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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Top 10 Jogos Mais Decepcionantes do Xbox 360

Como eu mencionei em um post anterior eu tenho o objetivo de postar uma opinião sobre cada jogo que eu virar do Xbox 360. Porém existe algo que eu ingenuamente não havia considerado. Há jogos tão ruins e decepcionantes que eu simplesmente não tenho a menor vontade de virar. Jogar alguns minutos desses jogos é um exercício de paciência, quem dirá ficar algumas horas jogando esses jogos o início ao fim. Não, seria demais para mim. Então resolvi fazer uma compilação com os jogos mais chatos e decepcionantes até o momento. O que pode surpreender o pessoal que é antenado em video-games é que aqui se encontram alguns clássicos do Xbox alguns deles com excelentes critícas na internet, mas que na minha opinião pessoal são simplesmente tão decepcionante que chegam a doer. É importante lembrar que eu levo em consideração apenas as campanhas para um jogador e acabo não jogando o multiplayer (local ou via Live) e eu sei que muitos títulos tem o seu foco principal voltado para o multiplayer. Porém depois que Call Of Duty, que hoje em dia é um dos multiplayers mais jogados do mundo nos presenteou com uma ótima campanha no singleplayer o mínimo que se espera daqueles que vem depois é que apresentem algo do mesmo nível. 

1º Halo 3: ODST
  A série Halo é extremamente famosa mundo afora, porém acredito que aqui no Brasil essa fama não seja tão difundida. O jogo é tão amado e famoso que frequentemente é citado pela imprensa especializada como uma das razões para se comprar  um Xbox 360 no lugar do Playstation 3 já que o jogo é exclusivo da Microsoft.  Bom, primeiro vamos esclarecer um pequeno detalhe: eu nunca joguei nenhum outro título da serie Halo e sei que ele deriva da história principal de Halo sendo um spin off super valorizado. A questão aqui é que eu tinha tudo para gostar do jogo. É o primeiro título que eu joguei para o Xbox 360 totalmente traduzido e dublado para o português. Foi eleito pelas revistas SofpediaWired e Time como um dos melhores jogos do ano e vendeu mais de 3 milhões de cópias no mundo todo (para se ter uma idéia um jogo é considerado um grande sucesso quando vende 1 milhão). Referente a tudo isso a única coisa que eu posso dizer é que a trilha sonora do jogo é muito boa, porque o resto... Honestamente o jogo é muito ruim, eu me forcei a jogar algumas horas, mas mesmo isso já me pareceu demais. Parecia um jogo de tiro em primeira pessoa do Nintendo 64. Os inimigos são ridículos e as cenas de apresentação tem gráficos sofríveis. O jogo pode ter seu valor para quem já é fã da franquia mas para quem está pensando em se introduzir no universo de Halo, ODST é a pior escolha possível. O mais decepcionante de tudo é que com todas as críticas positivas (a média de nota do jogo na internet é 9/10) eu esperava no mínimo algo com uma qualidade melhor. 

2º Gears Of War
 Gears of War para mim carrega um pouco do gosto amargo de decepção que acompanha Halo ODST, ainda que minhas expectativas em relação a Gears fossem um pouco mais baixas. Outro ponto de semelhança entre os dois é que Gears também é citado como uma das razões para se dar preferência ao Xbox 360, já que o jogo é exclusivo desse console. Mas por mim os fãs da Sony poderiam ficar descansados pois se é isso que eles estão perdendo por não jogaram o console da Microsoft eles não estão perdendo muita coisa. Eu ouvi que Gears of War 2 é considerado um dos melhores jogos para o Xbox 360 e até considerei que muita coisa tivesse se alterado do primeiro para o segundo jogo da série, mas com o terceiro capítulo à caminho eu olhei alguns videos de gameplay no youtube e os jogos me parecem os mesmos. Esse sistema de correr para a cobertura e atirar, correr para a próxima cobertura e atirar funciona muito bem como mecânica de combate mas não como história do jogo. Eu joguei por umas três horas e em nenhum momento o jogo pareceu se diferenciar disso. Assim como Halo tem o lendário Master Chief como protagonista, Gears tem o não menos importante Marcus Fênix como figura central. Ainda que o personagem tenha um certo apelo, passa longe de ser um personagem bem construído ou mesmo algo além de uma montanha de músculos que atira para todo o lado.

3º Viva Piñata: Trouble In Paradise
 Aqui está um jogo que na teoria seria divertidissívemo e viciante e na prática é o caso de um jogo que eu devo ter jogado por no máximo uns 20 minutos. É simplesmente impossível se descobrir o que fazer nesse jogo de maneira intuitiva, os controles são complexos e desajustados e o jogador fica perdido. Isso já seria grave em um jogo normal mas em um jogo que se dispõe a ser diversão para crianças e adultos é inaceitável. A premissa do jogo é muito interessante, e teoricamente seria uma mistura inspirada de Sin City, The Sims e Harvest Moon onde você cuidaria de um jardim onde Piñatas se tornariam seus animais de estimação conforme as condições do local. Seria possível fazer as piñatas se reproduzirem e tudo isso com a excelente idéia de permitir que dois jogadores cuidassem do jardim simultaneamente. Infelizmente eu tenho que dizer que jamais descobrirei o potencial (perdido ou não) desse jogo pois ele é simplesmente muito chato para merecer mais do que alguns  minutos de atenção.

4º Dead Rising 
 Dead Rising tem aquela capa e a falta de notoriedade que fazem você de cara desconfiar que se trata de um jogo não tão bom. Aí você começa a jogar e percebe que é o jogo que você sempre quis. Imagine um jogo que põe você em um shopping completamente tomado por zumbis onde o resgate chegará em apenas 48 horas e você precisa sobreviver até podendo se utilizar de praticamente qualquer coisa à mão para detonar os mortos-vivos. Imaginou? Agora imagine que alguém conseguiu estragar com essa maravilhosa e simples idéia adicionando apenas mais duas coisinhas... A primeira é um sistema de save que permite que se salve o jogo apenas uma vez e esse é o único jeito de se reiniciar depois que você morre. Não há restart em missões, você simplesmente começa lá no último save mesmo que ele seja de horas atrás. Ah e eu já ia me esquecendo de mencionar que só há um único lugar que você pode fazer esse único save: um sofá perto da sala do zelador no shopping. O outro tiro no pé é que o tempo do jogo não é em tempo real e se passa oito vezes mais rápido obrigando o jogador a terminar toda a campanha em seis horas. Sempre que você salva o jogo no sofá isso significa que o seu personagem dormiu e portanto você perdeu algumas horas de jogo. Impressionante como conseguiram destruir uma idéia que era simplesmente tudo o que um jogador poderia querer: completa liberdade para matar zumbis em um ambiente free-roam.

5º Viva Piñata: Party Animals
É surpreendente como alguns jogos da nova geração nos impressionam e como alguns nos decepcionam. É mais surpreendente ainda que alguns jogos de consoles bem mais antigos do que a atual geração de video-games seja (ainda) melhores do que os jogos do mesmo estilo lançados hoje em dia. Para mim é o caso de Mario Party que no Nintendo 64 era imbatível como a melhor opção para jogar com os amigos em casa em um jogo que emulava perfeitamente o divertimento dos antigos jogos de tabuleiro. E hoje que o Xbox 360 e Playstation 3 estão aí representando a mais moderna tecnologia de entretenimento qual o melhor jogo da atualidade para se jogar com os amigos? Mario Party do Nintendo 64. Aí entraram as minhas expectativas de que Viva Piñata poderia finalmente atingir esse tão esperado objetivo. Novamente a premissa era extremamente interessante: uma junção de Mario Kart com Mario Party no qual quatro jogadores competiriam entre si em mini-games variados e ao final de cada rodada disputariam uma corrida. Como eu disse a idéia era promissora, já a execução... O problema todo do jogo é a dificuldade, obviamente direcionado ao público infantil o jogo exagera na simplicidade e qualquer expectativa de diversão saí voando pela janela. É realmente ridículo tentar jogar esse jogo caso você não esteja com mais três amigos para jogar e algum de vocês tenha mais de dez anos de idade. E convenhamos quantas vezes você já viu quatro crianças de menos de 10 anos jogando Xbox 360 juntas e tranquilas?

6º Pes 2010
Eu nunca fui muito fã de futebol e raramente via alguma graça em jogar o jogo a não ser que fosse com um amigo, isso mudou bastante quando eu comecei a jogar Fifa 10. No entanto logo que eu comprei o Xbox 360 ainda havia uma discussão ferrenha sobre qual o jogo seria melhor. Muita gente falava que Fifa era superior mas também muita gente falava que o bom e velho Winning Eleven (agora Pes) era o melhor. Para tirar a dúvida acabei comprando os dois jogos. Enquanto Fifa 10 me reconquistou no que se refere ao mundo do futebol o Pes foi responsável por eu jogar uma partida de futebol e nunca mais colocar o disco do jogo no console de novo. Os defeitos não são tão grandes mas são significativos para mim. Primeiro o jogo tem uma movimentação e jogabilidade que ficam muito abaixo do Fifa 10. Depois não havia o time do Grêmio e como bom Gremista jogar com  o meu time seria algo essencial. Como se isso não fosse bastante o cada vez mais grave problema do Pes estava mais do que presente: a falta de licenciamento dos principais times e jogadores torna toda a experiência frustrante e com um ar de decepção.

7º Prototype
Prototype é um jogo quase legal. Ele trata de uma personagem vitíma de testes do militares que adquiri superpoderes enquanto a ilha de Manhattan enfrenta uma crise causada por um vírus que transforma seus habitantes em monstros sanguinários. O legal do jogo é correr pelos telhados da cidade, escalar os prédios e dar pulos gigantescos. O "legal" do jogo acabai aí. A história é rasa, a ação confusa, os gráficos médios e o cenário horrível. É tão bacana ver cidades tão bem reconstruídas como em jogos como Máfia 2 e GTA IV que ver a pobreza de detalhes do cenário de Prototype é legitimamente frustrante.  Mas não é só esse o problema de Prototype, em tempos de personagens bem construídos e cativantes Alex Mercer, o protagonista do jogo, é tão chato, raso e inconsistente que não há como desenvolver qualquer empatia com o personagem. Em uma época em que a tecnologia permite que tenhamos protagonistas tão cativantes como Ezio de Assassin's Creed ou o completamente customizáveis como Comandante Shepard de Mass Effect, ter um protagonista que não emplaca não ajuda em nada.


8º Super Street Fighter IV
 SSFIV foi um jogo decepcionante para mim, mas eu tenho que admitir que a culpa foi completamente minha. De alguma forma eu comecei a esperar que Street Fighter fosse se tornar em algo diferente do Street Fighter do SuperNes. Obviamente isso não aconteceu. Street é uma das poucas séries que consegue se manter viva ao longo dos anos oferecendo aos jogadores exatamente a mesma coisa que se apresentava no tempo do SuperNes com gráficos um pouco melhorados, só isso. Honestamente eu gostei muito de jogar Mortal Kombat Vs DC Universe e ouvi falar muita coisa ruim do jogo na internet, porém Street Fighter apresenta há uns 20 anos a mesma coisa e recebeu vários elogios. Como eu disse o jogo foi decepcionante para mim, mas a culpa foi toda minha por esperar que Street Fighter mostrasse algo que ainda não tivesse mostrado em sua interminável existência.

9º UFC Undisputed 2010
 Provavelmente o jogo mais injustiçado por estar nessa lista. Afinal, eu não apenas li críticas excelentes sobre o jogo como também escutei elogios de quase todos os meus amigos que tem Xbox 360 dizendo que o jogo era ótimo. Eu não achei nada de interessante nesse jogo e não pensei duas vezes em presenteá-lo a um amigo que o achou bem mais fascinante do que eu havia achado. Honestamente as lutas me pareceram repetitivas e a mecânica dos golpes pouco natural. Os controles me pareceram um pouco complexos e são eles que vou culpar por não ter vencido nenhuma luta. Talvez eu tenha uma inabilidade natural para jogos de luta mas o que conta para entrar nessa lista é ter me decepcionado e este jogo definitivamente o fez.

10º Far Cry 2 
 Eu demorei muito a admitir para mim mesmo mas a verdade é que Far Cry 2 me decepciona. E olha que o jogo é praticamente um jogo bom, na verdade ele quase é ótimo e erra por detalhe, mas um detalhe importante. Primeiro deixem-me dizer que o primeiro Far Cry (que eu joguei no PC) é excepcional, um dos melhores jogos que eu já joguei. O primeiro jogo tratava de um agente das Forças Especiais preso em uma ilha paradisíaca enfrentando um grupo de mercenários e diversos monstros frutos de experimentos genéticos. O segundo capítulo da série ignora totalmente a história do primeiro jogo e coloca você na pele de um mercenário na África que se envolve em um conflito entre guerrilhas que rapidamente se encaminha para uma guerra total enquanto procura um contrabandista internacional de armas. A mudança na história é original e bem-vinda. A escala do jogo é épica pois coloca você em um território enorme que pode ser completamente explorado dentro de uma perspectiva em primeira pessoa. A junção do modo "sandbox" com a visão em primeira pessoa é algo interessante. Há também uma excelente mecânica de combate no jogo e é possível por fogo em quase tudo até mesmo no mato e o fogo se espalha conforme a posição do vento podendo surpreender e matar inimigos. Há um foco no realismo do jogo. A munição é escassa, tiros não são fáceis de acertar, a câmera não muda quando se pilota um veículo, se mantendo continuamente em primeira pessoa, as armas continuamente travam e emperram, o personagem está infectado com malária e não pode correr pois fica cansado e precisa continuamente de medicação. Todos esses pontos são bem interessantes e eu realmente queria gostar desse jogo. Eu, de fato, já cheguei a jogar várias horas do jogo tentando me convencer de que ele é bom. Porém a verdade é que esse perfil realista do jogo é extremamente irritante. Esses "excessos" de realidade estão continuamente entrando no caminho da diversão quando se está jogando o jogo. A longo prazo isso não é apenas frustrante mas irritante também.

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