogo. Essa sensação constante de menos é mais contribui para uma experiência fascinante para aqueles que jogam essa obra inteligente.


As mortes comicamente tétricas do personagem dão um toque especial ao jogo e adicionam uma certa empatia a esse personagem sem absolutamente nenhuma fala ou histórico.


Além do clima presente a mecânica do jogo é fantástica apesar de extremamente simples como qualquer jogo de plataforma 2D sem grandes complicações é o nível de dificuldade que conta aqui. Não se trata apenas de testar a agilidade do jogador em apertar os botões mas o jogo, sem pressa, testa a habilidade do jogador em prestar atenção a detalhes e faz com que o jogador realmente pense e considere qual a dificuldade e a habilidade necessária para o próximo desafio.

Limbo, é para apenas um jogador, mas pouco importa se apenas uma pessoa está segurando o controle ter um amigo por perto para trocar idéias e acompanhar o progresso nesse jogo se torna tão divertido quanto qualquer multiplayer. 

Movie: The Movie

Conforme indicação do meu grande amigo Parmalat...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Quadrinhos - Zumbis Marvel

Como eu não tenho tempo nem paciência de acompanhar quadrinhos em séries ilimitadas, eu prefiro me fixar em Graphic Novels, One-Shots e Minisséries. Todas histórias com personagens interessantes, mas terial de alta qualidade e ínicio, meio e fim.
Eu já falei sobre duas séries excelentes da DC, Batman - O Cavaleiro das Trevas e Batman - Ano Um, ambas de Frank Miller, ambas sobre o Cavaleiro das Trevas e ambas da DC. Pois muito bem, resolvi tratar um pouco da Marvel.
Zumbis Marvel é um projeto bizarro mas que fez muito sucesso e se tornou em uma série. A idéia é de que de uma forma ou de outra os super-heróis Marvel acabam sendo transformados em zumbis (normalmente em uma infecção causada por um virus extra-dimensional) e acabam assumindo papéis de protagonistas e antagonistas no caos que se segue.
Vou tentar descrever e analisar as revistas de forma cronológica dentro da história.

Zumbis Marvel vs Exército das Trevas
Em um crossover bizarro o herói Ashley Williams da série Uma Noite Alucinante chega a um dos ínumeros universos paralelos Marvel e tenta explicar aos heróis dessa realidade sobre uma iminente chegada da epidemia de mortos-vivos. Desacreditado ele acaba tendo que lidar praticamente sozinho com o problema enquanto o mundo desmorona ao seu redor.    
A minissérie tem 5 capítulos e mesmo sendo engraçada e ágil a HQ não foca muito nos personagens da Marvel, com excessão do Doutor Doom, que ganha um papel de destaque, e foca mais no personagem de Ashley. Para aqueles que não assistiram, ou não lembram dos trejeitos de Ashley em Uma Noite Alucinante, boa parte da graça da HQ é perdida. A estória não explica como a epidemia se originou, mas faz um bom trabalho em estabelecer o conceito de universos paralelos (com pequenos diferenças entre si) dentro do univeros Marvel. No caso dessa realidade paralela em questão a única diferença que eu pude notar é que o Capitão America se chama Coronel América.

Zumbis Marvel: Dead Days
Focada inteiramente no heróis da Marvel essa edição única mostra os acontecimentos paralelos a série do "Exército das Trevas". Há novas informações sobre o vírus que causa a tranformação dos personagens mas a causa ainda não é revelada. A HQ tem tempo de mostrar aspectos mais práticos da epidemia, como a racionalização dos heróis para as atrocidades que eles estão fazendo e a frágil resistência que tenta se formar com alguns poucos super-heróis no porta-aviões voador da Shield.

Ultimate Quarteto Fantástico 21-23
Em seguida foi a vez do Quarteto Fantástico ter, não uma edição especial, mas sim uma história do universo zumbi inserida em três edições do Quarteto Fantástico do universo Ultimate.
Para aqueles confusos, a parte referente a universos paralelos é essencial a história dos Zumbis Marvel, porém não é unica deles. Já existia o universo "Ultimate" onde uma versão mais jovem do Quarteto Fantástico age.
Pois muito bem, de alguma forma o Reed Richards do universo dos Zumbis (o mesmo que vimos nas edições de Dead Days e Exército das Trevas) conseguiu se comunicar com o Reed Richards do universo Ultimate e convencê-lo de que ele precisava contruir um teleporte interdimensional para que ele pudesse ajudar o Reed Richards zumbi (que usava hologramas para se disfarçar e poder se comunicar com o Ultimate Reed) em uma missão especial. Mas isso era mentira e não passava de um plano dos zumbis para tentarem se teleportar para o universo "Ultimate". O Quarteto Fantástico Ultimate chega a ir para a dimensão dos zumbis mas consegue escapar com a ajuda de Magneto que aparentemente é um dos últimos não infectados e fica para trás para destruir o teleportador impedindo que os zumbis passem para o plano Ultimate.

Zumbis Marvel
 Uma série de cinco volumes lançada explusivamente sobre os zumbis. Ela começa imediatamente depois do fim da série do quarteto fantástico. Magneto tem que lidar com a horda de zumbis atrás dele depois de ele ter ajudado o "Ultimate" Quarteto Fantástico. As coisas se complicam com a chegada do Surfista Prateado e de Galactus. A conclusão da história mostra um terror sem fim e não mais restrito ao planeta terra.
Essa série põe pela primeira vez os zumbis como protagonistas ao invés de antagonistas da história. Eles arguementam entre si, fazem planos e combatem. Todos são obrigados a lidar com as grotescas metamorfoses causadas pela transformações em mortos-vivos. Aqui a estória realmente toma contornos de terror. O clima é bem mais pesado do que nas outras histórias até agora.

Ultimate Quarteto Fantástico 30-32
 Retomando a história do universo Ultimate o Quarteto Fantástico enfrenta problemas com a sua cópia zumbi que havia escapado do universo zumbi e vindo para a dimensão deles. No fim os problemas são resolvidos e o Doutor Destino do universo Ultimate vai parar na dimensão do zumbis, salvando o mundo todo.


Pantera Negra 27-30
O Pantera Negra, Ororo, o Coisa e o Tocha Human do universo Marvel principal também acabam se também acaba se envolvendo com o universo Zumbi em suas histórias. Ao ficar no Edifício Baxter com o Tocha Humana e com o Coisa, na ausência do Sr. Fantástico e da Mulher-Invisível, o Pantera Negra e sua esposa Tempestade acabam sendo teleportados para outro planeta ao lidarem com um monstro inter-dimensional e quando esse mesmo planeta é invadido pelos Zumbis Marvel (agora detentores dos poderes de Galactus, após o terem devorado) eles percebem que também foram parar em um universo paralelo.
Todo o planeta Skrull é consumido pelas versões zumbis de Wolverine, Homem-de-Ferro, Homem-Aranha, Hulk, Johnny Cage e Henry Pym.


Zumbis Marvel 2 
Depois de consumirem toda a comida e planetas do seu universo, os Zumbis Marvel decidem voltar a terra depois de 40 anos do ínicio da infecção zumbi, com a intenção de tentar reparar a máquina inter-dimansional de Reed Richards para que eles possam achar comida em outra dimensão.Enquanto isso na terra alguns poucos sobreviventes liderados por um idoso Pantera Negra tentam sobreviver a essa nova ameaça. 

Zumbis Marvel 3
A praga zumbi chega ao Universo Marvel principal através do Nexus das Realidades localizado em algum lugar dos Everglades na Flórida. Lá uma versão Zumbi de Deadpool ataca uma equipe de heróis da Marvel e o resultado é devastador. Apesar de trágica a situação consegue ser contida e uma infecção em larga escala do Universo Marvel original é contida. Tentado evitar que uma possível nova infecção aconteça a A.R.M.O.R (uma organização governamental ainda mais secreta do que a S.H.I.E.L.D) trabalha em uma vacina para inocular os heróis da Marvel. 
Homem-Máquina e Jocasta viajam para  a dimensão dos zumbis afim de conseguir uma amostra de DNA para que a vacina possa ser produzida. Depois disso as coisas saem rapidamente do controle quando Homem-Máquina e Jocasta descobrem o que aconteceu com  a versão zumbi do Rei do Crime. 
Essa é a versão que menos menciona rostos conhecidos do Universo Marvel, eu nunca havia ouvido falar do Homem-Máquina mas é um personagem muito interessante. Um dos pontos interessantes desse gibi é que pela primeira vez o Universo Marvel principal é vítima da infecção e da ameaça zumbi.

Zumbis Marvel 4 
Depois dos acontecimentos narrados em Zumbis Marvel 3, Deadpool (pelo menos a cabeça de sua contra-parte do universo zumbi) e Simon Garth, um zumbi original do Universo Marvel principal que estava sendo retido pela A.R..M.O.R. para estudos, escapam durante a batalha são capazes de se teleportar para o fundo do oceano. A equipe dos Filhos da Meia-Noite é formada pára lidar com a ameaça da fuga dos dois depois que eles mordem habitantes do fundo do mar e essas criaturas atacam um cruzeiro.
Os personagens são bem trabalhados (porém um tanto exóticos demais) e suas personalidades são satisfatoriamente delineadas. Ao contrário do ínicio da saga dos zumbis Marvel, onde a estranheza predominava e uma das atrações da série era ver os heróis clássicos despreparados para lidar com esse tipo de problema, nesse título ficou claro que a dessa vez a Marvel designou "heróis" de sua linha de terror para lidar com o problema. É interessante ver como esses personagens se saem bem melhor do várias lendas do universo Marvel. 

Zumbis Marvel - O Retorno
Sequência direta dos acontecimentos de Zumbis Marvel 2 quanto depois de superarem a vontade de comer carne humana os zumbis Marvel restantes (Homem-Aranha, Gigante, Wolverine são traídos e teleportados para diferentes pontos do multiverso. 
O Homem-Aranha foi para na Terra-Z um dos universos Marvel que estava intocado pela praga, ele acaba assassinando seus inimigos naturais dessa dimensão e acaba causando a morte do Homem-Aranha deste universo. 
Gigante apareceu na base do Vigia e o comeu, depois atacou as Industrias Stark para conseguir acesso ao teleporte interdimensional do Vigia. Ele consegue seu objetivo e ataca a base lunar de Trovão Negro e Medusa. Quando o Hulk dessa dimensão retorna de um exílio imposto por esses Vingadores. 
Wolverine aparece  na mesma dimensão e é detido pelo Wolverine da Terra Z com a ajuda do Homem-Aranha Zumbi. 
Essa é uma das melhores sagas da série pois mostra um arremedo de Liga da Justiça (?) no universo zumbi e como eles entram em confronto com o os heróis Marvel zumbis. Dos zumbis do universo Zumbi original apenas Homem-Aranha e Gigante permanecem, em lados opostos do conflito que dura anos. Essa sequência da série também ganha pontos por mostrar o que aconteceu com a Vespa, o Pantera Negra e Johnny Cage do universo zumbi quando eles tentaram invadir essa dimensão para parar o avanço da praga zumbi. 
No fim a aparição do Vigia, parece criar um lapso temporal no qual os últimos zumbis restantes nessa dimensão causaram a infecção inicial na dimensão zumbi. 

Zumbis Marvel - Evolução Maligna
Nessa edição é apresentado um crossover entre os zumbis e os macacosMarvel. Ela explica algumas das perguntas restantes sobre a origem da praga de zumbis e está situado cronologicamente depois de Dead Days. Gigante e Vespa tentam invadir o mundo símio e isso traz graves consequências ao mundo zumbi.
Os macacos Vingadores resolvem fazer um ataque preventivo a dimensão zumbi e isso traz consequências graves para os dois lados.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros

Because fuck real life, that's why...

Call of Duty - Modern Warfare 3



Desde que eu joguei Call of Duty 4 - Modern Warfare e fui apresentado aos personagens Soap e Price eu sabia que seguiria sua história até o final pois ambos eram extremamente interessantes e estavam envolvidos em um conflito que se tornaria uma nova guerra mundial. Em Modern Warfare 3 finalmente acompanhamos o desfecho da trama que envolve esses bravos combatentes. 
Minhas expectativas a princípio eram apenas de saber o destino dos dois e não esperava muito do jogo. Esse foi o único motivo pelo qual eu não fiquei desapontado. O modo "campanha" de MW3 é o mais fraco de todos os Call of Duty lançados desde World At War. A história é desinteressante, conclui a saga de maneira simplista e não da forma épica que esperavamos dados os capítulos anteriores. A parte técnica é imbatível e ainda que a trilha sonora e as dublagens tenham caído de nível, o som em si e os gráficos e a jogabilidade estão cada vez melhores. O multiplayer permanece como o melhor do Xbox 360 on line e as missões do modo cooperativo também estão ligeiramente mais eficientes. A adição do desafio de "ondas de inimigos" no multiplayer melhorou uma experiência que já era ótima. 
Infelizmente Modern Warfare não vive a altura das expectativas que a própria série criou e entrega uma final pouco satisfatório para quem jogou os jogos anteriores com interesse pela trama do jogo. 
Os momentos épicos do jogo, como explosões de bombas nucleares, quedas de aviões e etc já não empolgam como quando ainda eram novidade e a série perde seu fôlego no modo single player. Ainda sim, há diversas qualidades no jogo que o tornam uma das opções obrigatórias para todos que tem um Xbox 360. 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Batman: Arkham City


Para que eu possa definir as qualidades de Batman: Arkham City de forma rápida e eficiente para vocês tudo o que é necessário que eu faça é comparar os dois últimos video-games do Homem-Morcego com os seus dois últimos títulos no cinema. Enquanto Arkham Asylum re-inventou o gênero de video-game de super-herói e trouxe qualidades inesperadas na franquia, nos mesmos moldes criativos de Batman Begins, Arkham City apresenta o mesmo impacto e desenvolvimento do mito do Batman quanto O Cavaleiro das Trevas.
O único motivo pelo qual eu não posso dizer que o jogo é o melhor dos já lançados para o Xbox 360 é o fato de ele parecer bem mais curto do que o prometido, se falava que a campanha principal levaria pelo menos umas 25 horas e mais 15 adicionais com todos as missões secundárias. Dificilmente eu levei mais do que umas 18-19 horas para terminar a história principal. Mas esse é o único porém, todo o resto do jogo é brilhante.
Na parte técnica tudo que estava presente em Arkham Asylum foi aumentado e aprimorado, conforme havia sido prometido o mapa do jogo é realmente 5 vezes maior do que seu antecessor e jogabilidade com o Cavaleiro das Trevas só foi melhorada. Nada do que já funcionava foi mexido e as únicas alterações são refinamentos de uma mecânica testada e aprovada no jogo anterior.
A trilha sonora desta vez é marcante, enquanto a trilha sonora de Asylum era facilmente substítuida por temas de Batman Begins ou de O Cavaleiro das Trevas (uma constante na maioria dos videos do YouTube com o gameplay do jogo) isso não pode ser feito tão facilmente aqui. Apesar de o jogo ter mantido os mesmos compositores de Asylum o tom aqui é muito mais épico, com os temas de medo do primeiro jogo, sendo substítuidos por sons mais condizentes com a ação apresentada e evocando mais tensão.
Além de todas essas qualidades o que faz com que Arkham City seja um dos melhores jogos já lançados para o Xbox 360, e definitivamente o melhor jogo que eu joguei esse ano, é a sua história e o senso de importancia que ela reconhece em si mesma.
A história da trama utiliza muito bem seus vilões e deixa claro que nenhum deles foi usado levianamente. Todos são delineados de uma forma bem mais profunda do que se esperaria para um jogo com tamanho número de antagonistas.

Arkham City teria desperdiçado seus recursos se mesmo com toda essa qualidade tivesse se proposto a contar uma história menor ou corriqueira do Batman. Mas reconhecendo sua natureza singular e cheia de qualidades, a história apresentada é única e altera o universo do Batman definitivamente. Esse tom épico e trágico transforma o jogo em algo muito superior a maioria dos roteiros sem importância de outros jogos.
Sem dúvida o melhor jogo de de super-herói já lançado e um dos melhores títulos do Xbox 360.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Quadrinhos - Batman, Ano Um

Resolvi falar sobre mais um gibi do Batman. A história foi lançada em 1987 e conta a origem do Batman. Conforme a própria introdução do gibi esclarece, a DC  à época via seus super-heróis como datados, e pretendia revitalizá-los recontando suas origens. Porém não havia nada de errado com a origem do Batman, sua mitologia já era perfeita. Entretanto se imaginou que seu ínicio como herói poderia ser mais aprofundado e Frank Miller, tendo tido a experiência de tratar do Homem Morcego em O Cavaleiro das Trevas, que havia sido lançado a pouco tempo poderia ser a pessoa certa para o trabalho. Miller teve a liberdade necessária para  mostrar melhor o ínicio da carreira de vigilante de Batman e seu relacionamento com o então Tenente Gordon.
Talvez a estória soe pouco inédita para a geração que conheceu Batman através de Batman Begins (que notoriamente tirou boa parte de sua inspiração dessa estória) mas o roteiro inteligente de Miller aliado ao traço mais refinado de David Mazzucchelli mostram a força da obra. Ainda que não tão impactante como O Cavaleiro das Trevas, Batman - Ano Um mostra de forma mais realista a saga de Batman quando ainda se iniciava. A estória começa com a chegada de James Gordon a Gotham City e com o retorno de Bruce Wayne à cidade e vai aprofundando o relacionamento dos dois.
Um trabalho ótimo preparado para que todo o leitor possa observar o humano por trás do homem-morcego.


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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Quadrinhos - O Cavaleiro das Trevas (+ elenco para o filme)

Bom conforme eu havia dito no post anterior eu pretendo falar periodicamente de quadrinhos aqui no blog e fazer algumas resenhas. Resolvi começar com essa obra-prima de Frank Miller que é um marco dos quadrinhos.
Batman- O Cavaleiro das Trevas, foi originalmente lançado em Junho de 1986 em uma série de quatro volumes.


O primeiro volume mostra Bruce Wayne aposentado, com 55 anos e sem aparecer como Batman há pelo menos dez anos. Para a maioria dos jovens Batman é apenas uma lenda. Gotham City se tornou um cidade decadente e assolada por uma gangue de criminosos conhecida como "Os Mutantes". Harvey Dent está prestes a ser liberado do Asilo Arkham depois de passar por uma extensa cirurgia plástica que lhe devolveu seu rosto, o Coringa está em estado catatônico, também no Asilo, desde o desaparecimento de Batman. Alfred está na casa dos 80 anos e o comissário Gordon com 70 anos à um mês de sua aposentadoria.  Bruce Wayne e Dick Grayson, o primeiro Robin, já não se falam a sete anos, depois que Jason Todd, o segundo Robin, foi morto.
Quando uma onda de calor e violência atingem Gothan e Bruce Wayne vê o retorno de um velho inimigo, as lembranças de Batman se tornam fortes demais e o Cavaleiro das Trevas se vê obrigado a voltar a ação.

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No segundo volume da saga de Frank Miller, acompanhamos Batman enquanto ele se envolve no conflito com a gangue dos Mutantes. Há o surgimento de um novo Robin, a jovem de Carrie Kelly de apenas 13 anos de idade. O comissário Gordon e obrigado a se aposentar, enquanto o Coringa desperta e convence o seu psiquiatra de que ele está curado de sua insanidade e de que se arrepende honestamente de seus atos. Com o agravamento do conflito com os mutantes desde o retorno do Batman, o Presidente dos Estados Unidos pede ao Super-Homem que interfira em Gotham City. Batman e o líder dos mutantes colidem em duas batalhas sanguinárias.
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Batman  continua sua guerra as gangues de Gotham, enquanto ele e o Super-Homem tem seus destinos cruzados. O comissário Gordon se aposenta e dá lugar à uma nova comissária de polícia que é contra os métodos do Batman. O Coringa vai atrás da Mulher-Gato e põe em andamento um plano que o levará a um confronto definitivo com o Cavaleiro das Trevas.
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Um conflito nuclear se aproxima e o Super-Homem precisa intervir.  Enquanto o caos total toma conta de Gotham, o Homem de Aço e o Cavaleiro das Trevas se preparam para se enfrentar em uma batalha épica.
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Qualquer pessoa que lê o gibi percebe que ali há material para um filme excepcional. Não que eu seja do tipo que acha que todo o gibi deva ser transformado em filme, particularmente eu não acho que Watchmen (apesar de ter ganhado um bom filme) precisava ter sido transportado para a tela grande. Mas é quase impossível deixar de pensar em O Cavaleiro das Trevas como material de cinema. Com uma censura entre 16 e 18 anos e um diretor estiloso e com a mão pesada, e que não se intimide com a violência essa poderia ser uma obra-prima. Minhas indicações seriam David Cronenberg, David Fincher, José Padilha, os irmãos Cohen ou Zack Snider.

Quanto ao elenco se o filme fosse realizado dentro dos próximos anos minhas indicações seriam:


Batman / Bruce Wayne - Mickey Rourke
Aos cinquenta e cinco anos Wayne ainda é uma montanha imparável de músculos e força bruta, o que o tempo tirou em agilidade ele compensa em inteligência. Na minha opinião Rourke seria a combinação ideal de talento, força e fama para poder encarnar a visão de Miller do Cavaleiro das Trevas.


Robin/ Carrie Kely - Elle Faning
Uma jovem de apenas 13 anos de idade que após ser salva por Batman de um ataque dos mutantes resolve ser a nova parceira do Cavaleiro das Trevas. Sua agilidade, inteligância e coragem surpreendem Batman e ele rapidamente se afeiçoa a ela. A pequena Elle Fanning tem a idade apropriada e poderia ser a escolha certa.


Alfred Pennywoth - Peter O'toole
Na casa dos oitenta anos o fiel mordomo de Bruce Wayne assumiu também a função de enfermeiro do homem morcego. O'toole que sempre foi um grande ator mas parece cada vez mais desgastado pela idade avançada e também está na casa dos oitenta seria a escolha perfeita para o papel.


James Gordon - Clint Eastwood
O comissário Gordon de Miller é um defensor da lei tão implacável quanto o Batman, apesar da idade avançada e da aposentadoria obrigatória, ainda há uma raiva e uma retidão moral imutáveis no personagem. Eastwood seria a minha aposta.


Harvey Dent / Duas Caras - Ray Liotta
Agora na meia-idade, o rosto de Harvey Dent foi recuperado com cirurgia plástica e seu médico lhe dá um atestado de saúde mental. Ele ainda é o Duas-Caras em sua mente, e aterroriza a cidade com o rosto envolto em bandagens. Aqui eu iria com alguém mais barato (afinal o filme teria que ser viável não é) e que parece mesmo ter tido o rosto reconstitúido: Ray Liotta.


O Coringa - Jeremy Irons
Arqui-inimigo do Batman, que desperta de um estado catatônico ao saber do reaparecimento do Homem-Morcego. A obsessão do Coringa com o Batman é mostrada ao extremo, beirando a atração obsessiva. Jeremy Irons conseguiria fazer um Coringa que colocasse medo em todo mundo.


Oliver Queen /Arqueiro Verde - Jeff Bridges
Após a proibição de todos os super-heróis, ele empreende uma carreira clandestina de terrorismo contra a opressão do governo, incluindo o naufrágio de um submarino nuclear. Ele perdeu o braço esquerdo anos atrás e culpa o Super-Homem por isso. Ele ainda é um atirador formidável, usando seus dentes para lançar  suas flechas. O oscarizado Jeff Bridges poderia encarnar Oliver com maestria.


Clark Kent / Super-Homem -  Jon Hamm
Agora simplesmente um fantoche para o governo dos EUA. Seus monólogos internos mostram que ele detesta ter que ser uma arma do governo, mas a vê como a única maneira de ser capaz de fazer algo de bom. Enquanto Kal-El permanece sem envelhecer ele demonstra uma aparência mais madura. Jon Hamm se parece exatamente com o Super-Homem de Miller e além do mais já demonstrou ser um bom ator. 

E você já leu os quadrinhos? Tem alguma sugestão para os papéis? 
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