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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Livros Que Mudam a Vida: Deus, Um Delírio


Faz muito tempo que eu deveria ter escrito sobre esse livro, e principalmente agora que eu estou absolutamente fascinado por Christopher Hitchens é hora de prestar tributo a quem realmente deu sentido e vóz as idéias que sempre perambulavam pela minha cabeça: Richard Dawkins.
Deus, Um Delírio é o livro mais famoso de Dawkins. Tendo ficado por diversas semanas na lista de Best Sellers do The New York Times, o livro não apenas despertou o interesse em outros autores atéistas como também aumentou o número de vendas de bíblias em 120%.
Para mim é um pouco difícil esclarecer o quanto esse livro significa. Ao mesmo tempo em que ele mostra várias coisas nas quais eu sempre acreditei ele também me demonstra que devo pensar por mim mesmo, análisar as hipóteses, dados e fatos e tomar decisões conscientes e responsáveis, algo que religião alguma faz. A minha indignação com a religião vem de longa data e guardarei esses pontos para outro post. Por enquanto vamos ao livro de Dawkins cuja explicação dos capítulos deve demonstrar por si só a razão de minha admiração pela obra.

Capítulo 1 - Um Descrente Profundamente Religioso
Usando Einstein como exemplo Dawkins demontra o tipo de interpretação de Deus que merece respeito ,apesar de ele não acreditar nele de qualquer maneira, e o tipo mundano que não pode se esconder atrás do mesmo sentimento. Como Einstein definiu: "Acredito no Deus de Espinosa, que se revela na harmonia ordenada daquilo que existe, não num Deus que se preocupe com os destinos e ações dos seres humanos".

Capítulo 2 - A hipótese que Deus Existe
Nesse capítulo Dawkins discute a improbabilidade da existência de Deus e a pobreza do agnosticismo. Demonstrando que mesmo que algo não possa ser provado ou desprovado com 100% de certeza isso não significa que as duas hipóteses dividem esses 100% de probabilidade igualmente.

Capítulo 3 - Argumentos Para a Existência de Deus
No terceiro capítulo do livro Dawkins contrapõe os diversos argumentos utilizados para provar a existência de Deus. Desde a aposta de Pascal até o argumento da "experiência" pessoal Dawkins expõe as falácias óbvias e sútis desses argumentos.

Capítulo 4 - Por que quase com certeza Deus não existe
Nesse cápitulo Dawkins demonstra as fraquezas do "Design Inteligente" e que a outra opção para ele não é o acaso e sim a Evolução Natural.
Segundo Dawkins aceitar a explicação de que "Deus nos fez assim" não passa de preguiça intelectual e isso acaba por nos deixar ignorantes em muitas áreas.
Dawkins concluí o capítulo com a sua explicação para o princípio antrópico. Este é o
conceito de que o universo parece "feito" para a vida, o que implicaria um criador.
Dawkins argumenta que ao termos conhecimento de bilhões de planetas na amostra do universo, tornando a vida estatisticamente fadada a acontecer em algum lugar.

Capítulo 5 - As raízes da religião
Aqui Dawkins teoriza sobre a religião ser um sub-produto do processo evolutivo, algo que foi útil quando erámos primitivos mas que deixou sua utilidade e benefícios em nosso passado. Ao mesmo tempo ele argumenta que a religião sobrevive tão fortemente até hoje também como um sub-produto de outras características intrínsecas ao ser humano, como a crença na dualidade entre mente e corpo e o desejo de que tenhamos um propósito na vida.

Capítulo 6 - As raízes da moralidade: Por que nós somos bons?
Nesse capítulo Dawkins discorre sobre a moralidade baseada no ganho de uma vida após a morte ou para agradar a Deus, enquanto há notáveis traços de uma moralidade universal que não é baseada na religião.

Capítulo 7 - O Livro do "bem" e o zeitgeist moral mutante?
O cápitulo trata sobre a inconsistência moral não apenas da bíblia mas também de vários conflitos religiosos. Dawkins também demonstra como Hitler e Stalin, que acreditava-se serem ateus, e como não foi o ateísmo deles que influenciou suas ações.

Capítulo 8 - O que a religião tem de mal? Por que ser tão hostil?
Aqui Dawkins demonstra e exemplifica como a religião é intolerante e absolutista, como a posição da religião em relação ao aborto é contraditória e como a religião dita "moderada" incentiva o fanatismo.

Capítulo 9 - Infância, abuso e a fuga da religião
Aqui Dawkins trata dos abusos físicos e psicológicos perpretados contra crianças pela religião. Não apenas o abuso físico, notoriamente praticado por padres da Igreja Católica, mas o abuso psicológico perpretado pela maioria das religiões aos infantes que ainda não podem contradizer ou questionar as idéias que lhe são apresentadas.

Capítulo 10 - Uma lacuna muito necessária?
No último cápitulo do livro Dawkins se dispõe a tratar dos aspectos que, supostamente, dependeriam da religião e caso ela fosse refutada sofreriam consequências. Desde a falsa necessidade da religião para a inspiração até a falso consolo oferecido de forma execrável o biólogo consegue demonstrar que não há nada de insubstituível ou sequer necessário na religião.

Se você é uma pessoa que acredita na lógica e sempre desconfiou da religião mas nunca conseguiu reunir a força de vontade para conseguir analisar a situação com uma perspectiva suficientemente imparcial eu aconselho esse livro.

Trilha Sonora Recomendada para a Leitura: Inception Movie Soundtrack - Michael Clayton Soundtrack

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Lost Planet 2


Lost Planet 2 ficou mofando na minha estante por quase dois anos antes que eu decidisse jogá-lo mais do que meia-hora. O conceito de enfrentar monstros colossais até me parecia interessante mas os menus visualmente complexos e os personagens bizarros me afastavam de um comprometimento maior com o jogo. Mas os jogos mais óbvios foram rareando e eu finalmente me vi intrigado por Lost Planet 2. Eu nunca joguei o 1º e pelo que eu entendi da história da sequência o seu predecessor não é necessário para que se (tente) entender os acontecimentos delineados aqui.
O jogo é um shooter em 3º pessoa e segue diversos grupos que tentam sobreviver em EDN III, um planeta remoto cujas condições climáticas estão diretamente ligadas a seus diversos abitantes monstruosos e colossais. Esses grupos acabam inesperadamente se unindo para enfrentar uma ameaça comum. A história em si não é tão complexa e tem momentos épicos que empolgam mas é contada de forma tão intrincada e preguiçosa que é difícil se importar com os objetivos dos personagens. Você até consegue entender a motivação imediata da facção que faz parte no momento, mas o arco geral da história é quase ininteligível.
O jogo é visualmente bonito com diversos ambientes diferentes e uma grande variedade de fases.
Em diversas resenhas na internet eu vi gente reclamando da movimentação dos personagens e do design geral das fases. Acredite em mim quando eu digo que esse não é o problema do jogo.
A movimentação é boa, porém um pouco mais de equilibrio nas dificuldades das fases e na possibilidade de checkpoints faria muito bem ao jogo. O tão criticado design das fases apenas foge do óbvio e faz você ter que pensar um pouco antes de achar o seu caminho correto.


O grande problema do jogo é a Inteligência Artificial dos seus oponentes que várias vezes passam correndo por você e te ignoram e a falta de personalidade dos personagens principais. Para começar todos os personagens utilizam capacetes o tempo todo. Você praticamente nunca vê o rosto deles. Somado a isso o esforço que foi colocado em fazer com que todos os personagens, apesar de humanos, pareçam aliens, torna extremamente difícil você se identificar com os personagens.
A trilha sonora é épica e adequada ao tamanho dos advesários que você enfrenta.
O ponto alto do jogo são as batalhas contra monstros gigantescos, a trilha sonora e as opções para multiplayer. Juntar quatro amigos para aniquilar um desses inimigos é diversão garantida.
Infelizmente, como eu valorizo mais a campanha single-player o título foi divertido mas um tanto quanto decepcionante.  

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

No que as religiões acreditam?

Se você é católico (ou evangélico), assim como a maioria dos brasileiros é, você provavelmente não acha a a história da Bíblia bizarra como as pessoas com algum bom senso acham. Mas acredite em mim quando eu digo que você vê as diversas insanidades da Bíblia como plausíveis apenas porque está acostumado com elas. Para se ter uma idéia do quão absurda a história da Bíblia é vamos dar uma olhada no que algumas outras religiões da atualidade acreditam:


Não Vote!

Eu adoro esses videos que contém várias celebridades falando sobre o mesmo tema. Eu estava olhando o programa do Marcelo Adnet na MTV e notei que ficava repetindo um video que tinha o Leonardo Di Caprio e a Ellen Degeneres. Resolvi procurar no youtube. Trata-se de uma campanha a favor do voto (que é facultativo) nos Estados Unidos. Obviamente a mensagem não se aplica aqui, mas achei interessante e a participação de Borat é hilária.



sexta-feira, 4 de novembro de 2011

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